Cristina começou a introduzir seus dedos na calça de Pablo. Pablo estava sem reação, entregue a situação, Cristina enfiou sua mão totalmente na calça de Pablo segurando Marçal em sua mão. Pablo querendo beijá-la de novo afastou seu pescoço de seu toque e virou seu rosto para a beijar, quando Pablo olhou para ela ele travou, em um momento de lucidez Pablo viu que quem estava ali não era Tabata...
Ele fez com uma expressão tristonha. Cristina fez uma expressão confusa e perguntou em um tom de voz triste:
CRISTINA: O que foi, Pablo ? Eu fiz alguma coisa ? - Pablo largou sua taça vazia no sofá e levou sua mão até seus olhos, esfregando-os.
PABLO: Não... Não... - Pablo tirou sua mão de seus olhos e jogou seu braço sobre o sofá. Pablo e Cristina se olhavam com olhares tristes. - É que... - Pablo pensou melhor antes de falar algo. - Você não vai gostar de saber.
CRISTINA: Você só vai saber se eu vou gostar ou não se me falar. - Pablo a olhou por um momento em silêncio e então falou.
PABLO: Eu quis ficar com você porque você me lembra alguém. - Pablo desviou seu olhar para as garrafas de vinho vazias em sua frente. - Eu tava pensando em outra pessoa. - Cristina ficou surpresa, boquiaberta com o que Pablo falou.
CRISTINA: Eu... Não sabia que você era casado. - Pablo frangiu suas sobrancelhas.
PABLO: Eu não sou casado.
CRISTINA: Ah... Namora então ? - Pablo fechou os olhos e balançou a cabeça em negativo. Ele diu um riso fraco, olhou para Cristina e falou.
PABLO: Não, Cristina. É só alguém que eu... - Pablo procurou as palavras que definissem sua ligação com Tabata. - Alguém que eu tô muito afim.
CRISTINA: E eu te lembrei dela ? Perguntou Cristina.
Pablo piscou e quando abriu seus olhos viu a imagem de Tabata no lugar de Cristina novamente. Pablo sorriu e levou sua mão até o roto de Cristina segurando seu queixo com os dedos.
PABLO: Você é a cara dela, o cabelo, os olhos, o queixo, os lábios. Você é igualzinha a ela... - Falou Pablo com a voz carente e olhar triste. - Você é linda igual a ela.
Cristina olhava para Pablo encantada pelo modo como ele falava. Pablo, olhava para Cristina encantado vendo Tabata em seu lugar. Pablo piscou novamente e viu a real imagem da mulher que estava em sua frente. O olhar triste de Pablo sumiu dando lugar para uma expressão de quem segurava uma risada.
CRISTINA: O que foi ? - Cristina perguntou sem entender o porquê da expressão de Pablo.
PABLO: É que tipo assim. - Pablo não conseguiu se conter, levou sua mão que estava no queixo de Cristina até sua testa e começou a rir. - É que eu acho que agora você já pode tirar a mão do meu minhocão grosso né. Essa conversa toda e você não tirou a mão dele. - Falou Pablo rindo mais ainda.
CRISTIANA: Ah, foi mal. - Falou Cristina rindo enquanto soltava Marcal e retirava sua mão de dentro da calça de Pablo.
PABLO: Foi mal, Cristina, mas não vai rolar nada.
CRISTINA: Sem problema. Às vezes eu perco a vontade no meio do caminho também. - Cristina riu para Pablo. - Faz parte.
Pablo e Cristina viraram sua atenção para o corredor de onde ouviram o som de passos que ficaram mais alto a cada momento, eles ouviram uma voz gritar o nome de Pablo ao longe. Pablo reconheceu ser a voz de seu assessor, Nahuel.
NAHUEL: Pablo.
Pablo olhou para Cristina e falou:
PABLO: Foi mal, mas acho que eu vou ter que te dispensar agora.
CRISTINA: Ta tarde mesmo. - Cristina olhou para Pablo manhosa e falou: - Mas você me da pelo menos um beijo antes de eu ir embora ? - Pablo riu com o pedido de Cristina. - Só um, por favor. - Nahuel gritou o nome de Pablo novamente
NAHUEL: Pablo.
Pablo olhou para Cristina sorrindo e falou:
PABLO: Aproveita viu, esse vai ser pra você dormir pensando em mim hoje.
Pablo levou sua mão até a cabeça de Cristina passando seus dedos por entre seus cabelos e a beijou, a beijou com vontade. Nesse momento, Nahuel entrou pelo corredor.
NAHUEL: Pa... - Nahuel travou o nome de Pablo ao ver a cena dele beijando uma desconhecida nos fundos do teatro. - Entoa tá. - Falou Nahuel andando de costas para voltar ao corredor quando Pablo chamou seu nome.
PABLO: Nahuel ! Vem aqui.
NAHUEL: Pode falar Pablo.
PABLO: Você se importa de ajudar a minha amiga Cristina a encontrar a saída do teatro ora mim ?
NAHUEL: Claro que não. - Falou Nahuel esperando Cristina para a ajudar a sair do teatro. Cristina se levantou se arrumando para sair, ela olhou para Pablo.
CRISTINA: Tchau, Pablo. A gente se vê semana que vem. - Falou Cristina pegando seu celular que estava em cima da mesa e o guardando em sua bolsa. - Ah, e isso aqui vem comigo. - Cristina falou pegando uma garrafa de vinho que estava pela metade e levando consigo saindo pelo corredor e sendo seguida por Nahuel.
NA CASA DE CRISTINA
Cristina entrou pelo corredor de sua casa, ela andava pelo chão de mármore com o barulho de seus saltos ecoando pelo ambiente. Ela carregava consigo sua bolsa onde estava a garrafa de vinho deitada dentro de sua bolsa, sendo vista pelo topo da garrafa para fora. Cristina carregava em sua mão duas chaves, ela ergueu sua mão e ao passar por um móvel de madeira cheio de estantes lotadas de livros, colocou suas chaves em uma tigela em forma de concha de cor azul clara. Cristina virou para a esquerda ao fim do corredor entrando na sala de estar, ela pela sala indo até sua cozinha onde pegou uma taça de vinho. Ela voltou pela sala de estar e entrou em outro corredor, continuando no mesmo sentido do primeiro pelo qual entrou em casa. Ela foi até o fim do corredor passando por várias portas dos dois lados e entrou na última porta a esquerda adentrando um escritório com armários cheios de livros, estátuas e fotos enquadradas de crianças. Cristina foi até o fim do escritório onde estava um homem de meia-idade em roupas sociais fumando um charuto sentado em uma poltrona de couro. Cristina chegou ao lado da poltrona, se apoiou nela se agachando e deu um beijo na bochecha barbada do homem.
CRISTINA: Aqui, amor, eu acabei saindo com minhas primas depois do chá de revelação da minha sobrinha e tomamos um pouco de vinho. - Cristina colocou a taça e a garrafa de vinho pela metade na pequena mesa ao lado da poltrona onde havia um cinzeiro. - Se você quiser aproveitar, fique a vontade. Esse vinho é maravilhoso. Falou Cristina saindo do escritório...
CONTINUA >>>
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lisa: Uma fanfic sobre Pablo Marçal e Tabata Amaral
RomancePablo Marçal e Tabata Amaral eram políticos rivais na corrida pela prefeitura da maior capital da América do Sul, São Paulo. Por mais que publicamente eles estivessem com papéis rivais, na área pessoal eles tinham outra dinâmica.