TABATA: Me larga, me larga, me[...] - Gritou Tabata se debatendo e tentando se soltar, até que sua boca foi tampada por uma mão. O coração de Tabata estava a mil e sua respiração estava pesada e profunda. E exatamente por sua respiração estar assim, ela logo se acalmou ao reconhecer o perfume de seu sequestrador.
Ao perceber que ela estava calma, ele diminuiu a força de seus braços, soltando Tabata. O sequestrador passou o braço pelo lado de Tabata, bateu a porta e ligou a luz, levantando o interruptor que ficava ao lado da porta. Tabata levou suas duas mãos até seu rosto, passando-as por trás de suas orelhas, arrumando seu curto cabelo que dava forma a seu delicado rosto. Ela não se virou, tanto pelo susto quanto por vergonha de sua reação. Ela preferiu continuar na mesma posição, olhando para a parede à sua frente. Eles ficaram assim por alguns longos minutos até que Tabata resolveu quebrar aquele silêncio.
TABATA: Você é doido por acaso ? Eu quase morri de susto. Por que você fez isso, Pablo ?
Pablo estava atrás de tabata encostado em uma pequena mesa onde tinham garrafinhas de água mineral e algumas frutas como maças, laranjas e uvas. Ele estava com uma mão cheia de uvas e com a outra pegava uma a uma e levava em direção à sua boca para comê-las. Pablo disse:
PABLO: Eu tava querendo ver você de novo, Lisa.
TABATA: A gente se viu no debate.
PABLO: Você sabe muito bem o que eu quis dizer. - Pablo levou uma uva à sua bota - Eu queria ver você a sós... Só nós dois. - O silêncio dominou o camarim de Pablo por um momento.
TABATA: Pra quê ? - Falou Tabata com raiva e hesitação.
PABLO: EU queria sentir seu calor de novo.
Falou Pablo, levando sua mão livre em direção à cintura de tabata que ao sentir o toque da ponta dos dedos de Pablo, se afastou para frente, indo em direção à parede e se virando. Agora, vendo Pablo e o olhando nos olhos, seus olhares se cruzaram. Os dois miravam os olhos um dos outros. Tabata sentia todo seu corpo se arrepiar com o olhar de Pablo sobre si. Tabata considerava os olhos verdes de Pablo lindos e eles a deixavam com sensações mistas. Ela sentia medo por estar pressa em uma sala junto de um homem que a forçou a estar ali e, ao mesmo tempo, sentia excitação pela dominância que Pablo tinha sobre aquela situação.
PABLO: Parece que desde a última vez você vem fugindo de mim. - Pablo esperava uma fala de Tabata, mas não recebeu nada. - O que foi, Tabata, o gato comeu sua língua? - Pablo se levantou da mesa e foi à frente, ficando perto de tabata sem perderem o contato dos olhares. Enquanto isso, Tabata continuava muda. - Eu sei que sou um gatinho, branca de neve, mas eu juro que não vou morder você.
TABATA: Branca... De neve ? - Um sorisso puxando o canto dos lábios de Pablo apareceu. "Merda, era isso o que ele queria." - O que você quer, Pablo ? Eu tenho que ir embora. Tenho coisas pra resolver.
PABLO: É mesmo ?! Tem o quê pra fazer hoje ? - Falou Pablo, fazendo uma expressão desconfiada, levantando uma de suas sobrancelhas.
TABATA: Eu tenho um encontro com os representantes do partido mais tarde. - Pablo frangiu os lábios, moveu sua cabeça em positivo e desviou o olhar dos olhos de Tabata para sua mão com três uvas e comeu mais uma.
PABLO: Você sabe que eu converso com um pessoal com quem você trabalha, né ?! E eles me disseram que hoje você tá livre o resto do dia todo. - Pablo levou sua mão à frente da boca de tabata com uma uva nas pontas de seus dedos. Tabata desviou o olhar para a fruta e o desviou novamente para Pablo. - Pablo a olhava como quem olha para uma estátua de ouro reluzente. - Pode comer, tá docinha. Você vai gostar. - Disse Pablo, lambendo os lábios ao fim da frase. Tabata piscou, saindo do transe que o olhar de Pablo a colocava e olhando para a fruta ela abriu a boca, levando sua cabeça para frente envolvendo a fruta com seus lábios e assim acabou envolvendo também as pontas dos dedos de Pablo que abriu seus lábios quase babando com a cena que via em sua frente. Tabata puxou sua cabeça para trás, levando a fruta consigo. Pablo então pegou a última uva em sua mão com os mesmo dedos que havia dado a fruta a Tabata e a levou até sua boca, envolvendo a uva e também as pontas de seus dedos com seus lábios enquanto encarava o fundo dos olhos de tabata que comia a fruta enquanto desviava o olhar dela entre os olhos e os lábios de Pablo. Pablo retirou os dedos de sua boca e comeu a uva sem perder contato de seus olhos com os olhos de Tabata.
Pablo e Tabata estavam próximos, mas para Pablo não era o suficiente, seu corpo queimava como se estar junto de Tabata fosse uma necessidade. Pablo então pegou a mão esquerda de Tabata, ela tentou puxar sua mão, mas Pablo não deixou, ele segurou sua mão e não a deixou ir.
PABLO: Tabata [...]
TABATA: Pablo, me solta.
Tabata falou alto como quem dava uma ordem. Os dois então viraram a cabeça em direção a porta do camarim ao ouvir barulhos do lado de fora...
CONTINUA >>>
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Lisa: Uma fanfic sobre Pablo Marçal e Tabata Amaral
RomancePablo Marçal e Tabata Amaral eram políticos rivais na corrida pela prefeitura da maior capital da América do Sul, São Paulo. Por mais que publicamente eles estivessem com papéis rivais, na área pessoal eles tinham outra dinâmica.