Cap 50

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- O que? – eu disse o encarando – Como assim? – isso eu falei mais para mim do que para ele, isso é desde quando? Por que ele está me contando dessa forma?

- Eu não estou em uma boa fase no PSG, Alicia. Isso tá mais que na cara, não funciona mais – ele suspirou – eu vou sair do clube, rompi hoje com eles – eu espero que ele esteja falando sobre sentar e decidir sobre um clube para ir, ou que ele tá sabendo disso só agora.

- Tem quanto tempo isso?

- Mais ou menos um mês. – eu não sei dizer o quanto eu fiquei chateada quando ele falou isso, por que ele não me contou antes?

- Não era importante me contar?

- Claro que sim! – ele se apressou – eu só fiquei com medo.

- Tem um mês que isso tá acontecendo e só agora você decidiu me conta, David? – falei irritada.

- Eu fiquei com medo da sua reação, de você não ir comigo...

- Claro que não, David! Eu me casei com você, caramba – eu não fiz questão de esconder minha chateação – Isso tudo não valeu de nada? Você acha que eu ainda sou a pessoa que era quando começamos nosso relacionamento? Que vivia de acordo com minhas vontades? Agora a gente tem Sofia, Nicolas, como eu deixaria o pai dele morar em outro país só por egoísmo meu de não querer abrir mão do meu emprego e minha carreira? Como que você pensou que eu pensaria assim?

- Alicia, são muitas coisas, eu não queria te preocupar e fazer você pensar como é ruim casar com um zagueiro que não consegue se recuperar de um jogo idiota.

- O jogo idiota não é de longe a coisa mais idiota que você já pode ter feito na vida depois de me esconder isso – eu respirei bem fundo, pois não queria chamar atenção de Sofia – quando você vai resolver tudo?

- Eu tenho que tá em Londres depois de amanhã – eu abrir a boca com espanto porque eu achei que ia demorar uma semana, eu respirei fundo e balancei a cabeça negativamente, eu não sabia descrever o quanto eu estava chateada – me desculpa – eu revirei os olhos e sair dali.

- Ei - falei com Sofia – a mamãe tá um pouco cansada, vai até a cozinha que seu pai vai te dar janta que você vai comer tudo, ele também vai te colocar para dormir, a gente se fala amanhã, tudo bem? – ela assentiu – Te amo e dorme com Deus – eu dei um beijo em sua testa e subir ás escadas.

Quando eu subir as escadas e entrei no quarto, eu não sabia descrever o quanto eu estava chateada com David. Mudar de Paris era algo que com certeza ia me doer, mas com certeza doeria muito menos do que perder minha família por uma futilidade, que é não querer recomeçar a vida em outro país e não acompanhar David.

O que me deixa chateada e saber que isso passou mesmo pela cabeça dele que eu deixaria ele ir embora só porque eu amava minha vida em Paris, eu fiz toda minha higiene e sentir meu coração apertar pensando na quantidade de coisas que eu teria que fazer amanhã, mas por hoje eu decidir só deitar na minha cama e não falar com ninguém. Com a minha decisão de fingir demência para tudo que aconteceu hoje, amanhã eu teria que acordar bem cedo para recompensar, até porque, por mais que David não mereça, eu quero estar com ele quando chegar em Londres, pois sei que para ele é difícil toda essa mudança.

Acordei com os movimentos de David na cama, ele suspirou com forca quando deitou na cama e se manteve afastado de mim, já que eu não fazia a mínima questão de falar com ele agora, saber como ele estava se sentindo e sobre a questão de ainda se culpar pelo 7x1, coisa que já passou e que só fazia mal a ele. Eu queria falar com ele que ele não tem culpa, que tem um coração bom, que eu amo ele do jeito que ele é, sem tirar nem colocar nada, mas hoje não, hoje ele merecia meu silencio.

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