40 | Good Morning, Princess

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BILLIE

Acordei com a sensação de um peso suave sobre meu corpo. Meus olhos se abriram lentamente, piscando para afastar o sono, enquanto o calor do sol matinal entrava pelos cantos da janela. Levei alguns segundos para perceber o que estava acontecendo, mas quando meus sentidos se ajustaram, senti um peso mais concreto e, ao olhar para baixo, vi Maya.

Ela estava deitada sobre mim, o rosto repousando contra meu peito, os fios do cabelo escuro espalhados pelo travesseiro e pela minha pele. Sua respiração era suave e tranquila, seu corpo relaxado como se estivesse em um sono profundo e pacífico. Meus braços ainda a envolviam de forma protetora, mesmo inconscientemente, como se eu quisesse garantir que ela nunca saísse do meu lado.

Ela era linda. O tipo de beleza que te tira o fôlego. Eu não conseguia acreditar que aquela garota, deitada serenamente sobre mim, era a mesma que há pouco tempo havia mudado completamente minha vida. Eu a observei por um tempo, permitindo que meu olhar traçasse os contornos de seu rosto, as feições delicadas que eu já conhecia tão bem, mas que, de alguma forma, pareciam ainda mais intensas à luz suave da manhã.

Eu me sentia... completa. Havia uma paz ali, uma calmaria que eu não sabia que poderia existir. Era como se todas as lutas, todo o caos e dor do passado se apagassem naquele instante. Nada mais importava além daquele momento. Maya estava comigo, em meus braços, e isso era o suficiente.

Depois de um tempo, ela começou a se mover levemente. Seus cílios tremularam e ela piscou devagar, ajustando-se à luz do quarto. Nossos olhos se encontraram, e eu senti meu coração acelerar um pouco. O sorriso tímido que surgiu em seus lábios fez meu peito se aquecer ainda mais.

– Bom dia – ela murmurou, a voz suave e carregada de sono.

Eu não consegui segurar o sorriso que se formou em meu rosto. Ela era encantadora, especialmente naquele estado vulnerável e despreocupado.

– Bom dia, princesa – respondi, minha voz mais baixa do que o normal, como se eu não quisesse quebrar o encanto daquele momento.

Maya corou um pouco, mas logo se inclinou e me deu um selinho suave. Seus lábios eram macios e quentes contra os meus, e mesmo que o gesto tenha sido rápido, ele trouxe uma onda de sensações reconfortantes que percorreu meu corpo. Eu adorava quando ela fazia isso – simples, sem pressa, mas cheio de significado.

Por um momento, ficamos ali, apenas apreciando a presença uma da outra. Maya deitou a cabeça novamente em meu peito, os olhos fechados enquanto ela ouvia meu coração bater. Havia algo tão íntimo e profundo em estar assim com ela, como se nenhum de nós precisasse falar para entender o que o outro estava sentindo.

Eu passei os dedos suavemente por seu cabelo, deixando as mechas deslizaram entre meus dedos. Cada toque era uma promessa silenciosa de que eu faria tudo por ela, por nós.

– Se eu pudesse, ficaria assim pra sempre – ela murmurou, a voz abafada contra minha pele.

Sorri novamente, meus lábios roçando seu cabelo enquanto eu beijava o topo de sua cabeça.

– E quem disse que você não pode?

Ela riu baixinho, aquele som leve e doce que sempre conseguia acender algo dentro de mim. Sentir que eu podia fazê-la sorrir, mesmo em momentos como esse, me dava uma sensação de segurança e realização que eu não sabia que precisava.

The Price Of Power | g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora