capítulo 31 -Inesperado

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Maya não conseguia conter seu modo ao comer , ela tinha passado dias trancada naquele quarto transando com Vicent, o pensamento dele só lhe dando água quando pedia para parar a fez se engasgar, chamando a atenção dele .

Ela abaixou a cabeça tentando ao máximo recuperar seu fôlego batendo em seu peito.

—O que foi? E vc está bem? Ele bateu em suas costas como forma de ajudá-la.

—Não é nada!! Maya bebeu um pouco de água sentido seu rosto esquentar.

—Venha cá. Ele a puxou para se sentar em seu colo com firmeza.

Ela processou suas palavras antes de explodir de vergonha tentando se levantar da mesa.

Com um puxão insistente da parte dele, ela caiu em sua perna esquerda que não se mexeu nem um centímetro com o peso dela.

—Deixe-me ver. Sua mão passeou por lugares indevídos que a fez tremer.

— Não toque aí ahh. Arfou com seus dedos trilhando o caminho dentre seus seios.

—Vc está sem sutiã? Ele perguntou roçando seus lábios em seu peito.

—Vc não me deu um!! Se defendeu —Eu não consigo usar aquelas coisas!!

—Mas elas cabem lindamente em seu corpo. Ele choramingou se apoiando dramático.—Tudo bem princesa. Ele levou o garfo que continha um pedaço de carne até a boca dela —Coma primeiro.

—Vc só está me alimentando bem pra me comer de novo não é!!! Disse desconfiada com os olhos semicerrados. —Já aviso que não vai acontecer não! Gruzou os braços se negando a comer.

—Hahaha eu juro que não, então pode comer à vontade princesa. Riu com a forma como ela descobriu seu plano tão cedo —Nós vamos sair.

Maya olhou ainda desconfiada dele mas mordeu a comida no talher a mastigando, seus olhos se encheram de alegria com o sabor incrível da carne, essa deve ser uma das regalias de ser rico e comer do bom e do melhor, nenhuma carne que ela tinha comido em toda sua vida tinha esse gosto.

—Me dê um pouco mais!! Pediu entusiasmada.

—Como quiser. Ele cortou mais um pouco da comida em seu prato oferecendo a ela que comia feliz e com gosto.

Ele se sentiu responsável por ela já que tinha a sobrecarregado e não tinha controlado sua força durante o ato, então nada mais justo que a deixar comer o quanto quisesse.

O telefone de Vicent tocou no canto da mesa tirando sua atenção de Maya, ele esticou seu braço atendendo a ligação.

—Alô.

—Vicent que história é essa que vc vai se casar! A pessoa atrás da linha perguntou num tom enfurecido controlando-se  para não gritar.

—É isso mesmo pai. Respondeu tranquilo demais —Eu encontrei minha Rainha perfeita. Ele passou a mão afastando uma mexa do cabelo dela para longe vendo a visão de suas bochechas cheias com o bolo de morango.

—Isso é uma brincadeira só pode ser mesmo!! Eu não vou permitir que uma mesquinha interesseira se torne a primeira dama da máfia !!disse sem paciência.

Pai. Sua voz engrossou —Eu respeito muito o senhor porém não volte a se dirigir dessa forma sobre minha mulher. A tonalidade obscura tomou conta de seus olhos cinzentos .

—Vc está me ameaçando?? Perguntou cauteloso.

—Entenda como o senhor quiser, mas eu não vou perdoar qualquer desrespeito com ela mesmo que o senhor seja meu pai. Seu dedo acariciou as maçãs do rosto dela.

—Eu não vou me impôr desde que ela se prove digna desse lugar.

—Ela é perfeita para mim! Exclamou feliz —E isso já é o bastante pai.

—Quem é vc e onde está o meu filho. Disse irónico conhecendo muito bem seu filho.

—Eu te ligo depois.

Se passaram alguns minutos de silêncio entre eles antes dela finalmente questionar.

—Eu sou um problema? Ela já tinha parado de comer.

—Nunca minha princesa, e se fosse o problema seria deles. Declarou se servindo um bocado de vinho com ela ainda em seu colo.

—Então porq-ela não terminou de falar.

—Vc está pensando muito Maya, relaxe.

Ela não deu muita importância já que seu único foco agora era se deliciar com cada iguaria presente nesta mesa totalmente ao seu dispor.

.....

Vicent tinha lhe instruído a vestir alguma coisa antes de sairem, enquanto ele esperava na sala de estar, Maya estava no quarto escolhendo uma roupa mais adequada.

Ela estava vendo as roupas que lhe foram dadas para escolher mas nada a convencia, suas mãos passaram rudemente pelo cabelo o embaraçando, não sabia o que vestir para sair com ele.

Até que viu um vestido azul marinho no canto da cama, ele era perfeito e descontraído, seria ótimo usar ele já que não detinha muitas roupas informais a não ser vestidos de festa.

Maya olhou para o espelho maravilhada que sua juventude vindo a tona novamente, antes só se vestia com roupas formais para uma mulher de mais de trinta anos, já que nunca teve a oportunidade de ser uma adolescente normal.

Seu pensamento parou sobre como estaria sua família, ela não sabia exatamente quanto tempo tinha se passado mas era o suficiente para saber que eles tinham notado a falta de sua presença naquela casa.

—Será que eles pensam que eu fugi? Ela pensou em voz alta.

—Eles quem ?Questionou uma voz feminina.

Ela se virou vendo Cármen parada na porta com um semblante sério a encarando.

—O que vc faz aqui? Maya observou que suas mãos estavam por trás de suas costas e seu corpo estava tremendo contido.

—A senhora tem família não é? Suas perguntas eram perturbadoras em relação a situação atual —Eu posso te ajudar! Sugeriu se aproximando de Maya —Vc pode voltar para sua vidinha sem importância e esquecer tudo e todos. Seus olhos tremiam em fúria.

Maya fez o seu possível para manter a calma que estava mais distante de sua verdadeira reação.

—Como? Ela pareceu se importar.

—Deixe tudo por minha conta, eu te ajudo. Ela se aproximou cada vez mais desenfreada.

—É mesmo? Sua sobrancelha se levantou em questionamento.

Num impasse bruto Cármen apressou seus passos vibrantes e andou até Maya retirando uma faca bem pontiaguda por de trás dela.

Maya não teve tempo de pensar ou correr apenas pegou o objeto que estava mais perto dela e o arremeçou contra Cármen que gemeu com o vidro quebrando em seu corpo.

—SUA DESGRAÇADA, EU VOU TE MATAR!! gritou apontando a faca para Maya.

......



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