Laços e amizades

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Malia Blake POVs

Acordei lentamente, com a luz do sol filtrando-se através das pequenas janelas da cela. O espaço era simples, mas ao mesmo tempo acolhedor. Minha mochila estava encostada ao canto, e a cama de beliche, embora um pouco dura, me ofereceu um descanso bem-vindo após dias de cansaço.

A primeira coisa que percebi foi o silêncio que reinava no ambiente, quebrado apenas pelo som distante de conversas e risadas que vinham de fora. O cheiro da comida caseira flutuava no ar, e meu estômago roncou, lembrando-me que não havia comido muito na última vez que estava com Daryl e Glenn.

— Malia? — a voz de Carl me tirou dos meus pensamentos. Ele estava parado à porta da cela, seu olhar amigável e preocupado. — Você está acordada?

— Sim... — respondi, esfregando os olhos para clarear a mente. — Eu dormi bastante, não é?

— Quase o dia todo! — ele disse com um sorriso. — Estava preocupado com você. Rick estava perguntando se você queria comer alguma coisa.

— Eu estou com fome, na verdade — admiti, levantando-me da beliche e esticando os braços. — O que vocês têm?

— Vamos lá, eu vou te mostrar! — Carl disse, animado, como se levar alguém para o refeitório fosse uma grande aventura. Ele abriu a porta e eu o segui, sentindo uma onda de nervosismo e excitação.

Assim que entramos no refeitório, o ambiente estava cheio de vozes, risos e a sensação de uma comunidade viva. Daryl e Glenn estavam em uma mesa, e, ao me verem, ambos acenaram, sorrindo. Havia também várias pessoas ao nosso redor, algumas delas com expressões amigáveis, outras mais reservadas.

— Malia! — Glenn gritou, levantando-se. — Que bom que você acordou! Você vai gostar da comida aqui.

— Tem certeza? — perguntei, um pouco receosa.

— Com certeza! — Daryl garantiu, se aproximando. — Temos tudo o que você precisa.

Enquanto caminhávamos em direção à mesa, Carl começou a me explicar sobre as pessoas que estavam ali. Ele apontou para uma mulher de cabelos curtos branco que estava preparando comida e para o senhorzinho que estava sentado conversando com um grupo.

— Aquela é a Carol. Ela é ótima na cozinha — disse Carl, com um sorriso. — E aquele ali é o Hershel. Ele sabe tudo sobre plantas e curas.

— Legal! — eu respondi, animada.

Chegamos à mesa e nos sentamos. Logo, Carol trouxe uma bandeja com um prato de comida quente. O cheiro era maravilhoso, e eu senti meu estômago roncar novamente. Tinha arroz, carne e cenoura, mas que delícia!

— Aqui está! — Carol disse, colocando a bandeja na minha frente. — Espero que você goste!

— Obrigada! — respondi, olhando para a comida com gratidão.

Assim que comecei a comer, Carl me observava, e logo ele começou a me fazer perguntas.

— Então, Malia, como você chegou até aqui? — ele perguntou, curioso.

— Eu... eu estava sozinha. A vida antes disso era complicada — eu disse, hesitante. — Eu perdi uma pessoa, não gosto de lembrar disso...

— Sinto muito — Carl respondeu, sua voz cheia de empatia. — Eu também perdi pessoas que amo.

O silêncio caiu sobre nós por um momento, e eu senti um vínculo se formando entre nós. O mundo fora da prisão era caótico, mas ali, cercada por pessoas que entendiam o que eu havia passado, era um pouco mais fácil de suportar.

— Mas agora você está aqui — Carl disse, quebrando o silêncio. — Você não precisa ficar sozinha.

— É verdade. — eu sorri, sentindo uma nova esperança. — Eu estou começando a perceber isso.

Enquanto conversávamos, Carl se virou para mim e disse:

— Ah, você ainda não conhece a Maggie! Ela é... bem, ela é a namorada do Glenn.

Ele apontou para uma jovem com cabelos castanhos e um sorriso radiante, que estava do outro lado da mesa. Ela acenou e sorriu para mim, e eu senti uma onda de calor e aceitação.

— Oi, Malia! É ótimo te conhecer! — Maggie disse, com uma voz calorosa.

— Oi! É bom conhecer você também! — respondi, sentindo-me um pouco mais à vontade.

— E tem também a Beth — continuou Carl. — Ela estava por aqui mais cedo, mas deve estar ajudando em alguma coisa. Ela é uma cantora incrível!

— Cantora? Isso é legal! — exclamei, lembrando-me de como a música sempre teve um papel importante em minha vida antes do apocalipse.

Carl sorriu, claramente feliz por ter me apresentado a eles.

Depois de terminar de comer, Carl me perguntou:

— Você gostaria de descansar mais um pouco ou quer explorar o lugar?

— Eu adoraria explorar — respondi, a empolgação fazendo meu coração acelerar.

— Então vamos! — Carl disse, levantando-se rapidamente. — Posso te mostrar a área externa e como fazemos as coisas por aqui.

Assim que saímos do refeitório, um sentimento de pertencimento começou a tomar conta de mim. Havia muita coisa para descobrir, mas uma coisa era certa: eu não estava mais sozinha. E, agora, pertencendo a um novo grupo eu com certeza estarei mais segura.

 E, agora, pertencendo a um novo grupo eu com certeza estarei mais segura

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01: Próximo capítulo vai ter muita interação do nosso casal, amo I amo

02: Amores, criei uma conta no tik tok, o nome é o mesmo daqui: julyzwy | tentarei ser ativa lá!

My refuge.- Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora