Lando Norris- I Wanna Know

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Tocar Música da Midia!

Lando POV

O sol estava a pôr-se atrás das colinas, lançando raios dourados sobre a vasta extensão do lago à minha frente. O ar estava fresco, impregnado com o cheiro de pinheiros e de água doce. Decidimos fugir por uns dias—sem circuitos, sem capacetes, sem motores a rugir—apenas natureza, paz e tempo juntos. Não me lembrava da última vez que me sentira tão... calmo. Tudo isto parecia surreal, quase como se não pertencesse ao meu mundo de velocidade e intensidade. E, no entanto, aqui estávamos.

S/N estava a alguns metros de distância, a atirar pedras para a água, com os suaves salpicos a mal perturbar a tranquilidade do entardecer. A silhueta dela contra o céu âmbar parecia algo saído de uma pintura—demasiado perfeita para ser real. Encostei-me a uma árvore, observando-a em silêncio, tentando encontrar as palavras certas.

Nunca fui bom a falar sobre emoções. Quer dizer, claro, conseguia fazer piadas e, sim, tinha o meu jeito de encantar as pessoas quando era necessário, mas isto era diferente. Isto era eu, a tentar perceber como expressar algo que andava a crescer dentro de mim há algum tempo. Uma coisa era dizer ao mundo o quanto amava corridas, a minha paixão pela Fórmula 1, mas isto—isto era mais profundo. Isto era sobre nós.

"S/N", chamei suavemente, as palavras quase a prenderem-se na minha língua. Ela virou a cabeça, um sorriso a surgir no canto dos lábios, à espera que eu falasse. O meu coração acelerou. Nenhuma quantidade de treino me poderia ter preparado para isto.

"Vem aqui um bocadinho", disse, fazendo um gesto para o cobertor que tinha estendido debaixo das árvores. Ela caminhou na minha direção, os olhos curiosos, mas também com uma certa ternura—algo que sempre me fez sentir que não precisava de fingir ser outra pessoa além de Lando. Apenas eu.

Quando se sentou ao meu lado, o silêncio entre nós prolongou-se, mas não era desconfortável. Era o tipo de silêncio que só partilhas com alguém que te entende sem precisar de palavras. Senti o calor do braço dela contra o meu e, de repente, tudo pareceu um pouco mais urgente. Respirei fundo, o ar fresco a encher-me os pulmões, e então virei-me para ela.

"Sabes, há tanto sobre mim que as pessoas acham que sabem", comecei, a minha voz mais baixa do que esperava. "Vêem o tipo atrás do volante, o tipo que faz piadas nas entrevistas, ou que se diverte nas redes sociais. E, sim, isso faz parte de mim. Mas não é tudo de mim."

S/N acenou com a cabeça, os olhos suavizando enquanto me ouvia. Ela sempre ouvia, e isso era uma das coisas que mais adorava. Sem interrupções, sem julgamentos—apenas atenção pura.

"Tenho pensado muito ultimamente", continuei, os dedos distraídos a brincar com uma folha solta. "Sobre como te tornaste uma parte tão importante da minha vida. E... quero partilhar mais de mim contigo. O verdadeiro eu. As partes que talvez não mostro ao mundo. Não quero que haja segredos entre nós."

O olhar dela encontrou o meu, e por um segundo, senti como se o mundo tivesse abrandado. Talvez fosse a calma do lago, ou a forma como a luz do sol cintilava na água, mas tudo o resto desvaneceu-se em segundo plano. Respirei fundo.

"Quero saber tudo sobre ti, S/N. Cada pequeno detalhe. O que te faz feliz, o que te assusta, os teus sonhos, o teu passado, tudo. E, em troca..." parei, reunindo os meus pensamentos. "Em troca, eu conto-te tudo sobre mim. Sem barreiras, sem máscaras. Mostro-te o lado de mim que poucas pessoas conhecem—se é que alguém conhece."

A expressão dela suavizou ainda mais, um lampejo de surpresa misturado com o carinho que sempre esteve presente quando estávamos juntos. Não era comum eu baixar a guarda, mas este momento parecia demasiado importante para qualquer coisa que não fosse honestidade.

"Tu já sabes tanto sobre mim", disse S/N gentilmente, a voz quase num sussurro na quietude do entardecer. "Já te vi nos teus melhores momentos, e já te vi a lutar. Estive lá quando venceste e quando perdeste. Não será isso suficiente?"

Abanei a cabeça, sorrindo ligeiramente. "Não, não é suficiente. Não para mim. Quero saber as pequenas coisas, as coisas estranhas, as coisas que só os teus amigos mais próximos conhecem. Como... a tua memória de infância preferida, a coisa mais aleatória de que já tiveste medo, as pequenas coisas que fazes quando ninguém está a ver."

S/N riu-se; um som suave que me fez sentir leve. "Isso é muita coisa, Lando," brincou, mas os olhos dela brilhavam.

Sorri. "Bem, estou disposto a trocar. Podes perguntar-me o que quiseres. Qualquer coisa mesmo. Serei um livro aberto."

Ela levantou uma sobrancelha. "Qualquer coisa?"

"Sim. Qualquer coisa." Encostei-me para trás, pousando as mãos na terra fresca. "Sabias, por exemplo, que quando era mais novo odiava conduzir?"

A boca de S/N abriu-se de surpresa fingida. "Não acredito. Tu? O Sr. Fórmula 1?"

Ri-me, acenando. "Sim, é verdade. Tinha pavor de conduzir. Entrava em pânico sempre que me sentava ao volante. Mas o meu pai insistiu, e eventualmente, fez-se luz. E agora... bem, já sabes como isso acabou."

Ela sorriu, a mão dela pousando na minha. "Vês, é esse tipo de coisa que quero saber. As coisas reais. As coisas que mais ninguém ouve."

S/N apertou a minha mão, os olhos dela presos nos meus com aquela intensidade que sempre surgia quando estávamos a ter um destes momentos. "Está bem. Feito."

Durante a hora seguinte, falámos—falámos a sério. Partilhámos histórias, memórias, medos e esperanças. Contei-lhe sobre as vezes em que me apeteceu desistir, as vezes em que a pressão quase foi demais, e as vezes em que me senti no topo do mundo. E S/N contou-me as histórias dela também—da infância, dos sonhos, dos momentos que a moldaram na pessoa que estava ali ao meu lado agora.

À medida que as estrelas começaram a aparecer, uma a uma, no céu acima de nós, senti algo mudar entre nós. Não era só o facto de sabermos mais um sobre o outro—era que estávamos mais próximos, como se o laço que andávamos a construir tivesse aprofundado de uma forma que eu não tinha pensado ser possível.

"Suponho que há sempre mais para aprender," disse S/N suavemente, a cabeça dela agora a descansar no meu ombro, o calor do corpo dela uma presença reconfortante contra o ar fresco da noite.

"Sim," concordei, o meu braço a envolver-lhe os ombros enquanto olhava para o céu. "E estou pronto para tudo. Cada parte de ti, cada parte de nós. Aconteça o que acontecer, só quero continuar a partilhar tudo. Juntos."

O vento sussurrou pelas árvores, e pela primeira vez em muito tempo, não estava a pensar na corrida de amanhã ou na próxima temporada. Estava aqui, neste momento, com ela. E parecia a corrida mais importante que alguma vez tinha vencido.


Olá pessoal!Espero que tenham gostado deste imagine.Se tiverem algum pedido, não hesitem em fazê-lo que irei com todo o gosto, amor, carinho e dedicação escreve-lo.

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