Capítulo 37 - O presente

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- Nueng.

- Sim?

- Vamos conversar sobre isso?

Segui A-Nueng até o banheiro e cruzei os braços sobre o peito enquanto olhava para a garota sob meus cuidados, a filha da minha amiga e o homem próximo de ser meu noivo. A garota sabia sobre o que eu queria falar, mas apenas me deu um amplo sorriso com indiferença.

- Estou fazendo isso porque você tem medo que alguém suspeite de algo se eu for muito apegada a você e não namorar ninguém. Estou namorando alguém agora. Meu pai e minha avó não vão suspeitar de nada.

- O Folk sabe que você está usando ele?

...

- Isso não é nada agradável, A-Nueng.

Balancei a cabeça para mostrar minha desaprovação. Brincar com os sentimentos de alguém era egoísmo. Se você não gosta da pessoa, não deveria dar esperança ou usá-la fazendo algo assim.

- Folk concordaria com isso. É benéfico para todos. Ele está feliz em sair comigo e eu posso usá-lo como meu namorado falso quando na realidade... - A-Nueng caminhou até mim e entrelaçou os dedos em volta da minha mão para mostrar que falava sério. - Estou com outra pessoa.

Agarrei a mão de A-Nueng e apertei com força enquanto balançava a cabeça.

-Isso não está certo. Como sua tutora que irá prepará-la para ser uma dama perfeita, não posso permitir que você machuque alguém para seu próprio benefício. - Afastei a mão de A-Nueng de mim para mostrar o quão sério eu estava falando sobre isso. - Vamos procurar outra solução. Não faça isso.

- Que solução melhor temos? Não vou deixar você sair com meu pai.

- Eu nunca disse que namoraria seu pai. Eu já o rejeitei. E quero que você faça o mesmo com Folk.

- Ah... -A-Nueng inclinou um pouco a cabeça e me olhou maliciosamente. - Ou você está realmente com ciúmes.

- Pare de perder tempo. - Abri bem os meus cinco dedos antes de empurrar o rosto da garota. - Estou falando sério. Termine com ele e confesse que...

- Estou apaixonada por você? Está tudo bem.

Dei à garota uma expressão entediada enquanto ela usava um tom tão alto que era como se ela estivesse no topo de uma montanha.

- Você sabe o que eu quero dizer.

- Pare de fazer esse barulho.

- Me beije e eu paro

- Absurdo.

Tentei não sorrir enquanto A-Nueng continuava a me dar seu lindo sorriso. Eu apenas suspirei e me inclinei para beijá-la na boca. Para ser sincera, nunca pensei que faria algo assim. Nunca pensei que adoraria alguém tão mais jovem do que eu a ponto de beijá-la em um lugar público. Isso não era nada parecido com Sippakorn.

- Ah...

Esqueci que estávamos em um banheiro público. E como não fui cuidadosa o suficiente para verificar se havia mais alguém aqui, parecia que outra cliente ouviu e viu tudo. Eu poderia dizer pela vermelhidão em suas bochechas quando ela saiu rapidamente, sem sequer lavar as mãos.

- Ela nos viu?

- O que você acha?

- Brilhante.

- E agora?

- Pelo menos alguém sabe que nos amamos de verdade.

Eu quero que todos saibam disso. Mas acontece que o mundo inteiro inclui a minha avó, a minha mãe e também o meu pai... É melhor que eles não saibam disso. Estou feliz do jeito que está. Manter isso em segredo é emocionante. Ha ha

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