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18 de abril de 2007, quarta-feira.
A luz do sol vindo da janela aberta do quarto estava começando a despertar Aki, ele já estava se esticando pela cama quando sentiu um frio imenso no corpo, respirou fundo antes de abrir os olhos e perceber que deixou a janela aberta noite passada.Pelo menos não nevou durante a madrugada, até porque a primavera já estava chegando em umas duas semanas. Então, mesmo apesar do frio, o quarto de Aki não está cheio de neve impregnando o local.
Aki se levanta e vai fechar a janela, sentindo ainda mais frio com o vento gelado correndo pra dentro do quarto.
Depois de algum tempo, Aki já estava quase pronto pra ir pra Hardrove, ele estava na cozinha, distraído no celular enquanto tomava no café da manhã.
Até que uma notícia no celular dele chama a sua atenção, era um desaparecimento, em Helsinki.
Pelos trechos da notícia, Aki percebeu que já havia sido noticiado outros desaparecimentos, na própria notícia está escrito que esse é o quarto desaparecimento nas últimas três semanas, e isso não era pra ser normal.
Aki se lembra de ter visto alguns panfletos de pessoas desaparecidas na rua enquanto andava pela cidade nos dias anteriores.
Aki desliga o celular e começa a pensar em quando a avó de Otto e o Tio Joe vão perceber o desaparecimento de Arttu e Otto também.
Mesmo que, bom, se isso acontecer, tudo está planejado pra que Arttu e Otto voltem logo. Aki instintivamente levantou o olhar em busca do calendário, mas desistiu no meio do pensamento e foi olhar no celular mesmo.
Qui., 18 de abr.
O dia finalmente havia chegado, tudo estava bem planejado, é pra ser fácil, nada dar errado. Chegar lá, enfrentar alguns obstáculos, pegar Arttu e Otto, sair dali e voltar a suas vidas normais como se nada tivesse acontecido desde então.
Mas, por algum motivo, Aki começou a ficar nervoso, parecia que o quanto mais ele pensava sobre isso, mas o sentimento de que alguma coisa estava errada crescia dentro dele, e ele não sabia o porquê.
Aki só espera que seja só um pressentimento, tipo os que Arttu tinha, mas quando ele pensou mais sobre isso, ele percebia que quase sempre Arttu tinha razão, e algo acontecia.
Era difícil afastar esse pensamento, coisas assim são complicadas de tirar da cabeça de uma pessoa que está provavelmente colocando sua vida, e de pessoas que ele gosta, em risco. E que risco.
Aki sabe que se alguma coisa acontecer com qualquer um deles, seus amigos, vai ser parcialmente culpa dele, e ele não é de se perdoar tão fácil.
Aki parece ser duro por fora, e realmente ele é, mas dependendo da situação Aki pode ficar vulnerável, tanto fisicamente quanto emocionalmente, mesmo que isso não aconteça constantemente.
Agora, Aki e Nullie estão na aula do Clarke, sentados um do lado do outro como na última vez, perdidos nos pensamentos enquanto Clarke explicava aos poucos alunos que estavam na aula.
Devido às mortes que aconteceram pela De Justitie e o desaparecimento de pessoas, alguns pais preferiram que seus filhos não fossem pro colégio. Bom, pais são pais.
- "Em algum lugar, alguma coisa incrível está esperando para ser descoberta". Algum de vocês pode me dizer quem foi o homem que disse isso? - Pediu Clarke, olhando pra alguns alunos da sala.
Ninguém respondeu, como de costume, e alguns alunos até se viraram pra olhar pra Aki e Nullie, como se estivessem esperando o óbvio acontecer.
- Dunna? - Perguntou Clarke.
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A Guerra Dunna: A história de Herdeiros
FantasiaTudo começou a acabar em 1307, quando uma raça de pessoas com dons mágicos capazes de controlar forças da natureza morreram em uma guerra travada contra os humanos, que durou 3 dias. Agora, 700 anos depois, um jovem garoto chamado Aki Rinne, começa...