Sebastian Vettel- No Vaya A Ser

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Pedido feito pela YasminOliveira364039
Espero que gostes

Tocar Música da Midia!

Vettel POV
Na solidão do meu escritório, rodeado de troféus brilhantes e fotos de corridas passadas, tento me concentrar. O café arrefece lentamente na chávena, e lá fora a luz do entardecer projeta um tom dourado que eu tanto aprecio. Mas, mesmo com este cenário familiar e pacífico, há uma inquietação que me atormenta. Ela - ou melhor, o medo de a perder - consome-me de uma forma que eu nunca pensei ser possível. Quem diria? Eu, que já enfrentei pistas escorregadias, tempestades e adversários ferozes, tenho medo. Medo de a perder, de a ver desaparecer da minha vida, como a borracha que se desfaz no asfalto.

Com S/N, as coisas sempre foram diferentes. Desde o início, ela trouxe um sentido de leveza, uma despreocupação natural que contrastava com a intensidade do meu mundo. Com ela, cada conversa era uma surpresa, um giro inesperado. Ela tem uma forma de ver o mundo que me desafia, me faz rir, e, por vezes, até me faz questionar as minhas próprias certezas. Sei que sou uma pessoa meticulosa, talvez demasiado metódica, e ela, pelo contrário, é uma força imprevisível, um turbilhão de energia que me arrasta e me faz sentir vivo.

Mas agora... Agora, sinto que a cada dia a vejo mais distante. Talvez seja apenas a minha cabeça a pregar-me partidas. Ou talvez seja mesmo real, esse afastamento sutil que surge nas conversas que não temos, nos momentos em que ficamos em silêncio e nos olhamos como estranhos, tentando decifrar algo que já não está lá. O medo, esse sentimento ardiloso, instalou-se, e com ele a dúvida.

"E se ela se for?" - pergunto-me constantemente. A pergunta ecoa na minha mente, numa sucessão interminável. Uma parte de mim quer agarrá-la, quer forçá-la a ficar, a prometer que não me deixará. Mas eu sei que isso seria injusto. Ela é livre, sempre foi. E foi essa liberdade que me cativou.

Numa noite, sentado na sala com a lareira acesa, crio coragem para lhe perguntar o que tanto me atormenta. As chamas dançam e iluminam o seu rosto, mostrando uma expressão que eu já não sei decifrar. Olho-a nos olhos, buscando respostas que talvez não estejam prontos para ser ditas. "S/N," começo, com a voz hesitante, "alguma vez pensaste em... partir?"

Ela fica em silêncio, apenas a observar-me. As sombras na parede parecem mover-se ao ritmo da nossa conversa muda, e o meu coração acelera. Por fim, ela suspira e responde com uma sinceridade crua: "Sebastian, nunca se trata de querer partir. Trata-se de encontrar um lugar onde eu possa sentir-me inteira, e por vezes, não sei se esse lugar está aqui."

As suas palavras atingem-me com a força de um carro em alta velocidade. Fico ali, a olhar para ela, sem saber o que dizer. A insegurança, essa velha companheira, manifesta-se num suspiro pesado. Será que, ao tentar proteger o que temos, eu me esqueci de nutrir o que realmente importa? Será que o meu medo de a perder me impediu de ser o homem que ela precisa?

Nos dias que se seguem, tento reconquistar cada momento com ela, com um carinho renovado, mas a verdade é que não sei se estou a lutar contra algo inevitável. As nossas conversas tornam-se mais profundas, menos superficiais. Tento recordar-me do que nos uniu inicialmente, das risadas partilhadas, dos olhares cúmplices.

Mas então, dou por mim a pensar: será que estou a fazer tudo isto apenas por medo? O medo de a ver partir, de a ver seguir em frente sem mim, consome-me como um fogo lento. Não é a perda em si, mas a ideia de não ter mais aquele brilho dela na minha vida. Porque S/N é como o pôr do sol que estou a ver agora - lindo, mas efémero, sempre a escapar-me por entre os dedos, enquanto eu tento agarrar cada raio.

Começo a entender que o amor é algo que exige liberdade. Que talvez seja mais sobre confiança e menos sobre segurança. E que, por vezes, amar é deixar ir. Esta conclusão não me traz consolo, mas sim um certo tipo de resignação.

Uma noite, estamos a caminhar juntos num parque, e a lua cheia ilumina o caminho à nossa frente. Paro de repente, e ela olha para mim, curiosa. "Sabes, S/N," digo, a voz um pouco embargada, "eu percebi que, se realmente te amo, talvez tenha que aceitar que podes querer seguir outro caminho."

Ela sorri, um sorriso terno e comovido, e agarra a minha mão. "Sebastian, não se trata de querer partir," diz ela, mais uma vez. "Trata-se de encontrar o nosso lugar, e se esse lugar for ao teu lado, então não há razão para me preocupares. Mas se algum dia precisar de ir, espero que entendas."

A sua sinceridade é uma faca que corta fundo, mas também me cura, de certa forma. Ali, sob a luz da lua, percebo que o verdadeiro amor não está em possuir, mas em permitir que o outro seja quem realmente é, sem amarras. Percebo que, por mais assustador que seja, o amor exige uma entrega que vai para além do medo, uma entrega que nem sempre se traduz em certeza, mas em confiança.

E, assim, ao lado dela, na tranquilidade da noite, encontro finalmente alguma paz. Ela está ali, ao meu lado, agora, e isso basta. Não sei o que o futuro reserva, mas sei que estarei pronto. Porque amar S/N é isso: é viver com o risco, é sorrir apesar do medo, é segurar a sua mão sabendo que, um dia, talvez ela parta. E, se partir, espero que leve consigo um pouco de mim, como eu sempre guardarei uma parte dela.

Naquele momento, com a brisa a acariciar-nos e o silêncio a envolver-nos, compreendo que nunca fui realmente dono de nada, e muito menos dela. Ela é uma força da natureza, como o vento que passa, como a chuva que cai. Eu tive a sorte de a ter ao meu lado, por um instante ou por uma vida inteira, e isso... isso é tudo o que realmente importa.

Olá pessoal!
Espero que tenham gostado deste imagine.
Se tiverem algum pedido, não hesitem em fazê-lo que irei com todo o gosto, amor, carinho e dedicação escreve-lo.

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