Capítulo 2 - Pessoas do mesmo tipo

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Esta era a primeira vez em anos que eu estava me distanciando seriamente de alguém, além da minha avó.

Quanto tempo passou desde que fiz algo assim? Foi há algum tempo, sim.

Lembro-me exatamente do dia em que minha melhor amiga revelou seus sentimentos românticos por mim porque não conseguia suportar em me ver flertar com outra garota legal na escola. Com medo que eu me interessasse por alguém e esse pessoa me levasse embora, ela tomou iniciativa. Mas sem um momento de consideração, eu a rejeitei.

Ela ficou arrasada e humilhada e, eventualmente, desapareceu completamente da minha vida.

Eu estava no meio da loja, entediada, e estava claro que ninguém estava me pagando para fazer esboços.

Talvez porque eu tivesse muito tempo livre, mas não conseguia parar de pensar na garota que tratei de forma tão fria antes.

Honestamente, estou preocupada com ela. Será que ela se sentiu tão mal quanto minha amiga?

E se ela desaparecesse e fizesse algo de errado consigo mesma?

Minha ansiedade aumentou à medida que meus pensamentos aumentavam cada vez mais rápido, e era cada vez mais difícil para mim ficar quieta. Por que essa pessoa que acabei de conhecer tinha um efeito tão poderoso sobre mim?

Não fazia sentido ficar ali por mais tempo, então comecei a empacotar minhas coisas. Justo quando estava prestes a sair, alguém falou:

- Khun Nueng, é você? - Parei meus passos quando reconheci aquela voz.

Virei-me lentamente para ver se era a pessoa em quem estava pensando.

- Chet.

- É realmente você.

Chet era meu ex-noivo, cuja orgulho foi destruído quando eu desisti do casamento.

Quando olhei para ele novamente, não pude deixar de sentir uma pontada de culpa por minhas ações passadas.

Uma leve pontada.

- O que te traz por aqui? - perguntei curiosa, me perguntando por que ele estava lá naquele mercado central em vez de em algum lugar mais apropriado para um filho de governador. Parecia que ele não estava apenas olhando para mim, mas também para os meus pertences.

- Estou fazendo uma campanha para as próximas eleições.

- Ainda estamos tendo eleições? - Ofereço uma resposta animada, mas estou começando a ficar impaciente. - Ah, por isso te encontrei aqui. Tudo bem, preciso ir agora. Adeus.

Quando estava prestes a sair, de repente ele me segurou pelo braço e disse

- Khun Nueng, espere só um segundo. - Mas assim que olho nos olhos dele, ele me solta. - Me desculpe.

- Há mais alguma coisa?

- Estou feliz por te ver.

- Você está feliz? - Eu estava muito desconcertada. - Depois de como te tratei? Devia fazer com que o assassino que seu pai contratou me mate em vez disso. Uma risada calma escapou da boca de Chet ao ouvir isso.

- Não te odeio, nem um pouco.

- Apenas me odeie. Isso fará com que eu me sinta melhor. Não pude evitar sentir que deveria desprezar-me em vez de ter essa conversa amigável.

Se me lembro bem, tivemos que sair por um tempo antes de nosso casamento, por pedido de nossas famílias. Ele era um cara decente, e sabia que tinha fortes sentimentos por mim.

No entanto, independentemente de quão boa uma pessoa seja, ninguém é digno.

- Nunca te odiei, de verdade. Na verdade, estou feliz em te ver aqui. Além disso, por favor, aceite isso - tira algo do bolso assumindo o que era o objeto. - Meu cartão.

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