Fechei meus olhos com força, puxando o ar pra dentro de mim, porque estava perdendo o controle sobre meu próprio corpo e meus sentimentos. Segurei nos cabelos de Kaden quando a boca dele envolveu meus seios, provando tudo que ele conseguia alcançar com a língua e os dentes.
—O que aconteceria se eu desejasse a primeira opção? —Questionei, passando a língua sobre os lábios quando Kaden se afastou para encarar meu rosto. A respiração saindo tão pesada quanto a minha quando os lábios se aproximaram dos meus. —Se você me mordesse?
—Você seria igual a mim. —Ele ergueu a mão e envolveu minha nuca, puxando meus cabelos até nossos lábios estarem praticamente grudados. —E poderíamos fazer tantas coisas juntos, que você jamais sentiria falta da sua humanidade.
Encarei os olhos dele, me perdendo naquele tom azul e preto, me perguntando como seria ser como ele. Até onde eu poderia ir se estivesse com a imortalidade do meu lado. Tinha pensando tantas vezes nos vampiros, crescendo ouvindo histórias sobre eles, que fazer parte disso parecia impossível.
—Posso transformar você em uma rainha, Avery. —Os lábios dele roçaram no meu, roubando meu ar quando mordeu um deles e o puxou de leve. Me esfreguei no colo dele, arfando com a onda de prazer que atravessou meu corpo. Um som rouco escapou pela boca dele, arrepiando toda minha pele. —Posso dar o mundo na palma da sua mão.
Aquelas palavras me partiram ao meio, porque ninguém nunca tinha me prometido nada. Muito menos algo como aquilo. Puxei os cabelos de Kaden da mesma forma que ele segurava os meus, beijando seus lábios com todo aquele sentimento explosivo dentro de mim. Ele mergulhou a língua na minha boca, me fazendo revirar os olhos quando pensei em como seria ter aquilo sempre.
Abracei os ombros dele, cruzando minhas pernas no seu quadril. Kaden me deixou buscar meu prazer, me movendo contra ele com cada vez mais fome, até uma explosão tomar conta do meu corpo, me estremecendo por completo, antes de eu tremer até a ponta dos dedos. Ele continuou me segurando, devorando meus lábios até eu sentir apenas ele e mais nada.
Deixei que ele provasse meu corpo, afastando os lábios dos meus para deslizar pela minha pele. Meus ombros e minha garganta, até meus seios. Observei ele buscar o próprio prazer, com os olhos não deixando meu corpo um segundo sequer, mesmo quando os olhos dele ficaram pesados e quentes demais.
—Você é toda perfeita. —As mãos dele deslizaram pelas minhas pernas até meu quadril. Os dedos afundando na minha carne até deixar marca. —Seu corpo inteiro, princesa, poderia arruinar o mundo.
Eu ainda estava trêmula nos braços dele quando Kaden me beijou de novo, mordiscando meus lábios até os deixar inchados e latejando. O gosto dele estava na ponta da minha língua, fazendo meu interior se agitar com um sentimento diferente. Deslizei a mão pelos ombros dele, sentindo sua pele firme e macia, enquanto provava os lábios dele da mesma forma que ele fazia comigo.
Afundei meu rosto na garganta, sentindo o cheiro salgado do mar, o que nem deveria ser possível em alguém como ele. Mas puxei aquele cheiro pra dentro de mim, enquanto ele saia da banheira comigo no colo. Minha mente estava pesada de sono quando senti o tecido macio da toalha no meu corpo, antes das minhas costas afundarem no colchão.
O sono já estava me levando quando o corpo de Kaden me envolveu. A mão dele passando na minha cintura para me manter contra o peito dele. Adormeci com o cheiro dele me trazendo a maior tranquilidade do mundo. Uma segurança que eu nunca tinha sentido antes. Soava como uma mentira. A mentira mais doce de todas.
[...]
—Sua cabeça parece estar bem longe. —Elowen afirmou, me fazendo erguer a cabeça para encara-la, já que eu estava encarando minha xícara de café intocável. Provavelmente o líquido já estava até frio. Lucian não estava olhando para nós duas, mas eu sabia que provavelmente prestava atenção em todas as palavras que trocávamos. —Está pensando no seu vampiro?
—O nome dele é Kaden. —Corrigi, agradecida por ela não pode ver o quão quente meu rosto estava naquele momento, porque tinha acordado com ele do meu lado. O corpo nu envolvendo o meu como se não conseguisse manter distância. —E ele não é meu.
—Ontem pareceu muito que era. —Lucian retrucou baixinho, e eu o olhei incrédula, porque não esperava que justamente ele fosse fazer um comentário como aquele. —Foi ele que trouxe você pra cá, não foi? Que a tirou daquela estalagem no meio da noite e nos deixou pra trás.
—Foi eu quem pedi por isso. Naquela época eu achava que não podia confiar neles. Eu não queria envolver vocês dois nisso. —Soltei um suspiro longo, balançando a cabeça negativamente. —Só não percebi que quanto mais tentava e virar isso, mais envolvidos vocês já estavam na situação.
—E o que mudou desde que chegou aqui? —Elowen questionou, e eu hesitei em responder, vendo-a analisando meu rosto com cautela. —Você se apaixonou por um deles?
—O que eu sinto não está em questão aqui. —Falei, porque não sabia se conseguia confirmar aquilo e muito menos negar. —Só acho que todas aquelas histórias que sua mãe contava a nós duas tinha algum propósito. Ela nos contou tudo sobre os vampiros, que achava que iríamos precisar no futuro.
—Falando assim parece que minha mãe podia prever o futuro. —Elowen retrucou baixinho, como se aquela ideia fosse impossível. —E a princesa?
—Sinceramente, não me importa mais. Eu achei que era a coisa certa a se fazer protegê-la por ela não saber de nada. —Passei a mão pelas bochechas, sentindo um gosto amargo na minha boca. —Só não lembrei do fato de que talvez ela pudesse ser igual ao pai no final das contas.
—E o que vamos fazer agora? Deixar o reino ser arruinado nessa guerra? —Lucian questionou, e eu percebi que não havia qualquer julgamento na sua voz, apenas uma dúvida genuína de quem estava perdido no meio de tudo que estava acontecendo.
Encarei as portas da varanda, observando o horizonte pintado de azul claro. O céu belíssimo da manhã. Nem parece que ontem estávamos no meio de uma matança. Meu ombro pareceu pesar e latejar, mesmo que já estivesse totalmente curado. Um lembrete do que eu tinha feito ontem. Do lado que eu tinha escolhido.
—Acho que precisamos descobrir nosso papel nessa guerra. —Sussurrei, me virando para encarar Elowen. Ela me olhou com ansiedade, como se pudesse imaginar o que eu estava pensando. —E tenho a sensação que aquele livro é a resposta pra isso.
Continua...
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Acordo de Sangue Cruel
FantasyO rei das terras congeladas de Ártemis ganhou a belíssima fama de caçador de vampiros, treinando seus homens para atravessar a grande muralha que separa o território humano das criaturas cruéis que se alimentam de sangue. Quanto mais cabeças de vamp...