capítulo 12 - Vilã

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Depois do infeliz ocorrido com a menina Maya tinha se aninhado nos braços de Vicent.

Ele a tinha embalado até dormir e acalmado seu choro, deitada sobre seu peito ela dormia serena, o inchaço no rosto o fez se arredondar de forma fofa ,ele sorriu limpando as gotas salgadas que caiam de seus olhos fechados.

Seu compromisso com sua profissão é algo realmente admirável em vc minha pequena enfermeira, eu deveria manter minhas mãos sujas de sangue longe de ti porém um monstro não consegue negar minha atração por vc.

....

Maya acordou com o sol que batia nas cortinas do quarto , ela se levantou ainda zonza e com uma carranca ao sentir sua garganta desidratada.

Os lençóis eram macios como algodão e seu corpo que antes possuía uma roupa adequadas para ela, tinha no lugar um conjunto de roupa para dormir.

Era apenas um short e blusa de cetim curtos que cabem perfeitamente em seu belo corpo.

Sua mão se apoiou passando a outra pela testa tentando resgatar o que tinha acontecido quando dormiu nos braços de Vicent.

Mas nada além de um borrão pairava sobre sua memória dolorida, só assim reparou estar num quarto ,suas cortinas eram brancas fazendo contraste com os tons claros e suaves do ambiente.

Suas mãos se ergueram ao se espreguiçar seguidos de um bocejo de quem havia dormido como um bebê a noite toda.

Surpresa com o tamanho do quarto decidiu explorar o lugar , a cada cômodo que passava sentia sua expressão de riqueza, tudo estava no devido lugar parecia não existir alguma partícula de sujeira.

Seu estômago roncou em protesto por não ter recebido comida nas últimas vinte e quatro horas, Seu olhar rodou o espaço decidindo descobrir por conta própria o paradeiro da cozinha.

Ao sair do quarto tinha um corredor extenso que parecia não ter um fim, quando por fim conseguiu sair se encontrou perdida.

Ao seu ver era uma porta de madeira acastanhada adornada com os melhores mínimos detalhes em dourado, Maya girou a maçaneta revelando que a porta se encontrava trancada, Seu suspiro de decepção tomou o ar dando meia volta a procura de comida.

Mas seu sexto sentido não deixava de gritar para ela não se preocupar em saber o que continha aquele escritório com aura pesada.

Seus pés descalços tocavam o chão frio a fazendo se arrepiar com cada passo que dava nesta casa, depois de tanta procura ela viu de longe uma mulher de sua faixa etária com um uniforme de empregada.

—Com licença!! Ela se aproximou em passos rápidos e desajeitados —Oi??!

—Oi?! O rosto da mulher era de surpresa com a aproximação repentina —Em que posso ajudar? Ela se recompôs pois tinha perdido sua postura pelo susto.

—Vc não viu um homem alto com quase 1,90, de olhos cinzentos e cabelo preto?? Ela tentou explicar o máximo possível —E também seu nome era Vicent!

A empregada franziu a testa com sua ousadia em descrever seu chefe de tal forma desajeitada e mal educada, ela suspirou com raiva mal contida da mulher intrusa nesta casa.

Essas acompanhantes de luxo já estão enchendo meu saco, não faz nem um dia que o senhor voltou da viagem e já trouxe uma puta para dentro de desta casa.

Só porque são fodidas nesta casa e ganham presentes do Senhor Rossi elas  acham  que vão se tornar a dona da casa. Ela olhou com desdém para Maya como se fosse um saco de lixo posto dentro de uma mansão que exibia aos quatro ventos o poder e riqueza da família Rossi.

Ela olhou para seu corpo mal coberto pela roupa de noite com raiva de uma criança invejosa.

—O senhor Rossi, é assim que nos referimos a ele.. Ela a olhou pouco receptiva —Qual é o seu nome senhorita. Perguntou ironia fazendo cara de tédio.

Maya por sua vez sorriu sem reação para sua conduta duvidosa e endireitou a alça fina que caia de seu ombro.

—Me chame de senhora Grif. Ela cuspiu para sua ironia.

—Prazer senhora Grif. Ela entoou seu sobrenome como forma de piada —Me chamo Cármen, funcionária desta casa a dois anos, designada como próxima governanta desta mansão. Ela esticou seu braço direito para um aperto de mão.

Se eu cuspir na mão dela eu que sou a mal educada. Maya pensou antes de selar suas mãos num aperto rígido e sem honestidade.

—Em que posso ajudar senhora Grif. Cármen limpou suas mãos na roupa.

—Eu estou a procura de seu chefe. Maya sorriu rigorosamente para Cármen que sorriu de volta.

—Infelizmente ele não se encontra presente. Ela mentiu —Porém pode deixar o seu recado que eu lhe passo logo a noite. Ela sorriu descarada.

—Não é necessário pois é um assunto delicado. Sua paciência estava ao limite.

—Aqui não há tabus, pode falar a vontade. Seu sorriso de escárnio era irritante. —Qual recado vai deixar? Para o senhor Rossi te ligar mais tarde? Seus ombros de levantaram com a risada de deboche.

Maya respirou fundo tentando manter a paciência que adquiriu durante anos de sofrimento na mão daquela família.

—O que vc está tentando insinuar Cármen? Seus braços se cruzaram fazendo um volume nos seus seios.

— O que foi que eu disse. Ela revirou os olhos —Se quiser ser comida novamente vá para rua e desfile pelada senhorita Grif. Apontou para a janela entre aberta.

Maya ficou em silêncio por alguns minutos, antes de colocar as mãos nos quadris e soltar uma ressonância nasal.

—Só porque vc transa com qualquer um que eu tenha que fazer o mesmo Cármen. Seu olhar a penetrou —Eu não tenho culpa da sua vida ser muito fodida ao ponto de sentir inveja de mim que nem conheço Porra nenhuma sobre vc, então a única puta que deveria pular dessa janela é vc, para de encher os meus ovos e vai lavar uma louça caralho. Suas palavras eram carregadas de diversão e malícia.

Ela sabia que era cruel mas a sensação de finalmente poder revidar pessoas como ela a deixou excitada.

Cármen abaixou a cabeça virando de um lado ao outro tentando conter a frustração e raiva pelas palavras dessa mulher que mal se conheciam.

—O que foi Cármen? Maya se inclinou com um sorriso como uma sociopata —Vc não vai chorar?! Não é?! Suas palavras eram assustadoras para alguém tão pequena.

—Nã-o se-n-hor-a  Grif. Sua garganta tinha formado um bolo enorme —E-u só. Ela limpou as gotas grossas que tinham se formado.

—Tudo bem então, erros acontecem. Seu sorriso era extremamente feliz —então onde está seu chefe? Cármen.

—P-or fav-or ,me acompanhe senhorita Grif. Cármen apontou para o outro lado do corredor.

.....

4/4 muita emoção daqui para frente.      ヾ(≧▽≦*)o




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