"Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem." - Nietzsche.
Depois de todas as desgraças que acometeram sua vida e de ter deixado de ser menina para se tornar uma mulher amarga na machista máfia italiana, Lucrézia Caccini tinha um ú...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Escorada no batente da porta, observei atentamente Piero trocar as calças por uma seca e me perguntei se ele sempre levava uma muda de roupa no carro para eventos assim ou só aqueles em que pretendia ultrapassar a linha da cordialidade.
— Estou vendo você aí, Lucrézia. — Riu quando se virou para mim com a braguilha ainda aberta.
— Sei que está, só estou admirando a vista. — Me pôs na sua frente. — Ou não posso?
— Pode tudo o que quiser, amore mio.
Logo seus braços cobertos por um sutil película de água rodearam minha cintura e me trouxeram para junto do seu tórax desnudo. Os olhos, famintos e desafiadores, fixos em mim, um lembrete de que só não tinha Piero no meio das minhas pernas naquele exato momento porque eu não queria.
— Por que brigaram? — Circulei os pontos em que o sangue diluído escorria pelo seu rosto com sorriso malicioso.
— Nada demais.
— Desse jeito parece que está com dor de cotovelo porque o seu irmão traçou a sua ex.
As mãos intensificaram o aperto na minha cintura, firmes a ponto de fazer o local pinicar, inebriada pelas ondas elétricas que emanaram do seu toque cada vez mais intenso.
— Está com ciúmes, principessa, hm? — Virou meu corpo, de repente, na direção do espelho. — Não tem que ter ciúmes de Giulia, Lucrézia, nem de ninguém, pois eu sou seu.
"Seu". As três letras atravessaram meu peito feito um vendaval, bagunçando tudo, o que provocou arrepios por todos os cantos, sobretudo, no meu ventre ansioso para estar encostado nos gominhos a mostra da barriga de Piero e sentir seu calor contra minha pele. Então acabei por soltar uma lufada de ar involuntária na tentativa de recobrar os comandos do meu próprio corpo.
— Ciúmes? — Arquei a sobrancelha. — De você? Só nos seus sonhos, Pierrinho, apenas fiquei curiosa.
— Pessoas ficam curiosas, você não. Tem sempre um motivo que te atrai.
Uma das mãos deixou a curva do meu quadril solitária para encaixar-se abaixo do meu pescoço e percorrer o contorno dos lábios, guiada pelo reflexo no espelho. E me vi mordiscando a ponta do dedão de Piero e não mover um centímetro, permaneceu com o quadril encaixado na minha bunda mesmo com o volume crescente que se tornava mais erguido a cada segundo.
— Lucrézia, Lucrézia, não me faça querer te foder no banheiro da casa de Guido Barone.
— Não estou fazendo nada. — Rebolei a fim de me encaixar na concha apertada que seu corpo sobre o meu formou.
Piero grunhiu algo inaudível e sorri, satisfeita.
— O quanto quer isso? — Mordi o lábio inferior e trouxe a mão que repousava na cintura para junto da fenda ao qual cortava minha coxa direita.