XIII

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Acordei em um quarto todo branco, e com a visão completamente embaçada. Tentei me recordar das últimas coisas e lembro que eu ia passar por uma cirurgia. Tentei mover meu corpo mas eu sentia ele completamente dolorido, parecia que tinha passado um caminhão em cima de mim.

Como eu ia avisar alguém que eu já tinha acordado?

Passaram alguns minutos e Thiago entrou no quarto, ele tá aqui significa que ele não está mais bravo comigo. Não é possível que ele se daria o trabalho de vim aqui sem falar comigo.

- Oi - eu disse quando ele entrou dando um sorriso, por favor Thiago, sorrir de volta.

Ele me encarou por um tempo e depois deu um sorriso.

- Eu sinto muito - ele disse colocando às mãos no bolso - Como você se sente?

- Bem, não dói nada

- Eu digo emocionalmente - eu desviei o olhar de Thiago, ele sabia como me fazer chorar. Ele me deu um beijo na testa demorado - Você vai ficar bem Liz, conta comigo para o que precisar - ele me encarou por um tempo - mesmo você me irritando e me deixando louco às vezes.

- Eu sou boa nisso, né? - eu dei um sorriso - Me desculpa, por tudo... Eu sei que fui completamente sem noção.

- Esquece isso.

- Não, sério. Me desculpa, eu me sinto muito mal por tudo que eu fiz com vocês aquele dia.

- Siga em frente, isso vai passar Liz - ele passou a mão na minha bochecha - você vai poder ter mais quantos filhos você quiser.

- E se não passar? - eu fiz um careta segurando o choro - eu me sinto tão incompleta Thiago, parece que arrancaram algo de dentro de mim...

- Vai passar - ele apertou minha mão - vai passar com certeza, mas não se prende a isso. Sofra tudo que tiver que sofrer, mas não deixa de viver Liz, não se tranque no quarto e chore sozinha, saía com seus amigos, faça tudo que tiver que fazer, só não se isole. - eu assenti. Eu amava tanto Thiago, ele era um amigo tão bom, tão prestativo, era mesmo como se fosse meu irmão.

- Como David tá?

- Triste, mas muito mais preocupado com você, ele já deve ter chegado. Você teve complicações com a anestesia.

- Como assim?

- Durmiu mais do que devia.

- Sério?

- Sim - ele se levantou e me deu um beijo na minha testa - Belle e eu estamos aqui para tudo que você precisa, te amo.

- Te amo - eu repeti.

Assim que Thiago saiu passou uns minutinhos David entrou. Eu sorri quando vi ele, ele veio ate mim e me deu um beijo, passando às mãos no meu rosto, eu o amava tanto.

- Como você tá? - ele passou a mão na minha barriga, onde tinha uma faixa por conta dos pontos da cirurgia.

- Bem - eu sorri sem mostrar os dentes - e você?

- Bem também - ele segurou na minha mão - nós podemos tentar de novo, quando você quiser, tá bom?

- Não pensa nisso agora, vamos deixar rolar, quando tiver que ser, vai ser - eu beijei sua mão - quanto tempo eu dormir?

- Quase um dia - ele suspirou - me deixou preocupado...

- Desculpa, e seus pais?

- Estão na minha casa, você vai pra lá quando receber alta...

- David, me tira daqui, eu fico quietinha na sua casa, juro, você sabe como eu odeio hospitais.

- Não tem como, você dormiu demais, teve uma reação anestesia - eu revirei os olhos - fica só mais um dia e depois eu tiro.

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