XXII

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Se por algum momento eu achei que conseguiria sair dali sem David atrás de mim, eu estava completamente enganada, foi questão de vinte minutos para ver o carro dele atrás do carro de Belle, foi então que eu me lembrei que todos os carros eram rastreados, e que ela tinha a rota de todas os carros faziam no celular.

Ele não sabe definitivamente o que é respeitar e dar tempo, e isso me tirava do sério porque eu só precisava pensar e tentar entender o lado dele.

Pisei com toda minha força no acelerador e sair cortando várias carros porque eu não queria de maneira alguma que David me encontrasse, minha meta era para perto de um táxi mais próximo deixar o carro parado na estrada e entrar dentro do táxi indo para um hotel onde eu pudesse finalmente pensar em tudo.

Eu sentia um vazio dentro de mim fora do normal, meu peito se apertava todas às vezes em que eu pensava em David beijando Valentina, meu choro era silencioso porque Amanda e Sofia estavam dormindo no banco de trás, mas a dor que eu sentia era tão intensa, que eu não tinha mesmo palavras para expressar tudo o que estava acontecendo comigo.

Ver David agora era o que com certeza me machucaria mais e era o que eu menos precisava.

Ele infelizmente continuava atrás de mim, e eu não parei em momento algum, meu celular no banco do passageiro não parava de vibrar, ele não ia desistir, eu tinha certeza.

Enquanto eu olhava o celular, acabei passando em um quebra-mola sem eu perceber na mesma velocidade que eu estava, acabei perdendo o controle do carro e bati no barranco.

Não foi um acidente, o carro só deu uma pequena deslizada devido a pista que estava escorregando por conta da chuva, foi muito de leve, acho que nem deu para o carro amassar.

No momento do impacto, bati a cabeça no volante e sentir minha testa doer por conta disso, olhei pra trás e vi que Amanda tinha acordado.

- Você tá bem? - perguntei tirando meu cinto - Sofia! - falei um pouco alto fazendo com que ela acordasse, porque eu havia assustado ela.

- O que aconteceu?

- Bati o carro no barranco.

- Você tá bem?

- Só escorregou na hora de passar no quebra mola.

David parou o carro e bateu no vidro freneticamente, eu pensei em não abrir, mas não tinha como fazer isso.

- Caralho, Alicia! - ele disse nervoso - Você só pode tá querendo me matar - alguém avisa ele que se ele não tivesse me ligado ou atrás de mim eu com certeza ia ver o quebra-mola - Você tá sangrando - ele disse abaixando o tom de voz e falou um pouco preocupado - destrava a porta, merda - olhei pelo retrovisor e vi que meu nariz estava sangrando.

O lado da minha porta havia batido no barranco, então a minha porta e a porta ao meu lado não dava para abrir, destravei o carro pulando para o banco do passageiro para que David não pudesse abrir essa porta, Amanda e Sofia saíram do carro e David colocou elas no carro dele, que estava parado na frente do meu. Peguei uma blusa e coloquei no meu nariz para conter o sangue.

Eu me sentia uma completa idiota, corna, e mimada que pegou o carro da irmã do noivo, bateu ele e agora estava em uma estrada deserta com uma criança de oito meses, irmã de quinze anos e o ex-noivo-atual.

Ver David ali me deixava mal, e não conseguir evitar às lágrimas, porém meu choro dessa vez veio acompanhado de ruídos de dor, mas eu não estava sentindo dor, não fisicamente.

David voltou para o carro depois de ter colocado às meninas dentro do carro dele e ele parecia vim pronto para me atacar, mas quando viu o quão mal eu estava pareceu se tocar um pouco.

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