Evelyn Bianchi, uma estudante italiana de moda, sempre viveu no luxo, com o mundo a seus pés. Mas, por trás da imagem de patricinha está uma garota determinada a desafiar as expectativas de todos ao seu redor. Quando suas notas em física ameaçam seu...
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O sol já se levantava, lançando uma luz dourada sobre a praia enquanto eu olhava pela janela do meu quarto no resort. O aroma do mar e a lembrança das nossas noites ainda estavam frescos em minha mente, trazendo à tona uma mistura de emoções que eu mal conseguia nomear. Evelyn e eu havíamos compartilhado momentos inesquecíveis, e agora estávamos prestes a voltar para casa, onde a realidade nos aguardava.
Ouvindo o som de risadas e conversas da corredor, percebi que Evelyn já havia acordado. O coração apertou um pouco ao pensar em deixá-la, mesmo que fosse apenas por um tempo. Não importava o quanto tentássemos ignorar, a vida que tínhamos antes daquela viagem ainda estava lá, esperando por nós. Levantei-me da cama, me vesti rapidamente. Assim que saí do quarto, senti um frio na barriga ao imaginar como seria nossa volta.
A imagem de Evelyn de pé na varanda, olhando para o mar, me paralisou. Ela parecia uma deusa, com o cabelo loiro solto, ela usava um vestido branco com várias flores azuis estampadas nele. A maneira como a luz refletia em seu rosto fazia meu coração acelerar, e eu me lembrei de cada momento que passamos juntos. O que vivemos naquelas semanas era indescritível, e eu estava determinado a levar isso comigo de volta.
— Bom dia — disse a abraçando, tentando esconder a admiração na voz.
Ela se virou retribuindo o abraço e sorriu, um sorriso que iluminava seu rosto e aquecia meu coração.
— Bom dia, Viktor! Não consigo acreditar que já é hora de ir embora.
Ela parecia um pouco triste, e eu entendi perfeitamente. Eu também estava relutante em deixar para trás o que construímos. No entanto, a vida não parava por causa de nossas emoções.
— A vida nos aguarda, Evelyn. Mas não se preocupe, ainda teremos muitas aventuras pela frente. — Tentei soar otimista, mas eu mesmo sentia um nó na garganta.
Tomamos um café da manhã leve e, enquanto comíamos, conversamos sobre os planos para o futuro. Havia um brilho em seus olhos quando falava sobre seus sonhos e esperanças, e cada palavra dela ecoava em meu coração. Era incrível como ela conseguia transformar uma simples refeição em um momento mágico.
Depois do café, decidimos dar um último passeio pela praia antes de partirmos. A brisa do mar acariciava nossos rostos, e o som das ondas quebrando na areia trazia uma sensação de paz. Caminhamos lado a lado, nossos dedos quase se tocando, e havia uma sensação de familiaridade crescente entre nós. Cada passo que dávamos na areia me fazia perceber que, apesar de voltarmos para a realidade, algo havia mudado irrevogavelmente em nós.
No caminho de volta para o hotel, meu celular vibrou no bolso. Era uma mensagem de uma amiga antiga, Lena, que eu não via há anos. Ela estava na cidade e queria se encontrar comigo. Um misto de emoções me invadiu ao pensar em vê-la novamente. Lena havia sido uma parte importante da minha vida em um período turbulento, mas, ao mesmo tempo, seu retorno trazia à tona lembranças que eu preferiria manter enterradas.
