Já eram oito da manhã quando Maya acordou espantada de seu sono, ela olhou com olhos frenéticos para o alarme no criado mudo vendo que ele parecia desligado.
Seu corpo se levantou correndo para o banheiro tentando se arrumar o máximo possível.
Depois de dez minutos ela já tinha se arrumado para ir ao seu trabalho, suas mãos desajeitadas tentavam fazer um coque no cabelo o que logo se realizou.
Ela pegou sua bolsa e saiu correndo de seu quarto, ela se perguntava como o despertador não tocou .
Ela sempre marcava o alarme para tocar antes das seis, mas hoje sua rotina foi destruída o que significava que seu dia não correria como de costume.
Seu bom humor foi jogado no lixo vendo sua família comendo tranquilamente na mesa, sua mãe não se incomodou em acordá-la ou preparar seu café da manhã como sempre em toda sua vida.
Como ela foi uma gravidez não planejada pelos seus pais ela foi descartada de suas vidas.
Ela era tratada como uma desconhecida intrusa em sua própria casa, a indiferença e ódio que lhe eram dado eram desumano.
Ela deu uma olhada breve na mesa preenchida por seus dois irmãos desejando ter algum lugar entre eles mas sabia que isso nunca vai acontecer.
O que a fez sentir uma pontada no coração, ela estava totalmente sozinha neste mundo, mesmo tendo parentes de sangue ainda vivos.
Ela se lembrou de seu atraso e deu uma ajeitada na bolsa em seu ombro batendo a porta com força antes de sair.
As lágrimas ameaçavam sair de seus olhos mas seu antebraço passou rude pelos seus olhos deixando uma parte de seu rosto avermelhada.
Ela pegou o ónibus até o centro da cidade no hospital em que trabalha, ela passou pela recepção indo até o vestiário.
Trocou suas roupas casuais pelo uniforme fornecido pelo hospital, ela deu uma olhada na sua aparência que estava horrível pelo seu quase choro.
A torneira foi aberta passando um pouco de água pelo rosto esvaziando sua mente de como seu dia começou.
Isso vai estragar meu dia todo.
Ela seguiu para cumprir seu turno como sempre dando breves comprimentos a alguns de seus colegas.
Sua vida nunca foi fácil ainda mais tendo seus pais como inimigos, eles nunca quiseram financiar sua educação então ela teve que começar a trabalhar para pagar seus estudos.
Até hoje ela ainda trabalha e faz faculdade ao mesmo tempo, mesmo não lhe restando forças para continuar.
Então porquê que ela ainda mora com seus pais?
Com as mensalidades da faculdade atrasada vêm sendo ainda mais difícil conseguir juntar dinheiro para se mudar daquela casa então tudo o que lhe resta é aguentar até juntar uma quantia de dinheiro suficiente para se sustentar sem riscos de acabar debaixo de uma ponte.
—Oi Maya, vc pode me dar um minuto!?? Sua "amiga" Ana se aproxima com alguns papéis em suas mãos —O doutor Coper pediu para levar esses papéis para a clínica de análise mas eu estou muito ocupada, vc poderia levá-los? Perguntou fazendo olhos de cachorrinho .
—Claro dê para mim. Ela os entregou saindo correndo para sabe lá onde.
Maya deu uma olhada nas folhas largadas em suas mãos os arrumando.
Ela bateu na porta antes de ouvir uma voz lhe dando permissão de entrada.
—Doutor aqui estão os papéis que pediu. Ela os deixou em cima do escritório.
—Muito obrigado Maya. Seus olhos permaneceu no computador. —Ah aproposito Maya, vc poderia ficar de plantão hoje? Ele pediu mas suas palavras pareciam ser ordens .
—É claro que posso doutor. Ela apenas assentiu com o que lhe foi imposto.
Era o que me faltava, vc quer que eu cubra a puta que vc está comendo na sala de descanso.
—Mais alguma coisa Maya? Ele perguntou sem entusiasmo.
—Não doutor nada.
Ela odiava ser tão fraca ao ponto de não conseguir dizer um não para eles, isso a deixava irritada e marcou em sua mente de marcar o despertador para acordá-la mais cedo e evitar mais um dia de merda.
Ela se retirou da sala tremendo de raiva da falta de vergonha ou senso desses dois filhos da puta, eles pensavam mesmo que ninguém os ouvia gemendo no banheiro ou quando decidiam se comer na sala abandonada eles estavam errados.
E chegaria o dia que Maya daria uma lição nesses dois pau no cú.
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Nas Mãos Do Italiano
RomanceEntre o desejo e a obsessão Vicent o chefe da máfia italiana conhecido por dominar o império do submundo se vê encantado por uma enfermeira aparentemente inocente