Nova era Amor e ruínas

Quase morte

Após o leilão, Joseph havia adquirido a tão desejada estátua, mas a um preço alto. Colocando o artefato cuidadosamente em sua mala, ele saiu do local, ainda resmungando de frustração.

Tomara que valha a pena

pensou, enquanto dirigia de volta para Summerville. Pagar 130 mil dólares por uma estátua no mercado negro certamente não havia sido o que ele esperava.

A estrada estava deserta, e tudo parecia correr bem até que, de repente, o carro de Joseph começou a falhar. O motor engasgava, e o veículo perdeu força. Sem entender o que estava acontecendo, ele encostou o carro no acostamento. Pegou o celular, ligou a lanterna e foi verificar o que havia de errado. Ao abrir o capô, uma nuvem de fumaça subiu, obscurecendo sua visão.

"Ótimo", murmurou, frustrado, ao perceber que não tinha ideia do que fazer. Sentando-se de volta no carro, ele tentou ligar para alguém, mas para seu azar, o celular estava sem sinal. Após a fumaça diminuir, ele notou o problema: o carro estava sem água no sistema de arrefecimento. Irritado, ele bateu no capô, sentindo o peso da situação. Ele estava no meio do nada, e ainda faltava pelo menos uma hora de viagem até Summerville.

De repente, os faróis de uma caminhonete iluminaram o local, e o veículo encostou logo atrás de seu carro. Um senhor de aparência simples desceu da caminhonete e se aproximou de Joseph.

— Boa noite, amigo. Problema com o carro?
perguntou o homem, com um tom amigável.

— Pois é, Parece que estou sem água para o motor. Não teria um pouco com o senhor, teria?
respondeu Joseph, sem esconder o cansaço

— Não aqui, mas moro numa fazenda a um quilômetro daqui Estou levando um sofá novo pra patroa. Que tal me ajudar a descarregar e, em troca, ajudo você, o que acha?
disse o senhor, apontando para a estrada.

O homem parecia inofensivo, e Joseph, sem muitas opções, concordou. Subiu na caminhonete, tentando manter a guarda alta, mas sem se preocupar demais.

Quando chegaram à fazenda, uma mulher de meia-idade os recebeu com um sorriso caloroso.

— Querido, se eu soubesse que traria visita, teria me arrumado melhor!
disse ela, rindo alegremente.

— Estou apenas de passagem, madame. Não quero incomodar
respondeu Joseph, tentando ser cortês.

— Que bobagem! Assim que vocês terminarem de descarregar o sofá, entre e jante algo conosco. Não aceito um 'não' como resposta
insistiu a mulher.

Joseph, para não parecer mal-agradecido, aceitou o convite. Depois de ajudarem com o sofá, ele entrou na casa e sentou-se à mesa com o casal. A conversa fluiu de forma amigável no começo, mas logo começou a tomar um rumo estranho. Durante a troca de histórias, Joseph descobriu algo perturbador: o homem e a mulher, que aparentavam ser apenas um casal simples, eram, na verdade, irmãos.

Caramba... um casal incestuoso! Que tipo de lugar é esse?

pensou Joseph, chocado, mas tentando não demonstrar sua surpresa.

—Que tal fechar a noite com um drink? Temos uma receita de família bem forte. Vai adorar
disse a mulher, sorrindo de forma desconcertante.

— Claro, vou precisar
Respondeu Joseph, sem muitas opções. Pegou o copo que lhe foi oferecido e deu um gole. A bebida queimou sua garganta imediatamente.

— Nossa! Isso é horrível e forte
reclamou, sem conseguir esconder o desagrado.

— Ah, eu pensei que você fosse um homem de verdade
provocou o velho, rindo de maneira sombria.