Esteban Ocon- View

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Tocar Música da Midia!

pedido feito por andradeexls_ (espero que gostes 😊)

Esteban POV

A vastidão à nossa frente parecia um quadro pintado com as cores da serenidade. Ao meu lado, estava S/N, e o mundo parecia abrandar ao redor de nós, como se respeitasse a beleza daquele momento. A luz do sol atravessava as copas das árvores, desenhando padrões de sombra e brilho sobre o chão coberto de folhas. A paisagem ondulava suavemente, como uma respiração profunda e tranquila. Era como se a natureza tivesse criado este cenário apenas para nós, como se aquele recanto de paz fosse um refúgio onde o tempo e a pressa não eram bem-vindos.

Suspirei, deixando que o ar fresco do campo preenchesse os meus pulmões, e observei S/N, que caminhava ao meu lado com um sorriso tranquilo, os olhos a contemplar a imensidão verde e dourada que nos rodeava. Havia algo de quase mágico na sua presença. Com ela, o mundo ganhava uma paleta de cores mais rica, e os sons ao nosso redor – o sussurro das folhas, o canto distante de um pássaro, o suave correr de um riacho próximo – pareciam orquestrados para criar uma melodia dedicada apenas a nós.

"Sabes," comecei, quase sussurrando, "nunca imaginei que algo tão simples como este momento pudesse ter tanto valor." Senti que cada palavra que proferia carregava um pedaço do meu coração, como se confessasse um segredo guardado durante demasiado tempo. Na Fórmula 1, vivemos sempre no limite, a milímetros de uma curva ou de um erro que pode custar tudo. Mas aqui... aqui, tudo era pura paz.

Ela olhou para mim, e nos seus olhos vi um brilho que refletia o meu próprio encanto. "Às vezes, é nos momentos mais silenciosos que encontramos a verdadeira beleza, Esteban," respondeu, a voz suave e serena. O sorriso que me deu foi como uma promessa, um pacto silencioso entre nós e o mundo ao redor.

Continuámos a andar, os nossos passos alinhados, em harmonia com a natureza que nos acolhia. Senti o desejo de lhe contar sobre os momentos em que, dentro do carro, a adrenalina me deixava cego para a beleza ao meu redor. Sobre as viagens, os hotéis, as luzes artificiais das grandes cidades que sempre pareceram roubar-me o ar, o tempo. Mas, agora, percebia que esta caminhada, este instante, era um antídoto para tudo isso. Era a lembrança de que, por vezes, a vida precisa de ser vivida com lentidão.

Paramos junto a um lago, e as águas refletiam o céu, as nuvens a desenharem sombras leves na superfície. O mundo parecia suspenso naquele momento. Sentei-me na relva, e S/N fez o mesmo, os nossos ombros a tocar suavemente, num gesto que trazia conforto e cumplicidade.

"Quero guardar este momento para sempre," confessei, sem tirar os olhos do horizonte. "Sinto que, se fechar os olhos, tudo isto pode desaparecer."

Ela sorriu, e a sua mão encontrou a minha, entrelaçando os nossos dedos. "Então, talvez, em vez de o guardarmos, devíamos deixá-lo fluir. Não precisamos de prender este instante, Esteban. Ele está aqui, connosco, e será eterno enquanto o vivermos."

As suas palavras ecoaram na minha mente, trazendo uma clareza que nunca tinha sentido antes. Era isso, não era? O verdadeiro segredo da beleza estava na capacidade de estar presente, de sentir cada detalhe sem tentar capturá-lo, sem a urgência de o transformar numa recordação intocável.

Fechei os olhos por um momento, sentindo o toque do vento, o calor da sua mão na minha. Respirei fundo, absorvendo o perfume da natureza, o aroma da terra e das flores silvestres que nos envolviam. Era um cheiro simples, puro, que me fazia recordar a minha infância, os dias em que a vida era menos corrida, em que os sonhos ainda não tinham a pressa de ser realizados.

"O que pensas sobre tudo isto?" perguntei, a voz num tom suave, quase receoso de quebrar a paz.

S/N hesitou, os olhos a observarem o céu acima de nós. "Penso que este é o tipo de momento que me faz lembrar o quanto a vida pode ser grandiosa, Esteban. A grandeza não está nas coisas que fazemos para o mundo ver. Está nos instantes que escolhemos partilhar com as pessoas certas, nos momentos em que simplesmente nos permitimos ser, sem máscaras, sem pressa."

Aquelas palavras ficaram comigo, como uma verdade que eu sabia, mas nunca tinha conseguido expressar. Tudo o que tínhamos ali era real, intocado pelas expectativas do mundo, pelo brilho artificial das corridas. O tempo, ali, parecia mais brando, mais gentil. E, pela primeira vez, senti-me liberto do fardo de ter de provar algo, de ser algo além de mim mesmo.

Ficámos ali, lado a lado, por um tempo que não saberia definir. E percebi que aquele momento, por mais breve que fosse, ficaria comigo de uma forma que nenhuma vitória ou troféu jamais ficaria. Era uma memória que carregaria no coração, uma que iria iluminar os dias cinzentos, quando a velocidade do mundo ameaçasse engolir-me.

Quando finalmente nos levantámos, o sol estava a baixar no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e púrpura. Estendi-lhe a mão, e caminhámos de volta, como se o caminho nos levasse de volta a uma realidade diferente, mas melhores do que éramos antes.

Olhei para S/N e sorri, sentindo uma gratidão imensa. Ela era a minha âncora, o meu refúgio no meio do caos. E, naquele instante, soube que, não importava o quão veloz o mundo pudesse ser, sempre haveria espaço para momentos como aquele, para lembranças tão profundas e preciosas que nem o tempo, nem a velocidade poderiam apagar.

Enquanto caminhávamos, cada passo parecia ecoar essa certeza: a de que a beleza da vida está no agora, nas pessoas que escolhemos ao nosso lado e na capacidade de ver o mundo com olhos atentos e coração aberto. E assim, lado a lado com S/N, senti-me verdadeiramente completo, parte de algo maior, algo intemporal.

Olá pessoal!Espero que tenham gostado deste imagine.Se tiverem algum pedido, não hesitem em fazê-lo que irei com todo o gosto, amor, carinho e dedicação escreve-lo.

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