XXXI

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Eu acordei dando graças a Deus que hoje pela manhã eu não teria que trabalhar e estava ansiosa para começar a modificar o vestido mais tarde, depois que eu comecei a organizar às coisas para o casamento, a ansiedade de ser noiva começou a aparecer em mim.

Não perdi tempo e fui direto para um banho curto, logo depois coloquei uma roupa confortável e desci às escadas, David ainda estava dormindo é Sofia também.

- Bom dia! - falei com Lúcia que estava preparando o café.

- Bom dia! - ela respondeu sorrindo - acordou cedo hoje.

- Acordei - falei pegando um copo com um suco de laranja que estava na minha frente - estou ansiosa para experimentar o vestido hoje.

- Eu nem sei se tenho roupa para ir no seu casamento, cheio de gente chique.

- Claro que tem, você vai escolher um vestilo lindo para a mulher que for fazer o meu fazer o seu também - bebi o líquido - E mesmo que você não fosse fazer o vestido onde eu vou fazer o meu, você poderia ir com a roupa que se sentisse confortável, não tem essa de gente chique, eu em, até parece que não convive com a gente.

- Isso é sério? Eu ia pedir uma mulher do meu bairro para fazer - ela sorriu sem jeito - Não precisa me levar onde você vai fazer o seu, ia usar meu salário todo.

- Você vai fazer no mesmo lugar que eu, você é quase uma mãe para mim - falei rindo - quero que você acompanhe tudinho de pertinho comigo.

- Menina você vai me fazer desidratar assim - ela disse me batendo com um pano de prato - chegou aquela caixa ali para você - ela disse querendo mudar de assunto.
- Cadê? Você tá muito chorona em - falei dando um piscadinha.

- Ali - ela apontou com o pano, fui até a caixa e notei que não tinha nenhum remetente a única coisa que tinha era meu nome na frente dela.

- Tá sem identificação - falei e abrir a caixa - Que coisa estranha - tinham várias papéis picados lá dentro e uma folha de ofício escrita com letras cortadas de jornais e revistas: estou de volta e quero minha filha.

Eu não podia acreditar, Eduardo estava de volta e eu realmente um dia chegar a pensar que a justiça francesa fosse melhor que a brasileira. Não tinha como ser outra pessoa, era Eduardo com certeza, vasculhei mas um pouco a caixa e tinha outra papel da mesma maneira escrito: Não conte nada para ninguém ou Sofia vai pagar.

Meu estômago ia sair pela boca, corrir pra dentro do banheiro e vomitei o suco que acabei de tomar. Lavei minha boca e meu rosto e voltei lá pra cozinha, o desespero tomou conta de mim, por dentro e por fora eu só parecia alguém em choque.

- Que que foi isso? - Lúcia perguntou - O suco tá estragado?

- Não, foi só um enjoo, tá tudo bem.

- O que tem aí?

- Nada demais - forcei um sorriso - vou guardar ali - falei indo em direção ao sótão.

Guardei a caixa la no meio de outras caixas e rezei para ninguém achar aqui, lá era o único lugar da casa que era menos frequentado, fiquei completamente desnorteada depois disso, Eduardo solto era uma ameaça para minha família e eu não sabia como ia administrar tudo isso sem poder contar isso para David, sem contar isso para ninguém na verdade.

Ajudei Lucia com a mesa sem falar muito, ela percebeu que eu fiquei calada de repente e eu inventei que só tava ansiosa para a prova do vestido, cara, porque Eduardo solto, como assim?!

Quando terminei de colocar a mesa com Lucia, Sofia e David desceram às escadas, ela estava no colo dele e provavelmente ele acordou ela para tomar café com a gente.

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