Quando Malia é encontrada ferida perto da prisão, Rick Grimes e seu grupo a acolhem, dando-lhe uma nova chance. Durante a recuperação, ela cria uma conexão inesperada com Carl, o filho de Rick. Em meio à luta pela sobrevivência, a amizade entre eles...
O carro sacolejava conforme seguíamos pelas estradas escuras em direção a Woodbury. Eu tentava me convencer de que minha decisão havia sido a certa, que eu precisava estar ali para ajudar Glenn e Maggie. Mas, ao mesmo tempo, uma voz no fundo da minha mente me perguntava se era mesmo certo arriscar tudo. A situação era tão incerta...
Daryl, que estava ao meu lado, olhou para mim e balançou a cabeça, puxando assunto.
— Você é louca por ter vindo, sabia? Isso aqui é perigoso, não é brincadeira. - Ele comentou, com o tom sério, mas sem esconder a preocupação.
- Eu sei me cuidar, Daryl. Glenn já arriscou a vida por mim, e agora é minha vez de retribuir. Eu não podia deixar ele e a Maggie lá.
Ele resmungou algo e ficou em silêncio. Uma hora se passou, e finalmente vimos Woodbury. O sol já estava se pondo, as luzes da cidade faziam o lugar parecer uma pequena comunidade pacífica. Mal sabia o que escondia por trás de seus muros.
Estacionamos o carro em uma área na floresta, escondidos, e Rick nos deu as instruções. Ele pediu silêncio e cautela. Michonne liderou o caminho, nos levando por uma entrada nos fundos da cidade. Woodbury era organizada, havia prédios, árvores, parecia até um lugar feliz.
Michonne nos guiou até uma porta discreta, que dava para uma sala onde estavam Glenn e Maggie. Quando a porta se abriu, o estado de Glenn me deixou em choque. Ele estava machucado, seu rosto coberto de hematomas, enquanto Maggie o segurava, parecendo desesperada.
- Meu Deus, vocês vieram! - Maggie sussurrou, o alívio estampado no rosto.
Glenn, ao me ver, franziu a testa, claramente preocupado.
— Malia, o que você tá fazendo aqui? É perigoso demais!
Maggie também demonstrou sua preocupação, mas Rick nos apressou.
— Precisamos sair daqui agora, antes que percebam. Em fila e em silêncio.
Seguimos com cautela, atravessando o lugar que, aparentemente, era uma loja de móveis. Cada passo parecia mais tenso. Eu mantinha minha arma pronta, tentando manter a calma, mas o medo era palpável. Logo saímos da loja e fomos para o lado de fora.
De repente, o silêncio foi quebrado por tiros ecoando ao redor. POU! POU! POU! Uma fumaça encheu o ar, dificultando a visão e nos deixando vulneráveis.
— Abaixa! — Daryl gritou, enquanto tentava me proteger.
Comecei a correr, sentindo o coração acelerado. A fumaça e os tiros me deixaram ainda mais desesperada. De repente, Oscar, que estava à minha frente, foi atingido e caiu no chão. Eu arregalei os olhos, vendo a cena horrorizada, mas antes que pudesse reagir, vi um homem surgindo na minha frente. Daryl tentou correr até mim, mas o tiro veio rápido demais.
Um calor tomou conta da minha barriga, e quando olhei para baixo, vi a mancha vermelha se espalhando pela minha roupa. O pânico tomou conta de mim.
- Daryl! — Chamei com a voz trêmula, e logo senti a dor aumentar, me desequilibrando.
Daryl e Glenn vieram até mim, ambos com expressões de desespero. As vozes ao meu redor pareciam abafadas, distantes. Daryl pegou-me nos braços, apertando-me com força.
- Eu não vou deixar você morrer, menina. — Ele murmurou, enquanto os outros nos protegiam para que pudéssemos sair.
Minha visão estava turva, o som dos tiros e das vozes ia se afastando. Fui colocada no carro, onde Daryl e Glenn tentavam me manter consciente.
- Malia, fica com a gente! - Glenn insistiu, segurando minha mão com força.
- Vai ficar tudo bem, só segura firme. - Daryl também me incentivava, mas minhas pálpebras ficaram pesadas.
Antes que a escuridão tomasse conta de mim, pude ouvir as vozes deles, que pareciam tão longe. E então, tudo ficou escuro.
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