35 | Resistance.

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MAYA

A tensão na sala era palpável, um conflito silencioso que parecia se intensificar a cada segundo. Billie estava lá, com aquele olhar intenso, e eu sentia que a pressão estava me sufocando. A verdade era que eu estava exausta, tanto fisicamente quanto emocionalmente, e precisava de um respiro.

– Billie, eu preciso sair um pouco – pedi, tentando manter a voz calma. Havia uma urgência no meu coração, como se eu estivesse prestes a entrar em colapso se não conseguisse escapar daquela casa.

Ela franziu o cenho, e a expressão no rosto dela mudou de preocupação para frustração.

– Não! Você não vai sair dessa casa! – Billie respondeu, elevando o tom de voz, sua determinação palpável no ar.

Aquelas palavras acenderam uma faísca de revolta dentro de mim. Como ela podia ser tão insistente? Por que não entendia que eu precisava de espaço?

– E por que não? – desafiei, encarando-a de volta. O calor da discussão estava começando a se intensificar, e eu estava pronta para ir até o fim.

Em um movimento rápido, Billie se aproximou, segurando meu maxilar com firmeza. Seus olhos eram como fogo, e eu me senti presa sob seu olhar.

– Porque eu estou tentando te proteger! – Ela gritou, a raiva claramente transparecendo. – Você não sabe o que está fazendo! Não entende o perigo que está lá fora!

Eu podia sentir a pressão da sua mão, e a dor física só aumentava minha frustração. As lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto, mas eu não queria que ela visse minha fraqueza.

– Para de apertar! – implorei, a voz embargada. – Billie, você não tem o direito de decidir por mim!

Ela não soltou, em vez disso, sua expressão endureceu, e a raiva dela transbordou.

– Se você sair, vai se machucar! E eu não vou deixar isso acontecer! – A intensidade da sua voz ecoou no quarto, como um trovão, e isso só fez meu coração disparar.

– Para de ser tão controladora! – gritei, minha voz ressoando nas paredes. – Você não pode me manter presa aqui!

– Eu não estou te mantendo presa! Estou tentando salvar sua vida! – Ela retrucou, mas a frustração em sua voz não deixou de ser clara.

Desafiando sua autoridade, gritei de volta.

– Cala a boca! Apenas saia do meu quarto! – Aquelas palavras saíram com tanta força que parecia que eu estava empurrando toda a raiva acumulada para fora.

Billie me soltou, a fúria e a dor em seus olhos se misturando, e o ambiente ficou carregado de eletricidade. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, e eu podia sentir a tensão entre nós como um fio prestes a se romper.

Ela respirou fundo, mas antes que pudesse responder, eu não aguentei mais. Com raiva, virei as costas e me dirigi à porta, determinada a sair.

– Maya, você não vai a lugar nenhum! – Billie gritou, sua voz ecoando na casa. Mas eu não estava disposta a ouvir.

Empurrei a porta, mas ela se moveu rapidamente, bloqueando minha saída com o corpo.

The Price Of Power | g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora