25 | The Heart of Chaos

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MAYA

O som dos passos rápidos e o batimento acelerado do meu coração eram a única coisa que eu conseguia ouvir enquanto corríamos pelas ruas escuras. O medo ainda estava fresco em minha mente, e cada sombra parecia ameaçadora. Zoe, ao meu lado, estava focada, seus olhos escaneando constantemente o entorno enquanto mantinha uma velocidade constante. A adrenalina nos dava uma força extra, mas a sensação de pavor não diminuía.

- Estamos quase lá, Maya -  Zoe sussurrou, sua voz cheia de urgência. Eu apenas acenei, incapaz de encontrar palavras. Minha mente estava uma neblina de confusão e medo, tentando processar a situação em que nos encontrávamos. O sequestro, a brutalidade de meu pai, e a fuga repentina estavam todos misturados em um turbilhão de emoções.

Cada passo parecia um esforço, como se o chão estivesse se arrastando sob meus pés. A dor nas minhas pernas e o cansaço extremo não eram nada comparados ao terror que sentia. A sensação de que algo ruim poderia acontecer a qualquer momento era constante, e a insegurança era esmagadora.

Finalmente, Zoe me puxou para uma entrada lateral, escondendo-nos em uma pequena área entre dois prédios. A escuridão ao nosso redor parecia densa, e eu me deixei cair contra a parede, tentando recuperar o fôlego. Zoe estava ao meu lado, seu olhar fixo na rua principal, procurando sinais de perseguição.

- Devemos estar fora de perigo por enquanto - ela disse, tentando me acalmar.  - Mas precisamos seguir em frente. -

Eu respirei fundo, tentando acalmar minha mente e minha respiração. Cada vez que fechava os olhos, voltava a ver o rosto de meu pai e a sensação de pavor que sentira quando ele estava prestes a me machucar. A cena estava gravada em minha memória, e cada instante parecia se arrastar como um pesadelo interminável.

Zoe puxou-me gentilmente para fora do esconderijo, e continuamos nossa corrida, agora com um pouco mais de calma. O medo ainda estava presente, mas a necessidade de escapar e encontrar um lugar seguro era o que me motivava a seguir em frente.

O som dos nossos passos se misturava com o ruído da cidade ao fundo, e, enquanto avançávamos, eu sentia um misto de alívio e ansiedade. Sabia que ainda estávamos longe de estar a salvo, mas, por agora, a liberdade estava ao alcance.

A noite parecia interminável enquanto continuávamos correndo pelas ruas escuras. Cada vez que uma sirene soava ao longe, meu coração disparava novamente, temendo que a polícia ou os capangas de meu pai estivessem nos seguindo. Zoe parecia manter uma calma admirável, guiando-me através de ruas secundárias e atalhos que eu nunca tinha notado antes.

Finalmente, chegamos a um armazém abandonado que Zoe parecia conhecer bem. Ela entrou com uma segurança que eu admirava, puxando-me para dentro de um canto mais escuro e protegido. A respiração estava entrecortada, e eu me sentei no chão frio, tentando recuperar o fôlego. A mente ainda estava girando, cheia de pensamentos confusos e lembranças perturbadoras.

Zoe se aproximou de mim, seus olhos cheios de preocupação. - Você está bem? Precisa de água ou algo assim? - Ela me ofereceu uma garrafa de água que eu aceitei com uma mão trêmula. A água estava fria e refrescante, e eu bebi com avidez, tentando afastar a sensação de desidratação e cansaço.

- Obrigada - murmurei, minha voz soando fraca e cansada. - Eu... não sei como agradecer por tudo isso. -

Zoe sentou-se ao meu lado, a preocupação visível em seu rosto. - Você não precisa agradecer agora. O importante é que estamos seguras por enquanto. Precisamos pensar no próximo passo, mas precisamos nos acalmar primeiro. -

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