capítulo 20 - Um presente

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Maya nunca foi alguém vaidosa ou de ser simplesmente uma filha da puta com qualquer um, mas em situações como essa era necessário mostrar que pessoas caladas não são fracas, pelo contrário essas pessoas são mais calculistas e frias ao lidar com problemas.

Ela olhou para a forma cansada que elas andavam desde suas ordens.

Suas mudanças constantes de humor e como queria o vestido mudavam cada vez que as sentia relaxar e achar que saíram impune.

Era notória a diversão ao ver elas tontas como uma barata sobre a luz de uma lâmpada.

—Não gostei desse, traga outro. Ordenou pela milésima vez fazendo elas estremecerem e murmurar algo fracamente para os cantos.

—Senhora que tal este? Mostrou um vestido longo branco —Foi cozido à mão e é um dos vestidos de primavera da última semana de moda. Tentou me convencer.

—Muito extravagante, mostre o próximo. Dei um gole no suco de uva que elas me trouxeram.

Seus rostos gelados mostraram decepção e angústia pois ainda havia muitas caixas que não foram abertas e nem tínhamos escolhido nada só a maquiagem foi feita.

—Sim senhora. Engoliu em seco apertando o vestido em suas mãos.

Eu já tinha me divertido e dado uma lição de vida que nunca esqueceriam, ri de como a mulher que estava toda autoritária para cima de mim agora não parava de roer as unhas pois já era tarde.

—Eu quero aquele. Apontei para um vestido vermelho sangue que mostrava os ombros, e detinham um corte na borda que mostraria as pernas.

Elas se olharam entre si antes de correrem ir buscar o vestido.

Dei uma boa observação na mesma mulher que tinha um ar arrogante e agora estava totalmente esgotada de andar em círculos.

—Vc. A chamei a tirando do transe.

—Eu? Questionou confusa e olhando para as meninas.

—Sim, venha me ajudar. Sorri levemente não demonstrando minhas intenções.

Para elas provalvelmente eu só queria que ela me auxilia -se com o vestido mas ela tinha notado que eu chamei para me servir.

—Mas-ela mordeu os lábios com força quase rasgando sua carne desidratada.

—Está ficando tarde. Parei para pensar que não sabia como a chamar —Qual é o seu nome? A chamei com o dedo como a cadela mal educada que é.

—Samanta senhora. Respondeu ríspida tentando não me xingar.

—Samanta, estou perdendo minha paciência e tempo com vc, devo te mandar embora? Meus olhos se entreitaram a observando como um felino ardiloso.

—Não senhora.

—Então venha. Dei as costas para ela esperando que entendesse o que eu queria dizer com meus passos.

Não demorou pra eu ouvir o som de seus saltos ecoarem pelo cômodo.

Tirei o roupão que tinha passado todo dia com ele ficando apenas de lingerie.

Nunca tinha usado roupas íntimas tão extravagantes e sexys mas tinha uma caixa com o meu nome e quando a abri simplesmente tinha essa indecência com um bilhete.

"Isso é perfeito para vc, essa cor me lembrou a paixão de quando nos amamos como loucos no meu escritório, o use "

Descarado pervertido !

A garganta de Samanta fez um som rouco me tirando de meus pensamentos, me virei vendo seu estado de vergonha e irritação como uma pré adolescente que não havia ganhado o que queria de seus pais.

Acenei com a cabeça para ela avançar e me vestir.

Suas mãos era ágeis que não demorou em endireitar tudo para mim, o vestido era simplesmente perfeito e maravilhoso, o tom de vermelho acompanhado pelo bâton do mesmo tom, sem falar nos meus cabelos pretos como céu estrelado faziam eu me sentir dez vezes mais bonita que o normal.

Me virei e encontrei a mesma mulher que permanecia calada como se não pudesse dizer uma palavra , estava apenas admirando.

—Ainda faltam os sapatos senhorita. Limpou a garganta chamando minha atenção.

—Vamos. Caminhei de volta ao cômodo mas não encontrei as meninas que tinham me ajudado mais cedo .

Olhei confusa para trás vendo Samanta abaixar a cabeça e sair com pressa sem ousar a dizer nada.

Só assim percebi a presença de mais alguém no quarto, levei um leve susto me perguntando se este era o mesmo homem com o qual eu tinha dormido ontem a noite.

Ele estava lindo, seus cabelos pretos estavam penteados para trás com seus olhos frios e cinzento marcando sua presença inesquecível, Seu terno era preto e totalmente refinado, tudo feito perfeitame para ele, no lugar de sua vibe de badboy agora estava um homem totalmente sério com um olhar superior e arrogante estampado no rosto, o relógio em seu pulso reluzia como diamante sobre a luz das estrelas.

Eu simplesmente não consigo deixar de olhar para ele, Seu olhar percorreu todo meu corpo parando em meus ombros nús pelas bordas do vestido.

—Vc ainda não está pronta? Ele sorriu como um príncipe encantado em seu fato brilhante.

—Eu tive alguns problemas mas nada demais. Continuei parada no mesmo lugar como um servo sob os faróis.

—problemas? Ele riu enquanto estendia sua mão para eu a pegar.

Sem hesitar toquei sua mão e senti meu corpo ser puxado contra seu peito.

—Vc esteve aprontando? Riu enquanto dava beijos sutis em meus ombros em exposição.

—Não sei, talvez sim talvez não. Me deixou embriagar pelo seu toque.

—Sente-se. Ordenou olhando directamente meus olhos.

Eu estremeci com sua voz mas não neguei suas ordens impostas.

Caminhando devagar me sentei em uma poltrona admirando o homem com ar de vilão da história do que com um príncipe encantado.

Observei ele pegando em uma caixa vermelha, tirando o laço que a envolvia, dentro dela detinham um sapato de cristal reluzente, as pedras brilhavam Como ouro ao sol.

Cada detalhe só me deixava mais intrigada de como existia algo tão lindo e brilhante postos em um par de sapatos.

—Levante sua perna. Ele pegou os sapatos da caixa .

Ele se abaixou até a altura de meus pés me deixando chocada e sem reação, logo sua mão pediu para eu esticar minha perna.

Ele segurou com firmeza encaixando perfeitamente o sapato em meus pés.

Eu tremia porque além de ser um cavalheiro seu lado pervertido acariciava minhas pernas fazendo cócegas que subiam até meus mamilos.

Ele fez o mesmo com o outro pé se levantando e oferecendo sua mão novamente para mim.

Me levantei encaixando nossas mãos como uma só.

—Ah já me esquecia! Outra caixa foi tirada de seu bolso. —É meu presente para vc. Suas mãos abriram o conteúdo da caixa.

Eu não acreditei no que estava vendo.

—Isso é??!

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