capítulo 38 - Visita inesperada

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Maya Grif

Quando acordei já era de noite, o lugar onde eu estava parecia estar em constante movimento, forçei meus olhos a se abrirem constando que estou no banco de um carro, o tecido escuro tocou meu rosto percebendo que era a roupa de alguém. Minhas vistas foram de encontro ao seu rosto totalmente concentrado no tablet escrevendo alguma coisa, sua língua passava de momentos e momentos molhando seus lábios , o arco de seus óculos era dourados ficando mais evidentes com a pouca luminosidade do local ,ele parece não ter notado que eu acordei e por isso não se mexeu com medo de me acordar.

Minha íris ficou hipnotizada por ele, sua barba estava por fazer e seus dedos....

Ah.... Seus dedos eram longos e perseguidos por alguns fios de veias ...

De alguma forma eu tinha me apaixonado pelo homem que me sequestrou , isso pode ser considerado síndrome de Estocolmo ? Ah não sei o que é normal já que minha mente não é uma das melhores nesse requisito.

Uma de suas mãos posou sobre minha cabeça fazendo carícias demoradas dando um suspiro de cansaço.

Ele deve estar cansado trabalhou o dia todo e ainda assim teve a coragem de fazer amor comigo naquela sala descaramente, que homem ganancioso!

Fingi continuar estar dormindo enquanto dava uma ajeitadinha roçando meu rosto contra a virilha de sua calça e voltei a fechar os olhos bem devagar verificando seu estado. Ele tossiu disfarçando o volume que se formou em sua calça cruzando as pernas.

Eu sorri internamente.

Ele era provocador e um completo pecado capital da cabeça aos pés, vamos ver até onde vai sua paciência senhor Rossi.

Encostei-me até chegar no meio de suas pernas que se apertaram mais quando meus lábios quase tocaram seu membro ereto escondindo debaixo daquela calça social que ficava mais apertada a medida que meu corpo tomava conta de seu colo.

Droga! Ouvi ele pirraguear baixinho.

Não me importei e pressionei mais seu membro ,Vicent se contorceu esbravejando murmúrios fracos, acho que ele está se controlando para não me xingar Hahaha.

O pneu do carro deve ter batido em alguma coisa pois o automóvel deu um solavanco que me fez cair no chão do carro, eu xinguei bem baixo sentindo o lado esquerdo da minha testa arder, toquei levemente e senti uma humidade dentre meus dedos.

Arregalei os olhos quando vi que se tratava de uma pequena quantidade de sangue devido a bancada mas então meus olhos foram atraídos pelos risos vindo de cima de mim.

Era Vicent que me olhava com um sorriso sapeca nos lábios.

—Hahaha querida o que você faz aí no chão? Ele era irritante mas não podia negar que ele era lindo sorrindo —Acordou de seu sono?

—Não têm graça. Tentei colocar uma cara de zangada mas eu sabia que não consegui.

—Mas tinha graça você me provocando não é? Sua mão posou sobre seu queixo.

Filho da puta gostoso! Espera! Ele sabia que eu já tinha acordado?! Isso é trapaça!

—Eu não sei do que você está falando. Me fiz de desentendida —Além do mais eu me machuquei não tá vendo?

—Isso é o que acontece com mentirosas. Riu da minha cara —Se você continuar com a bunda no chão é bem possível de você ficar achatada como uma tábua. Ele tirou sarro de mim voltando a olhar para o computador.

—Tá dizendo que não vai gostar mais de mim se eu ficar uma chapa lisa? Perguntei desacreditada.

—Não, estou dizendo que não quero pagar para você colocar um silicone na sua bunda quando ela ficar como uma prancha de surf. Ele tinha muita ousadia.

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