Tocar Música da Midia!
Carlos POV
Conduzi por algumas das curvas mais perigosas do mundo. Levei o carro ao limite em circuitos onde um único erro me poderia lançar contra as barreiras. Mas nada—absolutamente nada—me preparou para o que senti quando ela entrou na sala.
É estranho, na verdade. Sempre me orgulhei de estar no controlo, de manter a calma sob pressão. É assim que tem de ser neste desporto. Mas ali estava eu, completamente e absolutamente arrebatado pela presença de alguém. Não era como nada que alguma vez tivesse experimentado antes. Com a S/N, o ar mudou. O tempo parecia mais lento, mais denso. Ela não precisava de dizer uma palavra, e já estava a perder o fôlego.
Começou quando a vi. Estávamos num evento—nem me lembro do motivo. Só sei que era suposto ser mais uma daquelas noites cheias de patrocinadores, ligeiramente monótonas, em que sorris, fazes contactos e sais assim que possível. Mas quando ela entrou, parecia que toda a sala se inclinava. Não conseguia focar-me em mais nada.
Ela não estava a fazer nada fora do comum. Estava simplesmente... ali. Mas esse era o ponto. A sua presença comandava atenção, sem sequer tentar. Senti o meu coração acelerar de uma forma que não acontecia desde a minha temporada de estreia. Conseguia controlar um carro a mais de 200 quilómetros por hora, mas não conseguia lidar com isto.
Não me lembro exatamente quando comecei a caminhar na sua direção. Era como se as minhas pernas se movessem sozinhas, como se fosse puxado por uma força que não conseguia explicar. Nem sequer tinha um plano. Só sabia que tinha de estar mais perto.
E de repente, lá estava eu.
"S/N," disse o nome dela suavemente quando a alcancei, e até ao dizê-lo senti como se algo elétrico tivesse passado por mim. Ela virou-se, os seus olhos fixando-se nos meus, e lá estava novamente—aquela sensação esmagadora. Como se ela tivesse envolvido toda a sala em si mesma, e eu fosse a única outra pessoa que conseguia senti-lo.
O seu sorriso era suave, quase provocador, e juro que senti o meu pulso na garganta. "Carlos," disse ela, como se fosse a coisa mais natural do mundo. E, no entanto, ouvir o meu nome nos seus lábios parecia diferente—como se o tivesse tornado dela só por o pronunciar em voz alta.
Tentei dizer algo inteligente, algo que me fizesse parecer como se não estivesse completamente fora do meu elemento, mas todo o charme habitual que eu confiava desapareceu. A minha boca ficou seca. Os meus pensamentos dispersaram. Estava a olhar, mas não conseguia evitar. Os olhos de S/N brilhavam sob as luzes baixas, e o som da sua voz pairava no ar entre nós, como se fosse algo tangível.
Não é típico de mim perder-me assim. Quer dizer, sou o Carlos Sainz. Já falei com a realeza, com celebridades, com CEOs de empresas globais, e nunca me senti tão fora de controlo. Mas ali estava eu, completamente cativado por esta mulher à minha frente, a perder o fôlego só porque ela existia.
"Estás bem?" ela perguntou após alguns segundos de silêncio, as suas sobrancelhas franzindo-se ligeiramente de preocupação. Isso tirou-me do transe em que estava, mas apenas por um momento. Ri-me, um pouco envergonhado.
"Sim," disse, passando a mão pelo cabelo de uma maneira que pretendia parecer casual, mas que definitivamente não era. "É só que... estás—" Parei antes de dizer algo ridículo, algo como "pareces que me tiraste o ar dos pulmões." Em vez disso, optei pelo mais seguro, embora ligeiramente aborrecido, "Estás incrível esta noite."
O sorriso dela alargou-se, e senti novamente o aperto no peito. Ela não precisava do elogio, e honestamente, nem acho que se importasse com ele. Havia algo nela que fazia parecer que já estava habituada a que as pessoas fossem atraídas por ela. Mas mesmo assim, ela não agia como se fosse algo importante. Era tão naturalmente equilibrada, como se não precisasse da atenção, mas a tivesse de qualquer maneira.
"Obrigada," respondeu, e a sua voz era como uma melodia que ficou comigo muito depois de as palavras desaparecerem. "Tu também não estás nada mal."
Ri-me de novo, desta vez mais genuinamente. Mas por baixo de tudo, ainda sentia aquela pressão no peito. Queria dizer mais, fazer mais, mas não tinha a certeza se podia confiar em mim mesmo para falar sem parecer um idiota.
Então, simplesmente ficámos ali. As pessoas moviam-se à nossa volta, vozes e risos enchendo o espaço, mas tudo o que conseguia focar era nela. Ela estava mesmo à minha frente, mas não conseguia livrar-me da sensação de que não conseguia chegar perto o suficiente. Como se, mesmo que passasse cada momento ao seu lado, não fosse suficiente para entender o que sentia.
A certa altura, alguém apareceu, interrompendo o momento. Disseram algo sobre o evento, mas eu não percebi. Só sabia que queria voltar a ficar ali, parado com ela, no silêncio, onde tudo o resto desaparecia. Mas ela sorriu educadamente e voltou-se para a conversa, deixando-me com aquela mesma sensação de admiração.
Só mais tarde, quando a noite estava a terminar e a multidão se tinha dissipado, a encontrei novamente. Desta vez, não falámos muito. Não era necessário. Ficámos na varanda, olhando para as luzes da cidade, e senti uma calma a instalar-se em mim que não sabia que precisava.
"Gosto daqui," disse ela baixinho, a sua voz mais suave agora, como se estivesse a partilhar algo só para mim.
"Sim?" respondi, embora não tivesse a certeza se estava a falar da vista ou de estar perto dela. Talvez de ambos.
Ela virou-se para mim, e por um segundo, senti como se o tempo parasse novamente. Os seus olhos encontraram os meus, e de repente não estava a pensar nos carros, nas corridas, na pressão de estar sob os holofotes. Tudo isso derreteu, e tudo o que podia focar era nela.
"Não sei porquê," disse eu, as palavras saindo antes que pudesse detê-las, "mas estar perto de ti... é como se não conseguisse respirar."
Ela sorriu, e havia um toque de algo conhecedor nos seus olhos, como se já tivesse ouvido isso antes ou também o tivesse sentido. E talvez esse fosse o ponto sobre S/N. Ela não precisava de fazer nada de extraordinário para me cativar. Só precisava de ser ela mesma.
E isso, percebi, era mais do que suficiente.
Olá pessoal!Espero que tenham gostado deste imagine.Se tiverem algum pedido, não hesitem em fazê-lo que irei com todo o gosto, amor, carinho e dedicação escreve-lo.
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F1 Imagines
Fanfiction*F1 Imagines* é um livro que mergulha na imaginação criativa dos fãs da Fórmula 1, oferecendo uma experiência única e imersiva. Cada página captura momentos vibrantes e intensos, permitindo aos leitores vivenciar histórias fictícias com seus pilotos...