Obediência (camren)

Uma noite de sábado

Olá meus amores, estou de volta com mais um capítulo!

Obrigada por cada comentário e espero que comentem cada vez mais, isso incentiva a voltar para postar mais capítulos, escrever para fantasmas não é legal. 

Desculpa qualquer erro e boa leitura!

Camila

Treinar com a Lauren se tornou uma das melhores coisas do meu dia, passamos a fazer isso todos os dias depois do trabalho, na maioria das vezes eu dormia na casa da Lauren, agora o guarda roupa dela tem mais roupas minha do que no meu próprio guarda roupa.

Nosso relacionamento vai muito bem, depois que a Lauren me contou o que aconteceu com o Davi e quem meu pai é de verdade, nosso relacionamento só melhorou. Lauren passou a me contar mais coisas sobre os seus negócios, eu me tornei uma confidente dela, isso só deixou nossa conexão na cama e no BDSM ainda mais forte.

Agora quando eu olho para o meu pai eu o enxergo de uma forma diferente, não tem julgamento no meu olhar, eu seria hipócrita se olhasse assim para ele, sendo a minha namorada o que ela é, de alguma forma isso não me deixa assustada, agora eu sei bem o motivo. Eu sou filha do meu pai, o sangue que corre nas minhas veias é o mesmo que corre nas veias dele, é algo que está em mim.

A única coisa que ainda me deixa irritada é ter que viajar para Los Angeles, eu não quero cuidar desses negócios, eu fico com tedio, mas eu ainda não arrumei uma forma que me livrar disso e acho que nunca vou conseguir. Meu pai está ficando velho, os negócios dele, cedo ou tarde vão cair no meu colo, até os ilegais, eu ainda estou surpresa por ele não ter me envolvido neles e nunca deu indícios de que isso pode acontecer.

Entrei em casa depois de quase uma semana sem vir aqui, na sala não encontrei ninguém, então subi a escada para ir até o meu quarto, mas eu ouvi um barulho no escritório do meu pai no segundo andar, a porta está entre aberta. Eu consegui ver meu pai em pé, conversando com um homem alto e branco, o rapaz tinha cabelos loiros e é bem jovem.

— Eu não quero saber o que vai acontecer, só quero eles bem longe dos meus negócios. Você é pago para cuidar disso, então cuidem. — Meu pai falou alto irritado.

— Pode deixar, senhor. — O rapaz respondeu antes de dar as costas para caminhar até a porta.

Eu poderia muito bem sair de onde eu estou, mas eu não quero mais fingir que não sei o que está acontecendo nessa cidade e dentro da minha casa. Meu pai me olhou surpreso quando a porta foi aberta, o rapaz loiro passou por mim sem me olhar direito, já o meu pai se sentou na sua cadeira e fez um gesto com a cabeça para que eu entrasse. Fiz o que ele me pediu e diferente de antes, eu fechei a porta.

— Quanto você ouviu? — Me perguntou sério.

— Não o suficiente, mas isso não me impede de saber sobre os que vocês estavam falando. — Eu disse me sentando na cadeira na frente do meu pai.

Ele se levantou e encheu dois copos com bebida, colocou um na minha frente e se sentou novamente.

— O que você sabe, Camila? — Perguntou com calma, muita calma.

— O suficiente. — Falei tomando um gole da bebida, eu preciso disso.

— Não gosto de joguinhos.

— Eu gosto de alguns. — Falei sorrindo, meu pai fechou a cara na hora, mas eu continuei sorrindo.

— Camila... — Me repreendeu, mas eu não liguei e dei de ombros.

— Pai, obrigada por ter defendido a minha honra, antes da minha namorada. — Falei por fim.

Meu pai levantou uma sobrancelha, mas depois suspirou.