62 - NIKAH (Contrato de casamento)

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Toc, toc, toc!

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Toc, toc, toc!

Toc, toc, toc!

Toc, toc, toc!

As batidas impacientes na porta não deixaram dúvida de quem poderia ser. Só Guero era tão incisivo e ansioso com portas fechadas, Gemma era calma, Matteo lento e Piero relutante, o resto dos seguranças mal ousava me incomodar quando estava com a porta trancada.

— O que quer agora, Fontana? — Abri a porta desanimada para o treino de hoje assim como nos últimos dias que sucederam após encontrar Piero embolado no próprio vômito. — Já disse que não quero treinar hoje.

— Não é sobre isso que vim falar. — Ele entrou sem cerimônia e se jogou na poltrona. — Preciso da sua ajuda.

— Hum! Está disposto a fazer um acordo com o diabo, Guero?

— Pela forma como estou desesperado, diria que sim. Sem dúvidas!

— A menos que precise de um pistoleiro emprestado ou de uma gargantilha de diamantes de graça, não sei em que poderia te ajudar.

— Ah, fala serio! — Guero esfregou o rosto de cima a baixo e depois coçou a cabeça. — Você sabe do que quero falar. — Ergui a sobrancelha. — De quem quero falar. — Aí sim entendi.

— Lucera. — Disse e ele concordou com a cabeça.

— Sabe, eu realmente gosto da sua prima. Desde de criança que sou louco por ela e Lucera nunca sequer me deu bola, quer dizer, até esses últimos meses. Talvez seja por sua causa e de Piero, uma consequência do casamento de vocês, ou algo que estava predestinado a acontecer e prefiro acreditar nisso. Não sei, só sei que comecei a pensar muito sobre isso tudo de uns tempos pra cá.

— Ainda não está fazendo sentido.

— Mava, Lucrézia! Não me pressione, va bene?!

Assenti enquanto tentava segurar o riso. Guero estava nervoso de um jeito que só Lucera conseguia fazer.

— Piero casou, Matteo está de casamento marcado apesar de que em certas vezes, achei que ele fosse adepto ao celibato. — Pigarreou como se tentasse organizar as próprias ideias. — Meus irmãos estão seguindo a vida deles e eu quero seguir a minha também.

— Você quer... com a Lucera? — Tentei esconder a risada prendendo-a entre os lábios comprimidos.

— Acha que Lucera aceitaria se casar comigo? — Finalmente verbalizou.

— Quer que seja sincera?

— Prefiro positiva.

— Talvez... uma bem remota chance. Bem remota mesmo.

— Isso é o seu positivismo? — Coçou a nuca.

— Não queira saber o negativo. — Não aguentei mais segurar a risada.

Vendetta di Lucrézia (Vingança de Lucrézia) - 01 [Danatto Sangue]Onde histórias criam vida. Descubra agora