06 | isso é chamado de destino

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A manhã estava clara e ensolarada enquanto eu, Amanda e Elisabeth caminhávamos até uma loja de tecidos no centro da cidade

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A manhã estava clara e ensolarada enquanto eu, Amanda e Elisabeth caminhávamos até uma loja de tecidos no centro da cidade. Era uma das lojas mais famosas da região, com uma vasta seleção de materiais que deixariam qualquer designer de moda sonhando. Eu estava um pouco nervosa por conta da tarefa, mas tentava disfarçar, já que não queria dar muita importância ao trabalho com Viktor.

Ao chegarmos à loja, fomos recebidas pelo cheiro característico de algodão e linho recém-abertos e por uma variedade de cores e texturas que pareciam se estender para sempre.

— Nunca pensei que veria você tão concentrada em um projeto, Evelyn — Amanda comentou com um sorrisinho, cutucando meu ombro enquanto observávamos as prateleiras.

— Nem eu! — Elisabeth acrescentou, segurando o riso. — Sabe, com tantos jogadores no time, você acabou com o Viktor. Só isso já deveria ser motivo para te deixar mais animada, não?

__ isso é chamado de destino __ Amanda completa.

Revirei os olhos, afastando-me um pouco das duas para examinar alguns rolos de tecidos. — Vocês sabem que ele é insuportável, certo? O último tipo de pessoa com quem eu gostaria de passar meu tempo.

Elisabeth deu de ombros, tentando conter a risada. — Sei, sei… mas ele também é muito bonito, Evelyn. Você realmente vai ficar sozinha com ele nas provas do terno?

Olhei para ela, tentando esconder meu incômodo. — Não que eu queira, mas sim, acho que vai ser só eu e ele. Mas é só trabalho. Não é como se ele fosse me impressionar com a conversa dele ou algo assim.

Amanda riu. — Parece que alguém está na defensiva. Vai que ele te surpreende, Evelyn?

Eu suspirei, tentando manter o foco nos tecidos. Por mais que Viktor tivesse algo... intrigante, era irritante saber que ele tinha o dom de despertar esse tipo de atenção. Não queria me deixar levar pelas provocações de Amanda e Elisabeth.

— Vamos focar no trabalho, por favor? — retruquei, tentando ser prática. — Eu preciso encontrar o tecido perfeito. Algo sofisticado, mas que também seja confortável para ele. E, claro, algo que destaque o terno e o torne único.

— Certo, senhorita profissional — Amanda zombou, mas logo se aproximou para me ajudar a escolher. — E qual cor você está pensando?

Peguei um rolo de tecido cinza escuro e o mostrei para elas. — Estava pensando em algo assim, talvez um tom de cinza mais escuro ou até preto, para combinar com o estilo dele. Viktor parece do tipo que prefere algo mais clássico.

Elisabeth examinou o tecido e assentiu, pensativa. — Concordo. Esse cinza tem classe, mas ao mesmo tempo, não tira o foco de quem o usa. Ele vai gostar.

Amanda riu de novo, inclinando-se para me provocar. — Eu gosto dessa dedicação toda. É o Viktor que te faz ficar assim? Porque nunca vi você levar outro projeto tão a sério.

Revirei os olhos, pegando outro rolo, dessa vez um tecido preto com um toque aveludado. — Estou levando a sério porque é o que faço, Amanda. Não tem nada a ver com ele.

— Claro, claro — ela respondeu, mas o sorriso malicioso ainda estava lá. — Só que, se eu fosse você, talvez caprichasse um pouco mais. Sabe, impressioná-lo pode ser interessante...

Antes que eu pudesse responder, uma vendedora se aproximou, oferecendo ajuda. Explicamos a ela o que estávamos procurando, e ela logo trouxe uma seleção ainda mais refinada. Olhei para os tecidos, imaginando o que Viktor pensaria de cada um deles.

Enquanto tocava um dos tecidos mais macios, Elisabeth soltou um comentário casual: — Se ele souber que você escolheu tudo com tanto cuidado, Evelyn, ele vai ficar impressionado, com certeza.

Senti meu rosto esquentar um pouco, mas me recusei a mostrar qualquer reação. — Ele provavelmente nem vai perceber a diferença. Viktor não parece o tipo que se importa com os detalhes.

— Talvez você se surpreenda — Amanda respondeu com um sorriso enigmático. — E se ele perceber que você escolheu o melhor para ele? Ele pode até agradecer.

— Eu só espero que ele goste, porque não quero ter que refazer nada para alguém tão difícil de agradar. — Falei com um toque de exasperação, tentando encerrar o assunto.

Depois de um tempo, finalmente encontramos o tecido perfeito: um veludo preto elegante, mas leve, que combinava perfeitamente com o estilo que eu tinha em mente.

— Pronto. Acho que esse aqui vai dar o toque sofisticado que eu estava buscando — falei, aliviada.

Amanda e Elisabeth concordaram, e fomos até o caixa para finalizar a compra.

Corações GeladosOnde histórias criam vida. Descubra agora