capítulo 21 - A festa 1

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Maya olhou abismada para Vicent que a olhava sem vergonha nenhuma, em sua cabeça era algo completamente normal oferecer isso a pessoa responsável por fazer seu coração passar por turbulências antes desconhecidas por ele.

—Esse é o meu presente? Ela o encarou desacreditada de sua ousadia.

—Sim, vc gostou? Eu mandei fazer especialmente para vc usar essa noite. Sorriu com o pensamento dele infernizando o dono da joalharia fazer um colar tão henusitado.

—Vc só pode estar brincando comigo se acha que eu vou usar isso! Sua indignação era palpável.

Não era o fato de ele a ter presenteado e sim o que ele a tinha oferecido como presente, não era nada menos do que um colar lindo por sinal o problema era a forma como ele reluzia, não importa o quanto ela quisesse negar aquilo certamente parecia e era uma:

Gargantilha

Ele comprou uma coleira luxuosa para ela como um animal de estimação, por mais que quisesse ficar brava com ele, ela entendeu seus verdadeiros objetivos com o fato de querer colocar uma coleira em seu pescoço.

—Eu virei um animal de estimação agora? Questionou .

—Quem dera, mas é muito mais além disso. Ele explicou dando uma volta até parar em sua trás tirando seus cabelos que cobriam seus ombros torneados.

—E o que estaria além de ser tratada como um animal? Seu rosto o encarou virando sua cabeça para trás de soslaio.

—Isso é apenas um aviso. Sua voz engrossou e suas mãos rodearam seu pescoço deslizando sobre sua pele.

—Aviso para quem? Seus olhos se fecharam tentando sentir mais seu toque.

—Para todo mundo que olhar para vc e saber que eu sou seu dono. Seus lábios roçavam em sua orelha.

Maya se viu imersa em seu toque que não percebeu quando o colar foi posto em seu pescoço, ela engoliu a saliva passando a mão por seu presente.

—O que aconteceria se eu o tirasse? A curiosidade venceu seus pensamentos.

—Se vc fizer isso .Sua mão voltou a apertar seu pescoço com mais força do que antes —Eu vou castigar vc por não ser uma boa menina e desobedecer minha vontade. Ele cravou seus dentes em seu pescoço a fazendo arfar em agonia mal escondida.—Então não seja teimosa.

—Mas eu gosto de ser teimosa porém hoje eu vou me comportar. Ela passou a mão sobre o machucado vendo a profundidade e se assustando. —Vc ainda vai me pagar. Ela proferiu sorridente.

—Não tente entrar em um jogo claramente a meu favor.

—Isso é o que vc pensa.

—Vc sempre têm a resposta na ponta da língua não é pequena enfermeira? Seus olhos passaram por todo seu corpo passando os dedos levemente sobre os lábios.

—O que eu posso dizer? Vc me ajudou a me descobrir.

—Maya. Ele a chamou encantado —Vc não pode dizer coisas tão sugestivas e esperar que eu não faça nada em relação a isso.

—A prova disso são o colar e a marca de mordida em meu pescoço, sei.

A porta recebeu alguns toques leves vindo de fora os tirando de sua conversa.

—Senhor, Seu secretário avisou que está ficando tarde.

—Estou indo. Dispensou-a sem emoção alguma.

Seu olhar voltou para Maya, ela estava tão diferente de quando a conheceu naquele hospital, no lugar de suas roupas normais ou de seu uniforme agora estava um vestido vermelho que marcava suas curvas como uma deusa na terra, o colar em seu pescoço a deixava mais bonita , ela era perfeita para ele, como se levar um tiro no ombro fosse um dos caminhos para encontrá-la.

—O que foi? Ela percebeu a forma como ele a olhava com olhos pecaminosos.

—Não é nada, vamos. Ele estendeu sua mão para ela pegar.

Em passos lentos e preservados ela o segurou, deixando o quarto.

Enquanto caminhavam o braço de Vicent envolveu a cintura de Maya a apertando com possessividade, ela percebeu mas não fez nada ou se irritou, ele a queria e o mesmo valia para ela também por isso só soube sorrir para qualquer pessoa naquela casa que conseguisse levantar a cabeça e olhar de soslaio para ela.

Ele a conduziu para entrar no carro que os esperava na garagem da casa, ela não pode deixar de admirar o tamanho dela, a quantidade de carros filiados era insana.

—Vc gosta de carros. Perguntou enquanto se dirigiam em direção a limousine tornado de seguranças .

—Gosto de os colecionar. Ele a instruiu a entrar assim que chegaram no carro.

Vicent colocou o cinto de segurança nela antes de pôr o seu e mandar dar partida no carro.

Durante toda viajem eles trocavam algumas provocações e farpas mas em momento algum a mão de Vicent se descolou da coxa dela, por mais que ela lutasse retirando cada vez que ela estava chegando mais longe entre suas pernas, ele voltava a tocar de forma a tentar  a irritar mais.

Ela desistiu e apenas deixou sua mão lá.

—Senhor chegamos. Um segurança abriu a porta baixando a cabeça.

Ele saiu primeiro a arrastando com seu braço logo em seguida, antes que ela pudesse o xingar por seu movimento brusco, seus olhos foram brutalmente agredidos pela quantidade de flashs em seu rosto.

Só por isso conseguiu perceber que estavam em uma passarela vermelha em frente a um prédio reluzente e refinado.

Por mais que os paparazes e repórteres estivessem afastados por algumas barreiras e seguranças ainda conseguiam causar muita comoção dificultando sua entrada.

Vicent a cobria em seus braços a todo momento tentando evitar que ela se sentisse desconfortável e talvez ter algum ataque de pânico ou ansiedade.

Todos falavam ao mesmo tempo eufóricos porém ela ainda distinguia algo entre a multidão.

-senhor Rossi quem é a jovem que o acompanha?

-Ela é sua namorada?

-É verdade que o senhor vai se casar?

-Senhor como se conheceram?

-Ela é a futura senhora Rossi?

-Essa é a primeira vez que o senhor aparece com uma mulher sem ser sua mãe, algum comentário?

Ignorando tudo e todos Vicent a conduziu para dentro do prédio, a porta foi barrada novamente para o público.

—Vc está bem amor. Ele tocou seus ombros tirando o casaco de seu corpo.

Ela não tinha questionado ele até agora mas algo que ela realmente queria saber era :

Quem era ele?

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