Capítulo 1 - Nova Perspectiva

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P.O.V Narrador

— Às 8h00, reunião com os investidores das Empresas Avery. Às 09h30, conferência com os investidores do Japão. 14h30, reunião com o Conselho, pauta: Inovações no Mercado Hospitalar. Agenda repassada, tudo ok. — disse Meredith, aliviada, enquanto fechava sua agenda com um suspiro de satisfação.

Às 7h30 daquela manhã chuvosa de quinta-feira, Meredith seguia para o seu trabalho na empresa de gestão de serviços hospitalares mais renomada do Rio de Janeiro, a Montgomery's Corporation. Repassava sua agenda do dia anotada em seu tablet, sentada no banco traseiro do Civic preto guiado pelo motorista particular da dona da empresa.

— Richard, por favor, vá mais depressa. Tenho uma reunião em 30 minutos. — Pediu, ansiosa.

— Sim, senhorita Grey. — Respondeu Webber, acelerando o carro.

Mas ele mal teve tempo de acelerar e logo parou num congestionamento.

— O que houve, Richard? — Perguntou Meredith, impaciente.

— Está tudo parado, senhorita. Não sei o motivo. Provavelmente por causa da chuva.

— Ah, não! Não podemos parar. — Ela exclamou, frustrada.

— Me desculpe, senhorita. Temos que esperar — disse, resignado.

Meredith olhava impaciente para o relógio no pulso esquerdo. Observava ao redor tentando encontrar uma brecha, mas a chuva caía fortemente. Olhou para um dos lados da rua quando avistou uma caixa de papelão se movimentando na calçada. Intrigada, observou atenta, até ver orelhinhas se movendo dentro da caixa.

Deu um salto no assento e abriu a janela do carro. Foi quando se deu conta de que eram filhotinhos de gato abandonados. Num rompante, abriu a porta do carro, para desespero do motorista.

— Senhorita, aonde vai? A via já foi liberada, devemos partir! — Webber gritou em vão.

Grey correu até a calçada e rapidamente retirou seu blazer cinza, colocando-o sobre a caixa para abrigar os filhotes.

Quando percebeu a movimentação dos carros e as buzinas protestando pelo seu carro parado, correu de volta para dentro do veículo com a caixa nos braços.

— O que houve, senhorita? — Perguntou arregalando os olhos.

— São gatinhos, Richard. Como alguém tem coragem de abandonar os bichinhos assim, ainda mais nessa chuva?! Que absurdo! — Meredith disse, olhando consternada para os filhotes.

Webber olhava incrédulo e confuso para ela.


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— Não, eu não estou interessada em publicações de jornais para o marketing... Não senhora, a nossa empresa trabalha com fins lucrativos, queremos visibilidade nas redes sociais... Sim, eu sei que podemos ajudar, mas não o faremos. Temos um evento todos os anos que pode ser publicado aí, mas é apenas isso. Se a senhora tiver interesse em participar, inscreva a sua instituição em nosso site. Passar bem. — Addison desligou o telefone, exasperada. — Eu não acredito que me passaram essa ligação! — Sem largar o telefone, ela apertou o botão de chamada para sua secretária. — Senhorita Callie, por favor, não transfira mais esse tipo de ligações para mim. O setor de Relações Públicas está aqui para isso. Esteja avisada!

A porta da sala se abriu num rompante.

— Addison! — Um homem alto de cabelo moreno, bem apessoado e muito alterado entrou com papéis em mãos. — Addison, por que você autorizou o contrato com aquela empresa mercenária dos Estados Unidos?

My Boss | MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora