Capítulo 36 - Aquela com o coração e a outra

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Agora que penso nisso, a vida é divertida. Achei que nunca mais encontraria a família de Chet nessa vida porque os envergonhei publicamente. No entanto, nesse momento eu estava enfrentando o ex-primeiro ministro, que era o pai de Chet. Ele evitava contato visual porque não conseguia aceitar o fato de seu filho ter dito...

- Eu realmente amo Khun Nueng.

Ele fez um som com a garganta para deixar claro que não tinha intenção de manter suas boas maneiras comigo. Fiquei parada como se não me importasse, como sempre. Assistir Chet se jogar assim me pareceu divertido.

Havia outra pessoa sentada ao meu lado, parecendo mal-humorada quando seu pai dizia repetidamente o quanto me amava.

- Você não aprendeu nada com o que aconteceu?

A mãe de Chet disse isso enquanto olhava em outra direção, assim como o marido. Para ser honesta, acho que Chet deveria ouvir sua família. Por que amar a pessoa que fugiu de um casamento onde era noiva? Eu insultei seriamente a família dele.

E eu também tinha um relacionamento com a filha dele... Mas isso era algo que Chet ainda não sabia.

- Foi um casamento cego então. Khun Nueng não me conhecia bem o suficiente naquela época. Mas agora estamos mais próximos. E A-Nueng realmente a ama e ela ama muito A-Nueng também.

Nesse ponto, os avós olhavam para A-Nueng como se quisessem a confirmação dela. No entanto, A-Nueng simplesmente permaneceu em silêncio.

- Como A-Nueng e Khun Nueng se tornaram próximas?

Mesmo que o ex primeiro ministro não gostasse de mim, ele ainda me chamou - Khun Nueng

- Foi o destino.

A-Nueng interrompeu, como se quisesse contar sua história. Isso encorajou Chet a continuar persuadindo seus pais.

- Você vê o quanto A-Nueng ama Khun Nueng? Acho que será bom se você nos der a oportunidade de...

- Minha cabeça está doendo - O ex primeiro ministro interrompeu a conversa e não permitiu que Chet continuasse a falar. - Vou me deitar um pouco

- Vamos falar sobre isso mais tarde.

E os avós partiram, nos deixando para trás. Cruzei os braços sobre o peito e me encostei na cadeira. Olhei para Chet, que parecia desapontado porque seus pais não tentaram entendê-lo.

- Eu te disse que era inútil, mas você insistiu que faria isso acontecer. O resultado é o que eu esperava.

Eu ri com indiferença quando A-Nueng soltou um sorriso ao ver que seus avós discordavam do seu pai.

- Não me importa.

- O que?

- Mesmo que meus pais sejam contra, vou sair com você.

- Você já faz isso há algum tempo. Já te disse que vou namorar ou me casar com você?

- Mas você não protestou.

- Não fiz isso porque sabia que seus pais nunca concordariam com isso. Além disso... você não se tornará primeiro ministro. - Dei de ombros e olhei na direção de A-Nueng.

- E você já perguntou para sua filha se estaria tudo bem ela me ter como madrasta?

- Claro que seria. Ela te ama. Se nos casarmos, ela será sua filha.

- Eu nunca disse que quero ser filha da tia Nueng. - A-Nueng disse isso com severidade, pois ela parecia ter perdido toda a sua paciência com o pai. - E agora eu quero voltar para Bangkok. Não é mais divertido aqui.

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