XXVI. double-date

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A REVELAÇÃO DE JOHNNY sobre o sensei Krrese era chocante, mesmo que Carina não gostasse nem um pouco do homem. Assim que o sensei havia explicado que ele não queria saber do bem da equipe e que estava fora, ela notou o tom de voz triste dele.

— Sensei — ela bateu na porta do escritório do homem depois da aula, ainda um pouco tonta com os golpes que envolviam cabeçadas. — Posso entrar?

O loiro apenas grunhiu alguma coisa que ela presumiu que fosse um "sim", e andou até salinha que ele usava como escritório. Era um ambiente pequeno, tinha uma mesa com um computador antigo e um armarinho no canto. Ele estava tomando uma cerveja, como sempre fazia quando estava sozinho no dojô.

— Eu só queria saber como o senhor está... sabe, com esse lance do Kreese. Eu sei que eram amigos, então se quiser conversar... — ela perguntou, se sentando na cadeira em frente ao computador.

— Estou bem, Carrie. Não se preocupe comigo. — ele respondeu, soltando a respiração bem alto. — Você e o passarinho estão bem?

Ela sorriu ao perceber que, no fundo, Johnny se importava com a felicidade dela. Não era segredo que ele não adorava Eli, mas mesmo assim os apoiava.

— Estamos sim. Na verdade, eu tenho que correr para casa, porque a gente vai num encontro daqui a pouco com o Miguel e a Tory. Parece coisa de filme, né? — ela tagarelou. Não se sentia constrangida em contar essas coisas para Johnny. — Posso perguntar uma coisa, sensei?

O homem engoliu seco, depois deu um gole na cerveja e balançar a cabeça afirmativamente.

— O senhor e a minha mãe estão...?

— Não! Não! Não estamos. — ele gritou, suas bochechas se colorindo de vermelho de um jeito que ela nunca achou que veria o sensei. A cena a dava vontade de rir, mas sabia que era letal rir de Johnny. — Eu e Ali somos amigos, apenas. Você não tem um encontro não, pirralha?

Carina riu e se levantou da cadeira, correndo para a porta. Antes de ela a atravessar, porém, surgiu uma vontade, um pensamento intrusivo, de falar uma coisa.

— Cuida da minha mãe, sensei!

— Divirta-se, Carina! E tomem cuidado! Não chegue mais perto que cinco centímetros do passarinho! — ela ouviu o homem gritar da sua sala.

Assim que ela chegasse em casa, Carina e a mãe teriam uma longa conversa sobre aquilo.

Mas quer saber: porque esperar? Ali estava claramente ocupada, mas Carina a ligou naquela tarde mesmo assim.

— Oi mãe! Tudo bem? Como você está? — perguntou a filha, tagarelando do jeito que sabia que sua mãe odiava, ainda mais pelo telefone.

— Correndo, Carina. Uma criança comeu a tampa da caneta no pronto-socorro e a gente vai ter que correr para cirurgia. — a voz dela saiu ofegante, ela reparou. — O que aconteceu?

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⏰ Última atualização: Oct 30 ⏰

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|| 𝐘𝐎𝐔 𝐆𝐈𝐕𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐀 𝐁𝐀𝐃 𝐍𝐀𝐌𝐄                   𝗵𝗮𝘄𝗸 𝗳𝗮𝗻𝗳𝗶𝗰𝘁𝗶𝗼𝗻 Onde histórias criam vida. Descubra agora