31 | Waterfalls of Guilt

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BILLIE

Eu sabia que hoje era o dia. A tensão estava no ar, e eu estava tentando me preparar para encontrar Odessa. Mas antes de tudo, eu precisava encontrar a Maya e dizer que era hora de eu ir. Meus passos pareceram mais lentos enquanto me dirigia para o quarto dela.

Quando entrei, encontrei Maya sentada no sofá, seu olhar distante. Eu não podia ignorar a sensação de que a deixaria com um peso no coração. Respirei fundo e tentei manter a calma, mesmo que uma parte de mim estivesse completamente despedaçada.

– Maya – minha voz saiu mais suave do que eu pretendia, tremendo um pouco.

Ela levantou o olhar para mim, e o vi se encher de lágrimas quase imediatamente. Antes que eu pudesse me aproximar, ela se levantou e veio até mim, se lançando em meus braços com um abraço forte e desesperado.

– Por favor... – ela murmurou, sua voz quebrada pela emoção. – Volte e fique bem.

Senti um nó na garganta enquanto a abraçava de volta, pressionando seu corpo contra o meu. As palavras dela eram como facadas, a dor e o medo que eu via em seus olhos eram esmagadores.

– Eu vou voltar – prometi, tentando ser o mais firme possível. – E farei tudo o que puder para ficar bem. Eu juro.

O abraço de Maya era apertado, quase como se ela estivesse tentando me prender ali para sempre. Eu percebi o quanto isso significava para ela, e isso me fazia querer ficar ainda mais.

Com um esforço doloroso, finalmente me afastei um pouco, enxugando as lágrimas que se misturavam entre nós. A tristeza em seus olhos era como um peso no meu peito.

– Eu farei o que for preciso – disse, olhando profundamente nos olhos dela. – Por você, por nós.

Maya assentiu, tentando controlar sua própria tristeza. Cada passo que dei em direção à porta parecia mais pesado, mas a promessa que fiz a ela me dava a força necessária para enfrentar o que estava por vir.

Olhei para Maya pela última vez antes de sair, o coração pesado com a dor que eu via nos seus olhos. Ela estava deitada na cama, com lágrimas escorrendo pelo rosto. Eu sabia que precisava ir, mas isso não tornava mais fácil.

– Eu volto logo – murmurei, tentando dar um tom tranquilizador à minha voz.

Maya ergueu a cabeça, seus olhos cheios de medo e desespero.

– Não vá – implorou ela, a voz embargada. – Por favor, Billie, não faça isso.

Meu coração doeu ao ouvir o pedido. Puxei a respiração e me aproximei, tocando seu rosto com um carinho que eu esperava que transmitisse o quanto eu estava lutando para manter a calma.

– Eu preciso ir para resolver isso – disse, forçando um sorriso reconfortante. – É a única maneira de garantir que você esteja segura. Confie em mim, tudo vai ficar bem.

Com um último olhar carregado de tristeza, saí da casa. Cada passo parecia pesar mais enquanto eu me dirigia para o café onde me encontraria com Odessa.

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Quando entrei no café, o ambiente parecia mais opressor do que nunca. Localizei Odessa em um canto discreto, e meu coração acelerou com a antecipação e a tensão. Caminhei até ela e me sentei sem cerimônia, minha mente girando com todas as possíveis repercussões daquele encontro.

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