13 | Between Hope and Frustration

56 9 3
                                    

BILLIE

Depois de uma semana extenuante no hospital, eu havia estabelecido uma rotina constante ao lado de Maya. Cada dia parecia se arrastar, mas eu encontrava consolo na simplicidade das minhas visitas - lendo em voz alta e conversando com ela. O livro que eu estava lendo hoje era um de seus favoritos, e minha voz ecoava suavemente pela sala, tentando criar uma sensação de normalidade em meio à nossa situação angustiante.

Enquanto eu lia, algo extraordinário aconteceu. No meio de uma página particularmente envolvente, eu vi um movimento sutil. Meu coração acelerou quando notei que os dedos de Maya estavam se mexendo lentamente. A princípio, pensei que fosse uma ilusão, um jogo da minha mente desesperada. Mas não era. Eu vi claramente os dedos se moverem, e o mundo ao meu redor pareceu parar por um momento.

Minhas mãos estavam trêmulas quando eu me inclinei mais perto, tentando não fazer barulho. As lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto enquanto eu sussurrava, quase sem acreditar no que via. - Maya? Você está ouvindo? - Minha voz estava carregada de uma emoção crua e pura, uma mistura de esperança e alívio.

A resposta não veio imediatamente, e o silêncio parecia se estender interminavelmente. Mas o simples fato de que ela havia mostrado algum sinal de movimento me encheu de uma esperança que eu mal sabia que ainda podia sentir. Com as lágrimas ainda em meus olhos, eu peguei o telefone com mãos trêmulas e disquei o número de Finneas.

A linha foi atendida rapidamente. - Finneas - minha voz estava embargada, - Maya... Maya mexeu os dedos. Eu vi, foi real. Não sei se é um sinal, mas é algo. -

Do outro lado da linha, a voz de Finneas estava carregada de uma mistura de preocupação e encorajamento.  - Isso é incrível, Billie. É um sinal de que ela pode estar começando a responder. Continue falando com ela, mantenha a esperança. Vou acompanhar isso de perto. -

Desliguei o telefone e olhei novamente para Maya, minha mente girando com a nova onda de esperança. Esse pequeno avanço, embora insignificante para muitos, era tudo para mim agora. Voltei ao lado da cama, meu coração ainda acelerado, e continuei a ler em voz alta, me agarrando à possibilidade de que, talvez, esse fosse o início de uma recuperação.

Eu continuei ao lado da cama, a mente ainda girando com a nova esperança que o movimento de Maya trouxe. A sala parecia mais iluminada, como se a simples possibilidade de recuperação tivesse transformado a atmosfera. Cada pequeno sinal agora tinha um peso enorme, e eu estava determinada a manter esse momento de otimismo vivo.

Meu coração ainda batia rápido enquanto eu retomava a leitura do livro. As palavras saíam da minha boca com uma intensidade renovada, como se cada frase carregasse uma mensagem direta para Maya, pedindo para que ela voltasse para nós. O som da minha voz parecia ser o único ancla em um mar de incertezas, e eu me agarrei a isso com todas as minhas forças.

À medida que a tarde avançava, eu percebia que estava começando a ficar fisicamente cansada, mas a esperança e a emoção me mantinham alerta. Eu me levantei por um momento para esticar as pernas e tomar um pouco de água, mas meu olhar nunca se afastou de Maya. A ideia de que ela pudesse estar começando a responder me dava uma nova fonte de energia.

Lembrei-me das palavras de Finneas, e me senti reconfortada ao saber que ele estava ao meu lado, pronto para ajudar e apoiar. A sua encorajamento me fez sentir que eu não estava sozinha nessa luta, e isso era um alívio tremendo.

Quando voltei à cadeira ao lado da cama, coloquei a mão de volta na de Maya, tentando sentir qualquer pequena mudança. Mesmo que o progresso fosse lento e imperceptível, a esperança que sentia agora era palpável. Senti que o pequeno avanço que testemunhei poderia ser um sinal de algo maior, uma prova de que, talvez, a recuperação de Maya não fosse tão distante quanto eu havia temido.

The Price Of Power | g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora