capítulo 13 - jogo

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Uma pessoa não nasce com o coração congelado ou se torna alguém mau da noite para o dia, são eles, a sociedade, as pessoas que constituem a sociedade nos transformam no que somos hoje, cada um tem os seus limites e o de Maya já havia sido ultrapassado a muito tempo.

Em cada obstáculo que nos é colocado em nossa frente é o que nos torna mais fortes, chega de aguentar calada todas essas atrocidades descabidas, agora era a vez de Maya de ser uma pessoa má para aqueles que a magoaram, o sentimento de revidação nunca foi tão claro em sua mente submergida no positivismo.

[...]

Dentre os corredores dessa casa as esculturas e retratos de renascimento eram certamente um toque de elegância, refletia a época antiga mas moderna em simultâneo.

Com certeza que aqui se estabeleceram gerações e gerações, a quantidade de portas e cômodos eram suficientes para fazê-la de tentar as contar.

Conforme prosseguiam seu olhar caiu sobre Cármen que não tinha dado nenhum problema desde sua pequena repreensão.

Sua forma rígida eram a prova de que ela estava andando em ovos, isso só provou que as pessoas só vão pisar em cima de vc se vc os deixar.

Não era uma questão de quem era o certo e o errado e sim de sobrevivência, neste mundo existem pessoas ruins e quando se é demasiado boa vc acaba servindo de tapete e escada para eles.

Os passos cessaram em frente a uma sala decorada em cores neutras, as cortinas vermelhas desciam da janela incrivelmente alta até o chão, de lado tinha duas poltronas de cada lado como se fosse uma sala de espera para falar com o chefe.

-Se me der licença, eu vou anunciar sua chegada. Cármen falou com a voz embargada, sua postura continua arrogante mas havia se dado conta de que não pisaria facilmente em Maya.

-Não será necessário. Ela a cortou com um sorriso no rosto -É para isso que eu tenho mãos e pernas.

Cármen deu mais uma olhada em sua vestimenta proferindo algumas palavras inaudíveis com cara de desgosto.

-Se não for nenhum incomodo senhorita Grif, sua vestimenta atual não condiz com os padrões impostos pelo Senhor Rossi. Ela tossiu numa tentativa de a fazer recuar.

-Por que eu deveria? Maya riu de sua falsa preocupação inadequada -Eu acordei com essas roupas em meu corpo. Ela olhou para a porta fechada atrás de Cármen.

-O que está tentando dizer senhora? Seu rosto esquentou de raiva num tom indignado -É muito feio uma senhora inventar mentiras para se mostrar por algo que nem sequer o detém. Suas mãos se apertaram com força.

Maya olhou para Cármen encontrando uma mulher que provavelmente já transou com o chefe e espera uma remuneração até hoje pela noite de foda.

-Acredite no que vc quiser Cármen. Se posicionou atrás de sua orelha chegando perto o suficiente para causar arrepios em sua espinha-Pare de se prestar a esse papel de coitadinha ridícula que espera conseguir transar com seu patrão novamente.Suas mãos apertaram os ombros de Cármen -Vc consegue muito mais deixando de ser ridícula quando vê só mais uma que vai passar na cama do grande Vicent Rossi.

Maya a deixou naquela sala fria mal iluminada, sua falta de reação já mostravam que apesar das duas estarem na mesma fase, Cármen ainda era uma adolescente que experimentou algo doce pela primeira vez e quis mais.

Quando finalmente chegou em frente a porta amadeirada não hesitou em depositar três batidas seguidas na madeira que a constituía.

Se passaram alguns segundos antes de receber um entre vindo de dentro do escritório, ela girou a maçaneta da porta entrando e fechando a porta atrás de si.

Grandes estantes de livros foram apreciadas por Maya ao avançar mais perto, era devidamente organizado os tons das paredes eram diferentes em relação a de fora, o vermelho e o preto eram predominantes como se estivesse no território de alguém.

Ela olhou para a mesa de vidro preta atrás dela residia Vicent numa cadeira giratória também do mesmo tom.

Seus olhos se ergueram ferozmente num tom vermelho, porém quando seus olhos vermelhos de esvaziaram substituondo pelo seu belo tom cinzento.

Ele largou o tablet em cima da mesa indo em direção para Maya, Seu corpo travou por um momento vendo a roupa com a qual ela tinha andado do quarto até seu escritório.

Vicent respirou fundo em uma risada mal contida, Seu olhar subia e descia para como essa mulher acabaria por deixá-lo louco.

-Pequena enfermeira. Ele sussurrou -Isso é um teste por acaso. Vicent a rodeou seus passos impacientes se tornaram agradáveis para Maya.

-Eu não sei do que vc está falando. Suas palavras saíram ingênuas -O que eu fiz de errado? Ela perguntou procurando tirar sua paciência.

-Vc quer que eu explique ou demonstre? Sua língua molharam seus lábios carnudos.

-Tá falando da roupa minúscula com a qual eu acordei? Ela revirou os olhos em ironia.

-O que foi Maya? Seus olhos a encaravam -Vc está mais confiante e respondona. Seu corpo parou a sua frente deixando em evidência a grande diferença de altura entre eles.

-Eu não posso saber quem retirou minhas roupas e vestiu essas em mim? Maya o encarou vendo o quão alto ele era.

-Fui eu. Sua voz soou autoritária -Eu retirei cada peça de roupa de seu corpo enquanto dormia, e quer saber pequena enfermeira? Eu não me arrependo pois faria de novo e novo e não me cansaria disso. Sua resposta era demasiado sincera e cheia de malícia desenfreada.

-Então vc foi um menino mau Vicent, e vc sabe o que acontece com meninos desobedientes? Sua mão envolveu a gravata em seu pescoço o puxando para ficar mais perto de seu rosto.

-O que acontece pequena enfermeira? O sorriso sinistro e excitante foram sua reação com ela tomando as rédeas do jogo.

-Eles devem ser castigados. Maya o incentivou a se sentar na poltrona de seu escritório.

Ele caiu como uma criança ansiosa totalmente hipnotizado pelos mamilos de Maya que transpareciam da blusa de cetim.

-Me empreste sua gravata senhor Rossi. Ela o retirou com delicadeza passando a mão em sua mandíbula perfeitamente desenhada -junte as mãos querido paciente. Ela sorriu descarada.


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