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Percy's Pov

Eu trabalho desde os meus 6 anos de idade. São quase 16 anos nessa indústria. Não sei a quantidade exata de filmes e séries que eu participei, perdi as contas depois do 20° trabalho.

Depois que atingi a maioridade, com 18 anos, comecei a gravar cenas mais adultas. Onde eu não tinha que dar apenas um selinho na minha parceira de trabalho ou um beijo tão rápido que nem poderia contar como beijo, eu poderia beijá-la de verdade. No início foi estranho, estar beijando alguém dessa forma com uma câmera te filmando e várias pessoas assistindo. Mas aquilo era o meu trabalho, então me acostumei. Além de que nunca significava algo, éramos sempre bastante profissionais.

Além é claro que comecei a gravar cenas de sexo. É bem estranho pra quem vê de fora, porque quando está pronto fica lindo e parece realmente que estamos transando, mas na realidade é bem estranho pra quem está gravando, até mesmo para nós atores. Mas como eu disse, somos profissionais, estamos acostumados com isso, e sempre fazemos questão dos envolvidos estarem confortáveis na situação.

Então, não é algo novo pra mim ter que beijar Annabeth e gravar esse tipo de cena com ela, assim como aposto que pra ela também não é. Com certeza ela já perdeu as contas de quantas cenas assim ela já gravou, assim como eu. Não é uma novidade estarmos em uma cama, com ela vestindo apenas um sutiã e um short, eu estar sem camisa com apenas a calça jeans por cima dela enquanto a beijo e passo minha mão pela lateral do seu corpo, ao passo que a outra apoia o meu peso no lado da sua cabeça.

Na verdade, essa cena vai ser bem simples e nem vamos precisar insinuar a cena inteira, o que facilita para a gente. Sinto suas mãos passeando pelas minhas costas, me arranhando com as unhas curtas. É curioso que é bem óbvio que Annabeth não vai com a minha cara, tudo bem, não posso culpá-la por isso. Não é como se eu me esforçasse pra fazer isso mudar, e nem quero. Mas desde a primeira vez, o nosso beijo encaixou muito rápido. É claro que ela ainda entra em uma briga pelo controle, que inclusive, eu sempre acabo vencendo.

Não posso evitar de me arrepiar quando escuto seu gemido no momento que chupo seu lábio inferior. Acho que foi involuntário, mas se for ela não vai confessar isso. Movo meu corpo para trás, agarrando sua cintura puxando ela junto comigo. Me afasto de sua boca o suficiente para me sentar e ela vir por cima de mim. Chase passa uma perna ao redor de mim e se senta totalmente em minha coxa, enquanto suas mãos viajam pelo meu rosto e meus ombros largos me acariciando.

Essa é a nossa terceira tomada e a câmera está um pouco mais distante, pegando nosso corpo inteiro. Mas minha atenção não está focada nisso agora, os olhos cinzas, o peito descendo e subindo de forma rítmica, os lábios inchados, o cabelo loiro despenteado e sua pele macia está prendendo o meu foco no momento. Nos olhamos por um tempo do mesmo jeito que já fizemos antes, só que mais uma vez, parece ser tão íntimo. Não é como se fosse algo novo, já gravei cenas parecidas com outras atrizes, mas estar assim com Annabeth é de alguma forma diferente. Não deveria, é estranho ter essa sensação com alguém que eu nem tenho de fato uma amizade. Mas não tenho controle sobre isso.

Ela me olha como conhecesse todos os meus demônios, o que não é verdade nem de longe. Também não conheço os dela. Preciso segurar uma risada. Ela é atriz, uma realmente boa — trabalhar com ela nesse período só está confirmando isso —, é claro que ela me olharia dessa forma. Annabeth está atuando. Assim como eu.

Tiro uma mecha do cabelo do seu rosto e pouso minha mão em sua bochecha. Ela deita levemente sobre ela e deposita um beijo rápido no local, antes de se aproximar mais e começar a beijar o meu rosto. Primeiro na minha testa, depois nos meus olhos fechados, minhas bochechas, meu nariz e meu queixo. Tudo com muita delicadeza. Quando sua boca encontra a minha novamente, não me seguro e aprofundo o beijo, minha língua invadindo sua boca mais uma vez. Seguro sua cintura com força enquanto a outra está em seu rosto.

Mutual • Percabeth Onde histórias criam vida. Descubra agora