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VIII

Durante o caminho para casa tivemos que parar duas vezes para que eu pudesse vomitar o pouco que eu havia comido.

Assim que eu cheguei em casa eu vi mais alguns carros estacionando ali. Vi minha mãe se despedindo de alguns parentes, e eu não queria fazer parte daquilo, então ignorei todos e só quis subi pro meu quarto.

Quando cheguei na sala com Larissa, Lucas e David, Larissa me disse que ia pra casa e Lucas foi com ela, David subiu comigo.

Cheguei no meu quarto e já fui tirando minha roupa e entrei para o banho. Enfiei minha cabeça no chuveiro tentando esquecer tudo o que aconteceu hoje, queria apagar o dia de hoje pra sempre da minha vida.

Fechei meus olhos e mais uma vez lembrei do meu pai, como ia ser difícil esquecer que ele tinha ido embora.

David tomou um banho logo depois que eu sair do banheiro.

Deitei na cama e David se deitou ao meu lado, nós ficamos olhando para o teto por um bom tempo, David estava exausto, e parte de tudo isso era minha, porém ele não queria dormir porque estava ocupada ficando preocupado comigo.

- Se você quiser conversar... Fala comigo - ele disse meio sem jeito - Não quero te prencionar a falar comigo, mas saiba que estou pronto para te escutar - eu peguei na mão dele.

- Eu te amo - dei um beijo na mão dele - Obrigada por tudo que fez hoje.

- Eu faria muito mais se eu pudesse fazer algo pra te ver melhor - ele se virou e me deu um beijo - É ruim demais te ver triste assim.

- Eu vou ficar bem, só de ter você comigo eu já me sinto melhor.

- Sério?

- Sim – eu dei um sorriso. Ele se abaixou e deitou sobre minha barriga, eu suspirei a passei a mão por seus cabelos. Não passou cinco minutos e David já estava no décimo sono. Eu fechei meus olhos pensando que eu também deveria descansar ate que acabei dormindo.

***

- Minha mãe tá chamando para o jantar – foi a primeira voz que eu ouvir quando olhei para o lado e vi David na porta com minha irmã.

- Ok, vou acordar Alicia

- Eu já estou acordada – sentei na cama – estou com vontade de comer melancia – David me encarou confuso – muita vontade.

- Tem melancia lá embaixo?

- Não – Amanda me encarou – meu Deus é um daqueles desejos de grávida?

- Não sei – me levantei – vamos descer e achar uma melancia – peguei na mão de David e descemos. Quando cheguei lá, estava minha mãe, meu irmão com minha sobrinha de sete meses e com a mulher dele. 

Eu não tinha visto ela desde quando cheguei, ela estava enorme, linda.

 – Oi neném da dindinha – peguei ela no colo – que saudades que estava de você – despejei vários beijos no rosto dela. Sentir as mãos de David que estava na minha cintura brincando com ela. Coloquei ela na cadeirinha do meu lado e me sentei na mesa também. – Eu quero muito comer melancia, tem aqui?

- Não tem melancia aqui, você não gosta de melancia, aliás – minha mãe me respondeu – isso é desejo de gravida né?!

- Parabéns cunha! – minha cunhada se levantou e me deu abraço e depois em David, eu sorri agradecendo – até que fim Marcos vai parar de reclamar que não tem um sobrinho. – nós rimos.

- Você podia arrumar uma melancia para sua afilhada né? – eu disse olhando para Marcos – ou você quer que ela nasça com cara de melancia?

- Afilhada? – ele me olhou surpreso. Eu assenti. Eu não tinha falado pro David ainda, mas com certeza ele ia concordar – caramba Alicia! – ele levantou e me abraçou, depois abraçou David também. – David, vamos lá conseguir melancia para minha afilhada!