Urso

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Malia Blake POVs

Acordei com o som suave da movimentação na prisão. Era sempre assim: barulho distante de conversas e o abrir de portas, mas já tinha me acostumado. A rotina não era mais tão estranha, nesses três dias já me acostumei.

Levantei-me, arrumei rapidamente minha cama, calcei meu all star vermelho e fui até o corredor. Ele estava ali, já esperando, encostado na porta da cela, com o cabelo caindo sobre o rosto e aquele chapéu grande que parecia um pouco engraçado para alguém tão jovem.

— Bom dia, Carl — falei, dando um sorriso.

— Bom dia, Malia. Vamos tomar café?

Seguimos juntos até o refeitório improvisado, onde as pessoas já se reuniam. Rick, Daryl, Glenn, Betty e até Judith, em seu jeitinho curioso, estavam lá. Carol preparava a mesa com o café da manhã, e o aroma de pães frescos e geléia se espalhava pelo ar.

— Olha, tem geleia! — Carl disse, apontando para o pote.

— Hmm, é minha favorita — brinquei, pegando uma fatia de pão.

— Vocês estão sempre de olho na comida — Daryl comentou, com um sorriso maroto. — Só não se esqueçam de deixar um pouco para o resto de nós!

Glenn riu e disse: — Eu só quero saber quem vai ganhar a competição de quem come mais rápido hoje.

— Eu estou dentro! — Betty exclamou, levantando a mão. — Preparem-se para perder!

Rick se juntou à conversa, sacudindo a cabeça em descrença. — Na verdade, eu gostaria que vocês se comportassem e ajudassem a preparar as coisas para a limpeza mais tarde. Precisamos que todo mundo esteja pronto.

Depois de um café da manhã repleto de risadas e conversas, pedi licença e voltei para minha cela. Peguei minha mochila, que estava no canto, e comecei a organizar algumas das minhas coisas. Tirei meus livros, algumas roupas... e, por fim, puxei o Boo, meu ursinho de pelúcia, que mantinha sempre comigo. Ele era velho, um pouco desgastado, mas era especial.

Carl apareceu na porta no mesmo instante, me observando.

— Isso é... um ursinho de pelúcia? — ele perguntou, tentando segurar um sorriso. — Você já não é muito velha pra isso?

Ri e abracei o Boo, sem me importar com o que ele achava.

— Boo era meu bichinho de estimação antes de tudo isso — expliquei, segurando o ursinho com carinho. — Ele me lembra da minha mãe. Carrego ele pra onde vou.

Ele fez um aceno de cabeça, como se entendesse.

— Legal. Deve ser bom ter uma lembrança assim.

Guardei Boo com cuidado em minha cama e olhei para Carl, que parecia um pouco pensativo.

— Ei, quer ir até a torre de vigia? — ele perguntou, me tirando dos meus pensamentos.

Assenti e o segui. Subimos a torre, e, assim que chegamos ao topo, uma brisa suave passou por nós, fazendo meu cabelo voar um pouco. A vista era espetacular: a prisão cercada por uma vegetação verde e vibrante, o céu azul claro acima de nós.

Sentamos na borda, lado a lado, e eu respirei fundo, sentindo a liberdade momentânea que aquela altura proporcionava. Senti um olhar sobre mim, quando virei era Carl me olhando. Quando perguntei, ele desviou o olhar rapidamente, mas não antes de eu perceber o pequeno sorriso que ele escondia.

— Por que você estava me olhando? — perguntei, provocando.

— Eu... eu não tava — ele respondeu, meio sem jeito, o rosto corando um pouco.

Ri, cutucando-o de leve no ombro.

— Claro que estava. Vai, admite!

Ele deu de ombros, tentando esconder a vergonha, e resolvemos mudar de assunto. Começamos a discutir sobre heróis dos quadrinhos, argumentando sobre quem era melhor: Homem-Aranha ou Batman. Carl defendia o Batman, falando sobre como ele usava a inteligência e habilidades ao invés de superpoderes, mas eu argumentava que o Homem-Aranha era mais divertido e próximo de pessoas comuns.

— Nada supera o Batman — ele disse, cruzando os braços.

— Aham, tá bom, Carl — revirei os olhos, mas com um sorriso.

A discussão continuou até que começamos a rir das nossas próprias opiniões. Fomos brincando um com o outro, provocando, até que o sol começou a descer um pouco no céu, sinalizando que era hora de voltar.

Descemos da torre e encontramos Maggie, que nos chamou para ajudar na limpeza da área próxima. Ela estava organizando a equipe e nos agradeceu por nos juntarmos a ela.

— Precisamos limpar a área dos zumbis, e eu poderia usar mais mãos. Vocês conseguem?

— Claro, estamos prontos — Carl disse, animado.

Fomos juntos até a área infestada e, com os outros, começamos a trabalhar. A tensão era palpável, mas estávamos prontos. Com cada zumbi que encontrávamos, a adrenalina aumentava. Eu usei um bastão que encontrei no chão para dar algumas pancadas nos que se aproximavam, enquanto Carl lutava com sua faca, rápido e preciso.

A luta foi intensa, mas conseguimos limpar a área, e o trabalho em equipe tornou tudo mais fácil. Ao final, suados e cansados, fomos até a prisão novamente.

— Bom trabalho, vocês! — Maggie elogiou, enquanto limpávamos os últimos vestígios da luta.

— Agradecemos! — respondi, sorrindo, e Carl fez uma pequena reverência, o que nos fez rir.

Depois da atividade, o cheiro do almoço começava a invadir o ar. Carol já estava preparando tudo, e logo a refeição foi servida. Nos sentamos novamente com o grupo, e a comida estava deliciosa. Comi um prato cheio de macarrão que Carol fez, enquanto conversávamos sobre a luta e como a equipe estava se saindo bem.

Após o almoço, Carl me puxou para o pátio. Ele sugeriu que fôssemos brincar um pouco com Judith. Carl adorava a irmã e parecia gostar de mostrar suas habilidades de "irmão mais velho" ao entretê-la.

— Olha, Judith! — Carl disse, fazendo uma careta que a fez rir. — Venha aqui!

Passamos um bom tempo brincando, fazendo-a dar risadinhas e se divertindo. Judith corria de um lado para o outro, e Carl e eu nos alternávamos entre brincar de esconde-esconde e fazer caretas, arrancando risadas dela e também de nós.

Depois de um tempo, estávamos cansados e decidimos voltar para as celas. Pegamos algumas HQs para ler. Ele abriu sua caixa de quadrinhos e escolhi do Homem-Aranha , enquanto ele pegava outra do Batman. O dia foi longo, mas cheio de pequenos momentos que tornaram tudo mais leve, como se a vida tivesse pausado, só por um instante.

 O dia foi longo, mas cheio de pequenos momentos que tornaram tudo mais leve, como se a vida tivesse pausado, só por um instante

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01: OIOI, seis tão bem? Por que eu tô pessima

02: Eu não aguento mais escrever essa história rsrs, quero que acabe logo, olha que nem comecei a descrever os assuntos da série ainda.

03: Eu comecei a escrever outra história do Carl, vão lá dar uma olhada.

04: ACABA LOGOOOOOOO KAKAKAK, tô brincando.

05: Voces tão gostando da história? Me respondem para eu saber!

My refuge.- Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora