14 | discovery

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BILLIE

Era tarde da noite quando o telefone ao meu lado vibrou, quebrando o silêncio da sala do hospital. Olhei para a tela e vi que o número era desconhecido. Meu coração deu um salto, esperançosa de que fosse uma atualização importante sobre a busca por Christopher. Atendi com uma mistura de ansiedade e expectativa.

A voz do outro lado da linha me pegou de surpresa, fria e ameaçadora. - Achou que era esperta, né, O'Connell? - A voz de Christopher Sinclair estava carregada de desdém. - Colocando seus capangas infiltrados, tentando manipular a situação ao seu favor. -

Senti um frio na espinha ao ouvir as palavras.             - Christopher -  eu disse, tentando manter a calma, apesar da raiva crescente.  - O que você quer? -

- Quer saber o que eu quero? - A risada dele estava cheia de crueldade. - Quero que saiba que estou sempre um passo à frente. Seus tentáculos estão se estendendo mais do que você imaginava. Seus capangas infiltrados? Não estão me pegando de surpresa. -

Meu coração acelerou, tentando processar o impacto das palavras. - O que você quer dizer com isso? O que você pretende fazer? -

A voz de Christopher era cruel e calculista. - Você realmente acha que pode me capturar sem consequências? Lembre-se, cada movimento que você faz está sendo observado. E quanto mais você tenta se aproximar, mais eu me escondo. -

O tom ameaçador de sua voz se dissipou, e a linha ficou em silêncio. Desliguei, sentindo uma mistura de frustração e determinação. As palavras de Christopher eram um lembrete cruel de que ele estava sempre um passo à frente, e a busca se tornava cada vez mais difícil.

Olhei para Maya, ainda inconsciente ao meu lado, e sussurrei para ela, como se minhas palavras pudessem alcançar seu coração. - Nós não vamos desistir. Não importa o que ele faça. Vamos conseguir. -

A ligação de Christopher me deu um impulso de força para enfrentar a luta que ainda estava por vir. Sabia que precisaria redobrar meus esforços e ficar ainda mais firme na busca por justiça. A batalha estava longe de acabar, e eu estava determinada a lutar até o fim.

O silêncio que se seguiu ao telefonema de Christopher foi esmagador. Senti uma mistura de raiva e frustração, como se ele estivesse desafiando diretamente minha capacidade de enfrentar o que estava por vir. As palavras dele ressoavam em minha mente, cada uma como uma bofetada à minha determinação. A ideia de que ele estava sempre um passo à frente e que nossos movimentos estavam sendo monitorados me fazia sentir um peso ainda maior.

Olhei para o meu telefone novamente, tentando me recompor. Eu precisava focar na próxima ação, mas a sensação de impotência era esmagadora. Christopher estava jogando um jogo perigoso, e eu precisava encontrar uma maneira de virar o jogo a nosso favor.

Me levantei e comecei a andar de um lado para o outro na sala. O fato de que ele estava se escondendo tão bem e rindo de nossa tentativa de desmantelar seu império era um golpe duro. Precisava de uma estratégia nova, algo que pudesse realmente fazer a diferença.

Enquanto andava, pensei nas palavras de Vincenzo. A aliança com uma máfia rival poderia ser exatamente o que precisávamos para criar a pressão necessária sobre Christopher. Se ele estava tão bem escondido, talvez o poder combinado de duas facções poderosas pudesse finalmente fazer a diferença.

Puxei meu telefone novamente e enviei uma mensagem rápida para Finneas, atualizando-o sobre o telefonema e a minha decisão. - Christopher acabou de ligar. Está um passo à frente e parece saber de tudo o que estamos fazendo. Vou formar uma aliança com Vincenzo para aumentar nossa pressão. Precisamos de uma nova abordagem. Vou continuar ao lado de Maya. -

A resposta de Finneas não demorou a chegar.             - Entendido. Vou intensificar a busca e explorar todas as possibilidades. Mantenha-se firme. Estamos juntos nessa. -

Com a confirmação de Finneas, me senti um pouco mais aliviada. A luta estava longe de acabar, mas pelo menos agora eu tinha um novo plano de ação. Olhei para Maya, ainda inconsciente ao meu lado, e sussurrei com uma determinação renovada. - Nós vamos conseguir, Maya. Eu prometo. Não importa o que Christopher faça, não vamos desistir. -

Retornei à cadeira ao lado da cama de Maya e continuei a ler para ela em voz alta, tentando oferecer algum conforto e normalidade. A aliança com Vincenzo era um risco, mas era um passo necessário para confrontar Christopher com a força que ele precisava enfrentar.

O caminho à frente estava cheio de desafios, mas a esperança de que a nova aliança pudesse finalmente nos dar uma vantagem era uma motivação poderosa. A luta estava apenas começando, e eu estava pronta para enfrentar o que viesse, com a certeza de que Maya precisava de mim mais do que nunca.

Com o plano em mente e a decisão de formar a aliança com Vincenzo em vigor, o próximo passo era começar a coordenar com a nova parceria. Apesar da urgência, eu sabia que precisava manter o foco em Maya enquanto os preparativos avançavam.

Os dias seguintes foram um turbilhão de atividades frenéticas. A aliança com Vincenzo trouxe uma nova dinâmica à luta, e eu passei a maior parte do tempo discutindo estratégias e trocando informações com seus representantes. A colaboração prometia trazer novas oportunidades, mas também exigia que eu navegasse por um campo minado de negociações e acordos.

Uma noite, após um dia particularmente cansativo, voltei para o hospital para mais uma visita a Maya. A atmosfera estava mais sombria do que o normal, e a sensação de desgaste era palpável. Sentei-me ao lado da cama dela, o silêncio da sala sendo quebrado apenas pelo som das minhas respirações e o sutil bip dos monitores.

Peguei a mão dela na minha, tentando sentir alguma conexão, qualquer sinal de que ela estava ouvindo. A leitura de livros em voz alta já havia se tornado uma rotina, um ritual que me dava alguma esperança de que, de alguma forma, ela ainda poderia perceber que eu estava ali.

- Maya, - eu sussurrei, tentando esconder a exaustão da minha voz.  - Temos um novo plano. Formamos uma aliança, e estamos fazendo todo o possível para trazer Christopher à justiça. Eu sei que você está lutando, e eu estou aqui para garantir que você não precise fazer isso sozinha. -

As palavras saíram com uma sinceridade desesperada. Eu queria acreditar que Maya pudesse, de alguma forma, sentir a presença e a determinação por trás delas. Cada dia que passava era um misto de esperança e desespero, e a constante presença do desconhecido sobre seu estado apenas agravava a ansiedade.

Recebi uma mensagem de Finneas no meio da noite. - Estamos avançando nas investigações. Algumas pistas promissoras, mas ainda é um caminho longo. Não desista. -

As palavras dele me deram um pouco de alívio. A busca por Christopher ainda estava em andamento, e eu precisava continuar acreditando que, eventualmente, encontraríamos uma maneira de capturá-lo.

Olhei para Maya, com a determinação renovada, e sussurrei novamente.  - Vou fazer o que for preciso para trazer Christopher à justiça e para garantir que você se recupere. Não importa o quão difícil seja, eu não vou desistir. -

A ideia de que havia uma luz no fim do túnel me dava forças para enfrentar cada dia. A luta estava longe de terminar, e cada passo que eu dava em direção a esse objetivo era um passo mais próximo de garantir a segurança de Maya e enfrentar Christopher.

Sentei-me ali, com a mão de Maya nas minhas, o som das páginas do livro e o constante zumbido dos monitores ao fundo. Estava pronta para enfrentar qualquer desafio que surgisse, com a esperança de que, em breve, tudo isso seria apenas uma lembrança de um caminho árduo que finalmente nos levaria à vitória.

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não sei o que dizer, meu deuss

The Price Of Power | g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora