The Price Of Power | g!p

17 | Deadly Warning

BILLIE

Meus dedos passavam lentamente pela superfície da fita cassete enquanto eu pensava nas palavras certas para dizer. Não, foda-se, não eram palavras certas que eu procurava, eram palavras que cortariam Christopher Sinclair como uma faca. Palavras que o deixariam acordado à noite, suando frio, se perguntando quando eu apareceria para terminar o serviço.

Apertei o botão de gravação, sentindo a adrenalina começar a circular. - Ei, filho da puta - comecei, minha voz saindo rouca, carregada de desprezo.       - Acho que você sabe o que está na porra dessa caixa antes mesmo de abri-la, não é? Pois é, eu fiz um favor pro mundo e tirei mais um pedaço de merda da jogada. Ele estava trabalhando pra você, certo? Não que isso importe agora, porque a porra da cabeça dele está bem aí, na sua frente. -

Parei por um segundo, visualizando Christopher ao abrir a caixa e se deparar com a cabeça decepada do seu capanga. Eu sabia que ele ficaria puto, mas isso era parte do plano. Eu queria que ele estivesse com raiva, descontrolado.

- Eu sei que você está pensando que isso é só o começo, e adivinha? Você está absolutamente certo. Eu vou foder com você de uma forma que você nem imagina. Eu tenho suas informações, Sinclair. Tudo. Cada merda que você já fez, cada furo na sua segurança. E vou te dizer uma coisa... você não vai conseguir escapar dessa. Eu vou acabar com a sua raça, e você vai assistir, impotente, enquanto tudo o que você construiu desmorona. -

Soltei um suspiro longo, tentando conter a fúria que borbulhava dentro de mim.  - Você acha que sou só uma Mulher, que não entendo o jogo, mas vou te mostrar como é que se joga, seu desgraçado. Quando eu terminar com você, não vai sobrar nada além de poeira e sangue. -

Fechei os olhos por um momento, sentindo a tensão nos meus músculos se acalmar. Então, finalizei a mensagem. - Nos vemos em breve, Sinclair. Se você tiver coragem pra sair da porra do buraco onde se esconde. -

Desliguei a gravação e coloquei a fita dentro da caixa, junto com a cabeça do capanga. O sangue já começava a empapar o forro, mas isso só tornava a mensagem mais clara. Fechei a caixa e a entreguei para um dos meus homens, que levaria o presente até Christopher.

Ele entenderia o recado. Se não entendesse, estava prestes a descobrir o que acontece quando você cruza o caminho da Billie Eilish.

Enquanto um dos meus homens levava a caixa para Christopher, eu me reclinei na cadeira de couro do meu escritório, deixando o cansaço do dia pesar sobre mim por um momento. Sabia que a mensagem seria entregue em breve e imaginava a expressão no rosto de Sinclair quando ele visse o que eu tinha preparado para ele. O jogo estava apenas começando, mas ele já estava jogando no meu tabuleiro.

Me levantei e caminhei até a janela, olhando para a cidade que se estendia diante de mim. As luzes brilhantes e o barulho constante lá fora pareciam distantes, irreais. Todo o meu foco estava no próximo movimento, na próxima jogada que eu faria para destruir Christopher Sinclair.

Meu telefone vibrou no bolso, e eu o peguei para verificar. Era uma mensagem de um dos meus homens infiltrados na organização de Sinclair.           - Caixa entregue. Ele recebeu. -

Sorri, satisfeita. Ele tinha a fita, ele tinha a cabeça, e agora, ele tinha o medo. Um medo que eu plantaria nele até que ele estivesse completamente destruído.

Eu sabia que ele reagiria, que ele tentaria me atacar de volta. Mas eu estava pronta para isso. Cada movimento que ele fazia só o empurrava mais para a minha armadilha, e quando ele finalmente percebesse, seria tarde demais.