PABLO: Tabata [...]
TABATA: Pablo, me solta.
Tabata falou alto como quem dava uma ordem. Os dois então viraram a cabeça em direção à porta do camarim ao ouvir barulhos do lado de fora...
Onde os outros candidatos e pessoas da produção haviam chegado e estavam agora conversando e socializando. Os dois voltaram a se olhar. Tabata reclamou com Pablo agora aos sussurros:
TABATA: Pablo, me solta por favor. - Falou Tabata como uma criança indefesa. - Alguém vai ouvir a gente [...] - Disse ela com a mesma expressão de uma criança com medo de ser pega fazendo algo errado.
PABLO: Cala a boca, Lisa. Fica quietinha. - Disse Pablo, aproveitando que ela não poderia fazer barulho para não chamar a atenção de ninguém que estivesse do lado de fora para finalmente acabar com a distância entre seus corpos. Agora, Pablo estava prensando Tabata contra a parede, ela sentia seu perfume e Pablo sentia o cheiro do creme de pentear que vinha do cabelo de Tabata. Tabata além do perfume de Pablo, sentia outra coisa, ela nem havia percebido, mas durante sua conversa, Marçal havia ficado animado.
Vendo que não conseguiria se soltar das mãos de Pablo, Tabata relaxou seus músculos e deixou a tensão que sentia passar.
Agora sem resistência, Pablo levantou a mão de Tabata devagar, ele levou a mão de Tabata até a altura de seu peitoral, puxou a aba de seu terno com sua mão livre, adentrou a área com a mão de Tabata e a pressionou contra seu peitoral. Tabata sentiu sua mão tocar o peitoral de Pablo, e nele seu coração batia quase a ponto de explodir. Tabata trouxe seu olhar até Pablo, primeiro ela olhou para sua mão no peitoral dele, depois levou seus olhos até os olhos de Pablo. Ela sentia todo seu corpo quente, borboletas no estômago, respiração pesada e como se houvesse cobras andando por baixo de sua carne. Eles voltaram a conversar em sussurros.
PABLO: Tá vendo Lisa... É assim que eu me sinto perto de você. - Pablo falou, olhando nos olhos de Tabata como quem sente o desejo por uma deliciosa torta. - E eu sei que você sente o mesmo que eu.
TABATA: Eu não sinto nada disso. Eu só [...] - Pablo interrompeu Tabata, ele estava cansado de suas negações. Ele queria beijar ela, tocar nela, queria sentir o calor do corpo dela de novo, mas antes de tudo ele queria que ela assumisse seus desejos recíprocos por ele. Pablo chegou com seus lábios perto do ouvido de Tabata e falou, sussurrando como quem fala um segredo:
PABLO: Não adianta mentir pra mim, eu sei que você se senti assim também. Eu vejo nos seus olhos, em como você fica desconfortável quando eu to perto, em como você não tira o olhar de mim quando me vê... - Pablo afastou seu rosto para olhar novamente para os olhos de Tabata que o encarava de volta sem piscar nem por um momento, agora colocando suas testas juntas. - Assume, Tabata. Você quer o mesmo que eu. É só você falar... E eu vou te dar o que você quer.
TABATA: Eu não vou fazer isso com o João[...] - Pablo a interrompeu.
PABLO: Você não se preocupou com ele da última vez. Vamo Tabata, assume pra mim. Todas as outras vezes, pareceu que eu tive que te forçar a ficar comigo. Eu to cansado disso... - Pablo colocou sua mão que segurava o pulso de Tabata por cima da mão dela. Os dois ainda se encaravam. - Só dessa vez assume que você me quer, Tabata.
As pessoas do lado de fora fizeram barulho rindo, Tabata virou seu rosto em direção à porta, assustada. Pablo não tirava os olhos do rosto dela, ele queria ela e não iria deixar ela ir embora sem antes sentir o gosto dela. Tabata virou seu rosto de volta para Pablo.
TABATA: Pablo, por favor... - Falou Tabata como quem estava sofrendo e implorando por algo.
PABLO: Pode falar, Lisa. - Falou Pablo, olhando Tabata e se segurando para não beijá-la.
TABATA: Eu não quero que ninguém pense que eu to fazendo algo errado.
PABLO: Mas você não tá. Não tem nada de errado nisso.
TABATA: Tem, tem sim. Tem muita coisa errada.
PABLO: Se você quer isso, não tem problema nenhum. não tem nada de errado nisso.
Tabata estava sendo vencida pela insistência e pelos argumentos de Pablo, ela sabia que era errado, mas as desculpas que Pablo dava para elaserviam para fazê-la se sentir menos mal por seu marido, João.
TABATA: Pablo...
PABLO: Fala...
TABATA: Você tá me torturando desse jeito.
PABLO: É você quem tá fazendo isso consigo mesma. Você tá se envenenado e eu tô te oferecendo a cura. É só você falar três palavras que eu curo essa sua dor.
Tabata fechou os olhos e sem conseguir aguentar mais, disse em um sussurro cheio de culpa e desejo.
TABATA: Eu quero você.
Aquele sussurro foi o que Pablo precisava pra ir pra cima de Tabata. Ele levantou sua testa, fazendo com que o rosto de Tabata se levantasse também ele fechou seus olhos e encostou seus lábios aos lábios de Tabata. Tabata sentiu o coração de Pablo batendo ainda mais rápido do que antes. Eles deram um longo selinho. Pablo afastou seu rosto, abrindo seus olhos, vendo Tabata ainda de olhos fechados com seus lábios para frente. Ela abriu seus olhos e viu Pablo com um grande sorriso. Pablo se sentia animado, ele sentia algo dentro de sique não conseguia segurar mais. Ele largou a mão de Tabata em seu peitoral e levou suas duas mãos ao rosto de Tabata segurando-o pelos lados. Ele sorria e olhava todo o rosto de Tabata apreciando o como se fosse a pessoa mais linda que ele já havia visto. Pablo uniu seus lábios novamente, deu outro selinho, e outro, e outro, e outro, então ele soltou o rosto de Tabata e abraçou-a travando seus braços, a machucando um pouco.
TABATA: Pablo. - Falou Tabata desconfortável. Pablo deixou de abraçá-la e segurou seus braços sorrindo.
PABLO: Foi mal, foi mal.
Pablo soltou os braços de Tabata e, com calma, levou suas mãos de volta ao rosto de Tabata, chegou perto novamente e a beijou, mas dessa vez foi diferente. Ele afastou seus lábios só por um segundo e voltou a beijá-la novamente, agora colocando seus lábios um entre os outros. Se afastou por mais um momento e foi beijá-la de novo, agora colocando sua língua, mas então eles ouviram a maçaneta da porta girar e...
CONTINUA >>>
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lisa: Uma fanfic sobre Pablo Marçal e Tabata Amaral
RomancePablo Marçal e Tabata Amaral eram políticos rivais na corrida pela prefeitura da maior capital da América do Sul, São Paulo. Por mais que publicamente eles estivessem com papéis rivais, na área pessoal eles tinham outra dinâmica.