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Ele me abraçou com tanta força que eu fiquei um pouco sem jeito. Eu exagerei no drama dessa vez.

- Desculpa, David, não queria te deixar preocupado. - ele não disse nada, continuou na mesma posição, eu me sentir mal por ver o quanto ele estava mal por minha causa.

Nos afastamos e ele me encarou por um tempo, depois entramos dentro do carro.

- Toma - ele tirou a blusa e me deu, eu peguei. Logo em seguida ele ligou o ar, eu estava mesmo com frio - Eu não sei nem por onde começar.

- Tá tudo bem - eu me encostei no banco, ele começou a dirigir, sem fala nada. Durante o caminho ele parecia querer tentar alguma reaproximação, eu queria essa reaproximação, mas eu me sentia como se eu tivesse criado uma barreira para David. Paramos em sinal, ele me encarou e eu peguei em sua mão - Tá tudo bem, sério. Eu sei que não foi sua intenção falar aquilo.

- Eu saio da próxima vez, juro que saio. - eu fiquei quieta - Me desculpa por eu ser um idiota. Eu nunca quis dizer aquilo, você sabe que eu sou ridículo em todas as nossas brigas, e que a única coisa que quero no momento da raiva e te atingir, eu sou muito idiota por isso. Eu falei que você agia como uma adolescente mas eu te faço agir assim, e você não é uma adolescente, e nem age como uma. Você é única, e hoje diante da possibilidade de nunca mais te ver, eu me dei conta mais uma vez de que eu não tenho vida sem você - ele respirou fundo, eu queria abraçar ele e dizer de novo que estava tudo bem - Você e esse bebê são exatamente tudo que eu tenho, e tudo que eu quero ter. Não some nunca mais. Só queria dizer que você é minha vida, e que palavras como "eu te amo", "não vivo sem você" são coisas pequenas diante de tudo que eu digo, tudo bem que eu falo que te amo às vezes, mas é muito maior.

- David, você não precisa...

- Não espere, por favor me deixe continuar pra eu me sentir um pouquinho melhor - ele disse sério - e o que eu falei hoje, sobre está com você só por causa do nosso filho, e mais que claro que não é verdade. Eu só estava sendo idiota. E você vai ter que aceitar, porque vai passar comigo o resto da sua vida, e agora diante disso tudo, você vai ter que me prometer de que você nunca mais vai sumir, você me promete?

- Agora eu posso falar?

- Não, deixa que eu respondo para você, você promete, obrigada por prometer. - eu ri, ele estava de volta - E olha... Não ache que você vai se livrar das multas de hoje mais cedo não, viu? Os papéis estão lá na sua casa para você pagar.

- A verdade é que fugir só pra não pagar às multas, droga devia ter sumido tempo o suficiente para você ter pago tudo - nós rimos - eu estou com fome.

- Na sua casa tem pizza - ele disse se concentrando no caminho - Você andou isso tudo a pé? Porque você tava em outra cidade, sabia? Duas horas e meia do seu apartamento.

- Vim a pé sim - eu disse - Eu andei muito mesmo, até perdi uns quilos - bati na minha barriga - minha filha até conheceu outro lado da cidade, não é mesmo bebê da mamãe? - passei a mão na minha barriga - Corremos de dois caras, acredita?

- Sério?

- Sim, foi na hora que eu resolvi ligar para vocês, ai foi a hora cheguei no lugar onde vocês me buscaram - eu tossi.

- Quem era os caras?

- Não faço ideia,  eu só queria saber de correr mesmo - ele pareceu se incomodar - Se o lugar que eu estava era duas horas e meia daqui, como vocês chegaram tão rápido? - perguntei tentando mudar de assunto.

- Ultrapassando todos os sinais vermelhos - ele riu - Parece que vamos ter muitas multas hoje.

- Ah claro - eu ri também, esfregando minhas mãos para ver se conseguia aquecer elas, David pegou nelas e logo em seguida às beijou - como está Larissa?

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