Lance Stroll- Sugar Rush Ride

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Tocar Música da Midia!

Lance POV

Eu sou Lance Stroll. Para o mundo, sou um piloto de Fórmula 1, aquele que desliza pelas pistas a velocidades que muitos nem conseguem imaginar. Mas há uma outra corrida que travo fora do asfalto. Uma batalha que, na realidade, não é contra o tempo, mas contra algo mais doce... e amargo. O meu vício.

S/N... há qualquer coisa nela que mexe comigo, que me faz sentir vivo. Talvez seja a maneira como me olha, a forma como os seus olhos brilham quando estamos juntos, ou o jeito como ela me faz sentir invencível. Mas, mais do que isso, é a nossa ligação com o açúcar. Sim, esse mesmo. Aquela substância que tanto os médicos quanto os meus preparadores físicos dizem que devo evitar. Eu sei, eu sei... o açúcar não é para mim. "Tens de manter o teu corpo em forma, Lance." Quantas vezes já ouvi essa frase? Mas com S/N, o açúcar tornou-se um símbolo do nosso amor. Tornou-se o combustível de algo que eu não consigo largar.

Lembro-me da primeira vez que cedi. Estávamos num café acolhedor em Monte Carlo, numa daquelas pausas entre corridas, quando ela me ofereceu um pastel de nata. Aquela textura cremosa, envolta em massa folhada estaladiça... recusei a princípio, sabendo que o meu nutricionista não ficaria nada satisfeito. Mas os olhos dela, o sorriso dela... como poderia dizer que não? Dei uma trinca e senti o sabor doce explodir na minha boca. Um arrepio percorreu-me o corpo. Foi o início de algo novo. Não era só o pastel de nata. Era o ato, a partilha, o momento entre nós. Senti-me mais próximo de S/N.

A partir desse momento, cada refeição com ela tornava-se uma oportunidade de nos ligarmos através de algum doce. Bolos, chocolates, gelados... até começou a fazer-me pequenas surpresas. Um bombom na minha mochila antes de uma corrida. Um pedaço de bolo no final de uma longa sessão de treinos. E eu cedia, vez após vez. Porque, para mim, não era apenas o açúcar, era S/N. Cada pedaço doce que ela me oferecia era uma lembrança do quanto eu a amava, e do quanto ela me amava.

Mas, claro, não tardou até que os efeitos se fizessem sentir. O açúcar dá-te uma euforia momentânea, um pico de energia. Mas depois vem a queda. As horas de treino tornaram-se mais difíceis. A concentração durante as corridas começava a oscilar. Sentia o meu corpo mais lento, o coração a bater mais rápido do que devia, e o cansaço acumulava-se. Mas continuava. Porque cada vez que sentia essa descida, sabia que podia encontrar conforto em S/N e na nossa doce rotina.

Ela percebia? Às vezes acho que sim. Outras vezes, parece que estava tão perdida no nosso pequeno mundo de indulgências quanto eu. Ríamos juntos, partilhávamos momentos doces, literalmente. Mas no fundo, algo começava a corroer-me. Sentia-me dividido entre a minha carreira, o meu corpo, e o desejo de manter essa ligação com ela. Porque sabia que, de certa forma, o açúcar tinha-se tornado uma metáfora do nosso relacionamento. Era o prazer imediato, a satisfação instantânea, mas também era o preço que pagávamos.

Lembro-me de uma corrida em particular. Estava em Spa, e as condições da pista eram difíceis. Chuviscos, a superfície molhada. Era o tipo de corrida que exigia precisão absoluta, concentração máxima. Mas eu estava cansado. Tinha comido uma sobremesa com S/N na noite anterior. "Só um último pedaço, prometo", disse ela com aquele sorriso que me derretia sempre. E, como sempre, cedi. Mas agora, na pista, os efeitos estavam a manifestar-se. As curvas tornaram-se mais difíceis de contornar, e os meus reflexos, sempre tão rápidos, pareciam mais lentos. A queda pós-açúcar atingiu-me em cheio.

Foi aí que comecei a perceber que algo tinha de mudar. Não podia continuar assim. A minha carreira, aquilo pelo qual sempre lutei, estava em risco. E pior ainda, comecei a questionar a nossa relação. Estaria o nosso amor baseado nesta obsessão partilhada? Seria o açúcar apenas uma fachada para algo mais profundo que não queríamos enfrentar?

As conversas com S/N começaram a tornar-se mais sérias. Falei-lhe sobre as minhas preocupações, sobre como me sentia preso entre o amor que sentia por ela e o impacto que esta nossa dinâmica estava a ter na minha vida profissional. Ela ouviu-me, silenciosa, os seus olhos baixados. Sabia que ela também sentia o peso desta rotina, embora nunca o admitisse.

"Haverá outra maneira?" perguntei-lhe um dia, enquanto passeávamos à beira-mar. O vento suave abanava os nossos cabelos, e o cheiro a maresia invadia os nossos sentidos. Ela parou, olhou para mim, e naquele momento, percebi que ela também sabia. Sabia que o açúcar era apenas um símbolo, mas que o verdadeiro problema era a nossa incapacidade de enfrentarmos as nossas inseguranças e dependências de outra forma.

Começámos a mudar, aos poucos. Decidimos criar novos rituais. Trocar os doces por conversas mais profundas. Fazer caminhadas juntos em vez de ir a cafés. Mas o caminho não foi fácil. Havia dias em que o desejo por aquele prazer doce era quase insuportável. Queria ceder, queria voltar atrás, sentir aquele breve momento de felicidade que o açúcar trazia. Mas sabia que a queda viria depois.

Com o tempo, percebi que não era só o açúcar que me prendia. Era o medo de perder algo com S/N, de perder a ligação que acreditava estar centrada em partilhas tão simples e doces. Mas o nosso amor era mais forte que isso. Era capaz de resistir, de se transformar. E nós também.

Hoje, ainda luto contra o desejo de ceder a essa tentação. De vez em quando, ainda partilhamos um doce, um pequeno pedaço de chocolate ou um bolo num dia especial. Mas agora, sabemos que o nosso amor não depende disso. Há outros momentos, outras partilhas que nos ligam. E isso, para mim, é a maior vitória. Uma corrida muito mais difícil do que qualquer Grande Prémio que já tenha disputado.

Mas, como em qualquer corrida, é a gestão, a disciplina e o amor que te levam até à meta. E com S/N ao meu lado, sei que posso continuar a correr, sem precisar daquele pico momentâneo de açúcar.


Olá pessoal!Espero que tenham gostado deste imagine.Se tiverem algum pedido, não hesitem em fazê-lo que irei com todo o gosto, amor, carinho e dedicação escreve-lo.

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