XV

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- Helena... O que foi isso? - eu perguntei completamente assustado ao encarar ela.

- Eu vim buscar a Sofia - ela disse ignorando minha cara de espanto. Os olhos de Helena estava marcado, como quem acabava de chorar, boca vermelha e estava com sangue seco, ela estava visivelmente abalada, e suas roupas amassadas.

- Quem fez isso? - um lágrima saiu de seus olhos, e dos meus também.

- Alicia a Sofia, por favor. - eu entrei e entreguei Sofia no bebê conforto com a bolsa dela, depois peguei a chave do carro e sai fechando a porta - Onde você vai?

- Levar você para casa.

- Eu não vou ficar em casa.

- Foi Eduardo que fez isso, Helena?

- Não complica às coisas - ela disse entrando no carro, eu entrei também - Isso acontece às vezes - ela falou depois de colocar Sofia no banco de trás - Mas eu sei que no fundo ele me ama, eu que faço algumas coisas sem noção às vezes... A culpa é minha! Eu vou mudar.

- Helena, claro que não! A culpa é dele, você não tem culpa de nada - eu liguei o carro e dei partida, ela me encarou e ficou em silêncio.

- Me leva para um hotel mais perto.

- Não, você fica na minha casa.

- Claro que não, não posso aceitar isso.

- Minha casa Helena, e depois você conversa com Eduardo, e explica que não é certo bater em mulheres. Se eu fosse você chamava a polícia - falei irritada - Eu sei que você não quer ouvir isso, mas não é certo. Você precisa tomar uma atitude.

- Não! Ele é pai da minha filha.

- Isso não dá ele o direito de fazer o que ele tá fazendo.

- Alicia, não é assim - ela disse com receio - Me leva para um hotel.

- Você fica no meu apartamento.

- Eu não quero te atrapalhar.

- Eu fico na casa de David, pra você ficar mais a vontade. Eu vou para um hotel fazendo amanhã - meu celular tocou, era David, eu recusei.

- Não posso aceitar isso.

- Você não tem muita escolha - eu disse estacionando o carro. Ajudei Helena com a bolsa de Sofia e fomos para o elevador, depois entramos no meu apartamento. - Você pode pegar tudo que quiser.

- Você tem certeza?

- Absoluta - eu disse dando um beijinho em Sofia que estava dormindo - Você tem certeza que não quer me contar nada?

- Sim, obrigada, amanhã eu volto para casa.

- Você pode ficar quanto tempo você quiser, eu volto segunda de manhã ou domingo a noite, mas estou no celular, sempre que precisar.

- Não vou incomodar.

- Você não incomoda - eu a abracei - fica bem.

- Obrigada por tudo - eu disse saindo dali.

Avisei na portaria que eles poderiam liberar tudo para Helena, e depois fui para o carro. Olhei meu celular e tinha algumas ligações de David, eu retornei.

- Oi

- Onde você tá?

- Indo para sua casa.

- Por que você não avisou que saiu?

- Eu esqueci, mas estou indo para aí

- Onde você tá?

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