12 | Small Steps

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POV'S

Horas se passaram desde que Finneas e Billie estavam mergulhados na organização das infiltrações. O ambiente ao redor estava carregado de tensão e a mente de Billie não conseguia se afastar de Maya. A ansiedade, a tristeza e a culpa a consumiam a cada minuto que passava.

Ela observava as fichas e os mapas espalhados pela mesa, mas sua mente estava em outro lugar, fixada na imagem de Maya, vulnerável e inconsciente. Finneas, percebendo o estado de Billie, a interrompeu com um olhar preocupado.

- Billie, você precisa de um tempo. Não vai ajudar ninguém se você não descansar. Deixe-me cuidar das infiltrações por um tempo. Vá ver Maya. Ela precisa de você agora. -

Billie hesitou, a dor em seus olhos refletia sua luta interna. Mas, ao olhar para Finneas, viu a sinceridade em seu olhar e a confiança em suas palavras. Finalmente, ela assentiu, se levantou e se dirigiu para onde Maya estava. A única coisa que Billie desejava era estar ao lado de Maya, dar-lhe o conforto que ela não podia oferecer em palavras.

Horas de planejamento e operações secretas haviam se estendido por um tempo interminável. Billie estava cercada por papéis e dispositivos, mas sua mente parecia estar em um lugar completamente diferente. A imagem de Maya, fraca e inconsciente, pairava sobre seus pensamentos como uma sombra constante. A culpa a consumia, cada decisão parecia uma escolha errada, e a ansiedade a mantinha à beira do colapso.

Finneas, que já havia notado a crescente exaustão de Billie, interrompeu o silêncio pesado. Ele colocou uma mão gentil no ombro dela e, com uma voz calma, disse: - Billie, você não vai conseguir fazer isso se não cuidar de si mesma primeiro. Vá ver Maya. Eu assumo o controle das infiltrações e das operações. Não precisa se preocupar com isso agora. -

Billie ergueu os olhos, seus sentimentos de frustração e tristeza à flor da pele. A preocupação com Maya era palpável em cada linha do seu rosto. Finneas, com seu tom encorajador e a determinação em seu olhar, fez com que ela visse que precisava se afastar do trabalho e buscar a presença da única pessoa que a fazia sentir-se mais próxima de uma solução.

Com um suspiro profundo, Billie levantou-se lentamente. O peso do mundo parecia se deslocar um pouco quando ela percebeu que Finneas estava verdadeiramente no controle. Sem mais palavras, ela se dirigiu ao hospital, seu coração batendo acelerado enquanto pensava na condição de Maya.

Ao chegar ao quarto, a cena a recebeu com uma mistura de desespero e esperança. A luz suave do hospital iluminava o rosto de Maya, que ainda estava em coma. Billie se aproximou da cama, os olhos cheios de lágrimas. A visão de Maya, tão frágil e indefesa, fez o peso da culpa e da tristeza pesar ainda mais em seu peito.

Ela se sentou ao lado da cama, pegou a mão de Maya, e sussurrou palavras de esperança e amor, mesmo sabendo que a jovem não podia ouvi-la. Billie precisava estar ali, precisava acreditar que, de alguma forma, Maya poderia sentir sua presença e, quem sabe, lutar para voltar a ela.

silêncio do quarto era interrompido apenas pelo som do monitor cardíaco e o ocasional farfalhar das folhas de papel ao redor. Billie se apoiou na cama, tentando ignorar a dor que se instalava em seu peito. Ela olhava para Maya com um sentimento de impotência, desejando poder reverter o tempo e evitar todo o sofrimento.

As lágrimas deslizavam pelo rosto de Billie enquanto ela passava a mão pelos cabelos de Maya, em um gesto de carinho que parecia tanto um consolo quanto uma oração. A sensação da pele fria e pálida de Maya sob seus dedos fez a dor de Billie se intensificar. A culpa por não ter sido mais rápida, por não ter conseguido impedir o que aconteceu, era esmagadora.

The Price Of Power | g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora