Tabata descruzou seus braços e os levou aos antebraços de João, confusa.
TABATA: Você foi até o camarim ?
JOÃO: Fui. - Tabata ficou mais confusa.
TABATA: E encontrou o quê lá ?
JOÃO: A pasta, ué. Tinha mais alguma coisa pra eu ter encontrado lá ? - João falou sorrindo. Tabata entendeu, Pablo havia saído antes de João chegar lá.
TABATA: Não, nada. - Tabata falou, abaixando sua cabeça, tentando se recompor.
JOÃO: Por que você tá assim ? Aconteceu alguma coisa ? - Tabata levantou sua cabeça, olhou para João e falou:
TABATA: Não, eu só tô muito cansada. Quero chegar em casa logo e dormir.
João trouxe a cabeça de Tabata para perto de si e beijou sua testa.
JOÃO: Beleza, amor. Vamos embora…
Tabata e João se viraram para andar até a sala de espera. João pegou a aposta que estava embaixo de seu braço e entregou para Tabata. Eles se abraçaram de lado, João com um braço rodeando os ombros de Tabata, e Tabata com um braço rodeando a cintura de João. Eles adentraram a porta da sala de espera, andaram pelo local cheio de pessoas, passando pelo meio dos espaços, chegando à porta que dava para a área da recepção na portaria do prédio. A porta ficava ao lado de um largo balcão da recepção onde uma mulher estava. Ela os viu saindo pela porta e o chazal sorriu para ela, que sorriu em retorno. A recepcionista digitou algo no computador a sua frente. Tabata e João passaram pela porta de vidro com dois seguranças, um de cada lado. Ao saírem pela porta, eles viram o carro de Tabata os esperando. Os dois andaram até o carro, João abriu a porta e Tabata entrou no carro, indo até o outro lado do assento, dando espaço para João entrar, João entrou, se sentando a seu lado e fechou a porta. O motorista começou a dirigir. João olhou para Tabata ao seu lado, que continuava cabisbaixa. Tabata estava segurando a pasta branca em seu colo. João levou seu braço novamente ao redor dos ombros de Tabata, abraçando-a enquanto fazia carinho em seu ombro, levando sua mão de cima a baixo, ele beijou sua cabeça. João olhou para os bancos da frente, vendo somente o motorista.
JOÃO: Cadê o Gabriel ? - João perguntou ao ver o banco ao lado do motorista vazio. - Tabata ainda olhando para baixo, respondeu:
TABATA: Ele ficou na sala de espera conversando com alguns amigos. Me falou mais cedo que ia ir embora com eles. - Tabata olhou para a pasta em suas mãos e fechou seus olhos deitando sua cabeça sobre o ombro de João.
JÁ ANOITE
Tabata estava em seu apartamento, dentro de sua banheira. Ela estava sentada ao meio de sua banheira com suas pernas dobradas juntas a seu dorso, seus braços cruzados em cima de seus joelhos e sua cabeça em cima de seus braços. Ela havia chegado em seu apartamento a pouco tempo depois de ter levado João ao aeroporto e se despedido dele para que ele pudesse retornar a Recife, onde morava. Tabata sentia a água morna rodeando seu corpo, seus cabelos estavam molhados e grudavam em seu rosto. Ela olhava para a água, vendo o fundo da banheira. A torneira de sua banheira deixou uma gota de água cair e Tabata foi tirada de seu transe pelas pequenas ondas criadas pelo impacto da gota contra a água. Tabata descruzou seus braços e passou suas mãos em seus olhos. Ela levou suas mãos aos lados da banheira, fechou seus olhos e levou seu dorso para trás, afundando-se na água da banheira. Tabata abriu os olhos, vendo o teto embaçado de seu banheiro. Tabata fechou seus olhos novamente e começou a se movimentar. Ela sentia a água tocar todo seu corpo. Movimentando sua cabeça, ela sentia seu cabelo flutuar pela água e suas costas e bunda encostando no fundo da banheira. Ela também movimenta seus ombros de cima para baixo, sentindo a água tocar todo seu corpo, passando principalmente por seus peitos e mamilos. Tabata lembrava de Pablo tocando-a ao sentir a água passando por seu corpo. Tabata sentiu falta de ar e se apoiando nos lados da banheira, puxou seu corpo para fora da água, ela respirou fundo e falou:
TABATA: Pablo.
Tabata estava em seu quarto, ela já estava com seu vestido, sapatos, cabelo arrumado e colocava seus brincos, duas pequenas esferas douradas. Seu vestido era preto, com mangas bufantes, começava em seu busto e terminava em meio a suas coxas, tinha curtas mangas bufantes e era dividido na cintura entre a parte mais estruturada que tampava seu busto e o resto que era solto. Seu sapato era um salto agulha também preto com as solas vermelhas.
Tabata estava no banco de trás de seu carro, seu motorista dirigia pelas estradas de São Paulo iluminadas pelos postes de luz e pelas luzes ligadas nós prédios. O carro passava por entre os altos edifícios indo em direção a uma área fora da grande metrópole sem tantos prédios onde Pablo morava. Após passar pelos últimos prédios Tabata via a paisagem verde com algumas árvores sozinhas espalhadas, após alguns minutos ela viu os altos murros do condomínio onde Pablo morava. Tabata olhou para baixo vendo sua aliança de noivado. Ela a segurou com dois dedos a movendo de um lado para o outro. O carro chegou até a parte da estrada que outras duas estradas separadas serviam de ida e vinda para o condomínio. O carro virou na segunda estrada e parou ao chegar a frente de uma cancela com uma casinha ao lado onde um homem de camisa social branca e gravata preta. O homem chegou perto da janela da cabine a qual tinha uma área aberta sem vidro na parte de baixo para que ele conseguisse ouvir quem falasse do lado de fora. Tabata apertou um botão na porta para abaixar só alguns centímetros a janela de sua porta para que ela não pudesse ser vista.
TABATA: Olá, boa noite. Eu tenho uma visita marcada para a casa quatro mil e vinte e sete. Já estão me esperando, pode ligar para confirmar.
Tabata subiu novamente a janela de sua porta. O homem pegou um telefone fixo e fez uma ligação. Tabata não prestou atenção na conversa do homem, ela estava nervosa e apreensiva. Tabata voltou seus dedos à sua aliança, olhando suas pedras azuis e então a retirou de seu dedo. Tabata levou a aliança até a altura de seu rosto e a olhou mais uma vez, vendo-a brilhar em meio à escuridão do carro. Ela ouviu um barulho que interpretou como a cancela se levantando e o portão do condomínio se abrindo. Seu carro voltou a ir para a frente e desviando sua atenção de sua aliança ela viu pela janela de seu carro as várias casas com espaços enormes entre si do condomínio. Ao passar por várias ruas e várias casas diferentes o motorista parrou em frente a casa de Pablo. Tabata olhou para a casa e viu na parte de cima da área onde era o portão Pablo, ela não conseguiu ter uma boa visão por estar a noite, mas ela reconheceu ter um parapeito de vidro com a parte superior sendo de metal onde Pablo olhava para seu carro enquanto se escorava no parapeito com uma de suas mãos. Pablo ergueu sua outra mão onde havia algo pequeno e quadrado, Tabata ouviu um barulho e uma porta branca de metal ao lado do portão se destrancou, ficando entreaberta, Pablo deu as costas e voltou para dentro de sua casa saindo do campo de visão de Tanta. Tabata olhou de volta para sua aliança e a então levou sua mão até uma longa área aberta da porra que ficava abaixo da área onde os botões que abriam e fechavam a janela de sua porta ficavam. Ela deixou sua aliança de noivado cair ali dentro. Tabata olhou para seu motorista e falou.
TABATA: Se eu precisar que você me busque, eu ligo pra você.
O motorista fez um rápido movimento, baixando e levantando sua cabeça em um sinal de positivo. Tabata abriu a porta do carro e saiu, ficando em pé à frente da porta de metal entreaberta. O carro saiu indo embora. Tabata percebeu pelo canto de seu olho uma larga e robusta figura escura, ela virou sua cabeça para o lado e viu que a frente de onde seu carro estava anteriormente havia uma moto preta estacionada. Tabata desviou seu olhar novamente para frente, vendo a porta e levou seus dedos onde ficava sua aliança, não a sentindo mais ali. Ela largou seu dedo e levou sua mão à porta, abrindo-a para adentrar a casa de Pablo
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Lisa: Uma fanfic sobre Pablo Marçal e Tabata Amaral
RomancePablo Marçal e Tabata Amaral eram políticos rivais na corrida pela prefeitura da maior capital da América do Sul, São Paulo. Por mais que publicamente eles estivessem com papéis rivais, na área pessoal eles tinham outra dinâmica.