Severus Snape: A poção

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Snape humilha você, sendo filha dele, na aula de poções.
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Era um dia comum em Hogwarts, e a sala de Poções estava imersa em um ar de concentração. Os alunos estavam alinhados em suas mesas, trabalhando em suas poções sob a supervisão do Professor Snape, que caminhava silenciosamente entre os grupos, observando cada movimento com um olhar crítico.

S/N, filha de Severus Snape, estava nervosa. Embora estivesse acostumada a ter um pai professor, a pressão era imensa. Ela queria se destacar, não apenas como a filha do famoso Professor Snape, mas como uma aluna por mérito próprio.

— Lembrem-se, a poção que estamos criando hoje é extremamente delicada — Snape avisou, sua voz suave, mas cortante. — Um único erro e todos vocês irão se arrepender.

S/N se concentrava intensamente em sua bancada, tentando seguir cada instrução à risca. Mas a tensão no ambiente era palpável, e seus nervos estavam à flor da pele. Quando finalmente conseguiu misturar os ingredientes corretos, sua mão tremeu levemente.

Nesse momento, um dos frascos que ela segurava escorregou de sua mão e se espatifou no chão, a poção escorrendo pelo chão de pedra.

Um silêncio pesado caiu sobre a sala. Todos os alunos viraram os olhos para ela, e o rosto de Snape escureceu instantaneamente.

— É... impressionante como você conseguiu fazer isso, S/N — ele disse, a voz impregnada de desdém. — Eu esperava que você fosse mais capaz, sendo minha filha.

O coração dela afundou ao ouvir aquelas palavras. S/N sabia que Snape tinha padrões elevados, mas a crítica dele doía mais do que qualquer outra. As palavras se transformaram em lâminas, cortando-a profundamente.

— Desculpe, professor, eu... eu não queria — ela tentou se defender, a voz trêmula.

— Não queria? — ele repetiu, o tom de zombaria em sua voz. — É sempre a mesma desculpa. Você deve entender que, como minha filha, suas falhas refletem não apenas em você, mas em mim.

Os olhares dos colegas a deixaram ainda mais envergonhada. Ela sentiu o calor subir ao seu rosto, a humilhação se instalando enquanto as palavras de seu pai ecoavam em sua mente.

— Se você não consegue manejar uma simples poção, como espera ser levada a sério nesta escola? — Snape continuou, sem mostrar compaixão. — Eu sugiro que você passe um tempo extra praticando, ou talvez considere outra área de estudos, uma que não envolva ingredientes e poções.

Um nó se formou em sua garganta, e ela lutou contra as lágrimas que ameaçavam escorregar pelo seu rosto. S/N se esforçou para parecer confiante, mas por dentro estava em frangalhos.

— S/N, se você não se apressar, não conseguirá terminar a poção antes do final da aula — disse um colega, tentando aliviar a tensão.

Mas Snape não estava disposto a deixar passar. Ele caminhou até a mesa dela, seus olhos escuros fixos nela.

— É exatamente isso que estou falando, — ele disse em um tom mais baixo, mas ainda cheio de desdém. — Você é uma vergonha. Tenha cuidado para não acabar como um dos muitos que falharam em minhas aulas.

S/N sentiu como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. Com o olhar fixo no chão, ela começou a juntar os cacos da poção quebrada, o coração pesado. As palavras de seu pai a seguiam como sombras, atormentando-a.

Ela não queria ser vista como a filha de Snape; ela queria ser ela mesma, alguém que poderia provar seu valor.

Após a aula, S/N se afastou rapidamente da sala, tentando esconder a dor que sentia. A verdade era que, mesmo que as palavras dele a machucassem, ela estava determinada a provar que era mais do que apenas o sobrenome que carregava.

Com o passar dos dias, S/N decidiu que, apesar da humilhação, ela se dedicaria ainda mais. Na próxima aula de Poções, ela faria de tudo para mostrar a Snape que ela era capaz, não apenas como sua filha, mas como uma bruxa talentosa por conta própria.

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