capítulo 8 - Um refúgio

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Todo mundo tinha problemas a serem resolvidos sejam eles pequenos ou grandes, e isso era sua motivação para continuar a não se deixar cair.

Ela poderia lançar um fodase e ser alguém escroto com as pessoas ao seu redor para fazê-las se sentirem tão merdas e fodidas que nem seus problemas talvez isso lhe traria um bocado de realizações.

Mas não foi o que ela fez ,se reergueu e continua se impondo ao seu destino estralhaçado desde seu nascimento.

Ela lembrou da época que terminou o ensino médio e tinha esperanças de entrar em uma boa faculdade e se formar porém suas crenças tinham morrido no minuto que seus pais afirmaram não ter dinheiro para desperdiçar com uma pirralha mimada.

Isso doeu muito, nunca imaginou que palavras tão maldosas e carregadas de um ódio enorme seriam vindas de seus próprios pais.

Seus olhares de nojo e desprezo a faziam querer desistir.

Quando comportou dezoito anos ela tinha chegado ao fundo do poço, já não havia alegria ou vontade de continuar, até chegar num ponto crítico de tentar tirar sua própria vida.

Ela só sobreviveu graças ao amigo de seu irmão que a tinha salvado de se afogar, ela nunca esquecerá de suas palavras para ela.

"Não desista tão fácil assim, eu sei que vc consegue" palavras tão bonitas e encorajadoras saíram do fundo de seu coração, naquela noite ela finalmente conseguiu enxergar pra além de suas dores.

Ela sempre irá agradecer por notar sua dor em meio a tantas pessoas, ela parou de chorar e começou a trabalhar em si mesma, aos poucos as feridas iam sarando.

De vez em quando ela voltava a se abrir e sangrar novamente mas isso só serviu de incentivo para olhar mais adiante.

Foi um longo caminho até ela chegar aqui, trabalhou do mais baixo possível e foi subindo a cada dia mais.

Hoje enquanto trabalha como enfermeira neste hospital também faz sua faculdade de medicina, quem viu aquela menina que sempre andava se machucando entre os cantos nunca imaginaria a grande mulher trabalhadora que se tornou .

Talvez não estivesse totalmente curada de seu passado mas ainda continua de pé e brigando por seus sonhos e antigir sua realização.

...

Quando por fim tinha contado sua pequena história as lágrimas não se conteram e desabaram de seus olhos.

Ela nunca se deu conta de tudo o que tinha enfrentando até finalmente tirar para fora de seu coração.

Seus soluços se voltaram silênciosos como se ninguém poderia ouvir ela, ela cerrou os dentes com força se controlando para não gritar aos quatro ventos que já chega.

Ela queria gritar, espernear e chorar até cansar.

Uma mão puxou seu corpo contra o peito a motivando a desabafar tudo o que aguentou por anos, ela podia bater nele para aliviar sua raiva, até mesmo gritar com ele se isso a ajuda-se a tirar esse peso de cima dela.

Maya em agonia por nunca ter tido um ombro para chorar se viu chorando incontrolávelmente nos braços desse homem.

Ela despejou toda sua angústia guardada e sentimentos reprimidos no fundo de sua alma.

Pela primeira vez ela se permitiu fazer o que nunca tinha feito. Gritar que também era um ser humano que precisava de amor tanto quanto eles.

Vicent segurou ela firme sobre seu peito, sua camisola ensopada pelas lágrimas de sua pequena enfermeira.

-Vc pode desabar tudo sobre mim, deite para fora tudo o que te prende a essas lembranças ruins. Ele disse firme sentindo-se como se fosse sua obrigação por não ter a conhecido mais cedo.

Maya se agarrou forte sobre seu corpo.

Ele levantou seu rosto na altura do seu, limpando todo o vestígio de sua dor presente nos seu choro.

Seus lábios trilharam o caminho de toda sua face, posicionou suas mãos de cada lado de suas bochechas.

Ela olhou tão serenamente para o que acabará de conhecer em poucas semanas e já a entendia mais que qualquer pessoa que tinha conhecido em toda sua vida.

Seus olhares permaceram um no outro até ela inclinar seu rosto em suas mãos grandes de aninhando no calor que passava uma sensação de conforto e segurança.

-Eu posso te beijar? Suas palavras pareciam um apelo inusitado vindo dela.

-Sempre que vc quiser pequena enfermeira. Ele não perdeu tempo.

Ela se aproximou lentamente em direção aos seus lábios os fundindo devagar.

Vicent a deixou se movimentar como queria pois ela era quem comandava agora.

Mesmo ela sendo desajeitada no beijo ainda era gratificante vê-la tão destemida em seu pedido.

Ele a puxou para ficar por cima de seu corpo facilitando seu trabalho, ela tinha uma pegada mais suave e lenta o que tornava tudo mais perfeito pois era seu jeito.

Ele a deixou no comando notando sua gentileza até ao beijar, Vicent sacou a língua para tentar ajudá-la em sua missão.

A fusão de suas línguas daçando no mesmo ritmo era encantadora aos olhos de Vicent.

Ela se afastou pela falta de ar se deixando descansar sobre o corpo dele.

-Durma um pouco. Ele passou a mão na cabeça dela fazendo movimentos de carinho.-Vc precisa descansar.disse beijando o topo de sua testa.

Maya não protestou apenas se deixou levar pelo sono que a atormentava durante dias.

Ela adormeceu lindamente em seus braços como uma princesa adormecida, seu rosto sereno indicava o quanto deveria estar cansada de ser ela.

Ele envolveu suas mãos sobre a forma dela, sentindo seu perfume de rosas vermelhas tomarem conta de seu nariz.

-Vc já não precisa mais aguentar isso sozinha princesa. Ele disse -Agora que eu estou aqui vc não precisa mais se sentir sozinha minha pequena enfermeira. Seus olhos se fecharam para acompanhar sua amada enfermeira em seu sono.

A forma como eles se completavam eram insana, quem poderia imaginar um amor tão improvável entre uma humilde enfermeira e um homem sem coração que matava friamente pessoas.

Como o destino era cheia de imprevistos e improbilidases, suas almas totalmente diferentes de unindo em uma só.

Quem poderia imaginar mesmo...







Voltei, é fim de semana então vou escrever os capítulos durante o dia e começar a postar estejam atentos 😋😋

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